Cap.10

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"Por direito tenho minha liberdade"

Alissa acorda ensopada de suor em sua cama, retira a compressa de água da sua testa, rola pelos lençóis até a extremidade da cama , onde com muito esforço consegue sentar-se; a garota tenta então levantar do grande colchão, ao ficar de pé sente uma dor muito forte em seu útero e acaba caindo , ela então se arrasta até o espelho, onde levanta seu traje matutino e chora ao ver marcas de incisão no seu lado direito e que a protuberância em seu ventre desaparecera. Alissa grita, e Célia Osbourne corre até o quarto da filha e se agacha no chão , pega a filha e a deita em posição fetal em seu colo, embalando Alissa como uma criança que foi machucada.

Célia:
-Vai passar meu bebê , tudo vai ficar bem. A mamãe está aqui meu amor; você não é o que aconteceu, você é minha filha, minha princesa. Conta pra mamãe quem fez isso com você filha.

Alissa:
-Ed...Eduard... Eduard Dirac

-Tem certeza filha? O senhor Dirac fez várias visitas e permaneceu ao seu lado durante esse mês que você passou em coma.

Alissa grita e chora.

-você deixou aquele porco entrar aqui.

-Ele disse que vocês são namorados, e que a criança era dele.

-Eu vou delatá-lo para as autoridades.

-Pense bem filha; quem há de perder mais? Você ou ele?
Que rapaz iria aceitar casar-se com uma moça que já não é mais virgem? E pior, que engravidou de outro rapaz. 

-E o que farei ?  Ficarei em silêncio e morrerei por dentro?

-O mais coerente , seria você aceitar a proposta de casamento dele.

-Não mamãe, ele me forçou!

Enquanto Alissa dormia por um mês, Alessia apressava-se em organizar seu noivado, aproveitando a estação da primavera, Alessia planejava casar-se em um jardim de margaridas e os tutores de James promoveriam um suntuoso baile.
Alessa ficava cada  vez mais preocupada com a febre cerebral que lady Célia Osbourne dizia que Alissa havia contraído , por andar na chuva fina da meia noite; para Alessa, algo de muito errado havia nessa história, a garota espreitava o quarto sempre que a mãe e as enfermeiras saíam, até que finalmente viu sua irmã  , repousando em uma cama com um olhar longínquo e vago, percebia-se que com apenas o olhar, Alissa já havia dado a volta ao mundo , pois estava distante.
Alissa assusta-se , mas logo abre um grande sorriso:

-Venha minha querida irmã, sente-se aqui comigo.

-Estive muito preocupada com você minha irmã.

-Certamente estive um tanto indisposta por esses dias que correram.

-Mas não vim aqui para isso.

-Então vá direto ao ponto kkk.

-Vi que Eduard Dirac esteve frequentemente lhe visitando, por acaso ele está a cortejando?

-Não , eu não quero saber dos cortejos desse senhor.

- Pude ver pela fresta da porta ele segurar sua mão e beijar-lhe a testa.

Meu CavalheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora