"Por direito tenho minha liberdade"
Alissa acorda ensopada de suor em sua cama, retira a compressa de água da sua testa, rola pelos lençóis até a extremidade da cama , onde com muito esforço consegue sentar-se; a garota tenta então levantar do grande colchão, ao ficar de pé sente uma dor muito forte em seu útero e acaba caindo , ela então se arrasta até o espelho, onde levanta seu traje matutino e chora ao ver marcas de incisão no seu lado direito e que a protuberância em seu ventre desaparecera. Alissa grita, e Célia Osbourne corre até o quarto da filha e se agacha no chão , pega a filha e a deita em posição fetal em seu colo, embalando Alissa como uma criança que foi machucada.
Célia:
-Vai passar meu bebê , tudo vai ficar bem. A mamãe está aqui meu amor; você não é o que aconteceu, você é minha filha, minha princesa. Conta pra mamãe quem fez isso com você filha.Alissa:
-Ed...Eduard... Eduard Dirac-Tem certeza filha? O senhor Dirac fez várias visitas e permaneceu ao seu lado durante esse mês que você passou em coma.
Alissa grita e chora.
-você deixou aquele porco entrar aqui.
-Ele disse que vocês são namorados, e que a criança era dele.
-Eu vou delatá-lo para as autoridades.
-Pense bem filha; quem há de perder mais? Você ou ele?
Que rapaz iria aceitar casar-se com uma moça que já não é mais virgem? E pior, que engravidou de outro rapaz.-E o que farei ? Ficarei em silêncio e morrerei por dentro?
-O mais coerente , seria você aceitar a proposta de casamento dele.
-Não mamãe, ele me forçou!
Enquanto Alissa dormia por um mês, Alessia apressava-se em organizar seu noivado, aproveitando a estação da primavera, Alessia planejava casar-se em um jardim de margaridas e os tutores de James promoveriam um suntuoso baile.
Alessa ficava cada vez mais preocupada com a febre cerebral que lady Célia Osbourne dizia que Alissa havia contraído , por andar na chuva fina da meia noite; para Alessa, algo de muito errado havia nessa história, a garota espreitava o quarto sempre que a mãe e as enfermeiras saíam, até que finalmente viu sua irmã , repousando em uma cama com um olhar longínquo e vago, percebia-se que com apenas o olhar, Alissa já havia dado a volta ao mundo , pois estava distante.
Alissa assusta-se , mas logo abre um grande sorriso:-Venha minha querida irmã, sente-se aqui comigo.
-Estive muito preocupada com você minha irmã.
-Certamente estive um tanto indisposta por esses dias que correram.
-Mas não vim aqui para isso.
-Então vá direto ao ponto kkk.
-Vi que Eduard Dirac esteve frequentemente lhe visitando, por acaso ele está a cortejando?
-Não , eu não quero saber dos cortejos desse senhor.
- Pude ver pela fresta da porta ele segurar sua mão e beijar-lhe a testa.