Lados Opostos - Cap. 5

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ANGEL:  Vou até a agencia e me recuso a prosseguir a missão de prender John.

- Darei um tempo para você pensar. Disse meu chefe.

- Eu não tenho mais o que pensar. Essa é a minha decisão.

Volto para o apartamento de John. A casa esta silenciosa, meu sexto sentido diz que há algo de errado.

- Hm... John está amordaçado e amarrado em uma cadeira. Ele tenta me dizer algo...

- Mãos para o alto! Essa voz não me é estranha. 

Avisto Thomas, melhor amigo de John, apontando uma arma para mim. Levanto as mãos, estou rendida. Ele pega a arma de minha cintura e sua mulher o ajuda a me amarrar na cadeira de costas para John.

- Porque esta fazendo isso? Você é amigo do meu namorado.

- Amigos, amigos, negócios á parte! Debocha. Fiquei tentado ao menos descobrir quanto estão pagando por suas cabeças.

- Três milhões. Sua mulher disse com um largo sorriso no rosto. - Estamos milionários, amor.

O casal vai até a cozinha. John consegue tirar metade da fita Durex de sua boca após alguns movimentos.

- Pega o isqueiro que esta dentro do meu bolso.

- O que esta fazendo com um isqueiro no seu bolso? Andou fumando de novo?

- Car####, como você é irritante.

- Fala direito comigo.

- Angel, meu amor, pegue o isqueiro e queime a corda. Disse respirando entre as palavras. Ele esta tentando manter a calma.

- Isso vai doer um pouco. Digo fazendo movimentos para queimar a corda que está enrolada em seu pulso. John geme baixinho de dor.

Thomas e sua mulher voltam à sala.

- Já estão vindo buscarem vocês. Ele diz - John, se caso acontecer alguma coisa com você, posso ficar com suas armas? Perguntou - Ah, você não tem muita escolha, não é? gargalhou

Esperei a distração deles, me levantei ainda amarrada e dei uma cadeirada em sua mulher que caiu no chão. John chutou a mão do Thomas e o deixou desarmado. Consegui me desamarrar, já que a cadeira estava em pedaços no chão, peguei a arma e rendi Thomas.

Atirei em sua perna e ele caiu no chão.

- Cachorra! Me insultou gemendo de dor. Atirei em seu braço.

- Me insulte outra vez e a próxima será em sua cabeça!

- Calma, amor! John colocou a mão em meu ombro. Ele caminhou até a janela.

- Eles já estão lá em baixo.

- E agora o que vamos fazer? Ele me puxou em direção ao seu apartamento e pegou a arma que havia usado á três dias atrás tentando fugir de mim. John atirou contra o apartamento mais próximo; o gancho fincou na parede. 

- Segure em mim. Envolvi minhas pernas em sua cintura e meus braços em seu pescoço; deslizamos até o outro lado. Quando chegamos no chão, fomos ao apartamento de Isabel.

- Aqui estão um celular, chips descartáveis para não rastrearem vocês, um GPS e por fim... - Diz Isabel - As chaves da Mercedes. Conclui.

- Obrigada amiga. A abraço e ela corresponde. - Sei que isso pode prejudicá-la no FBI.

- Por favor, tomem cuidado. Implora

- Obrigado Isabel. Já sei quem chamar para ser madrinha do meu casamento com a Angel.

- Isso é um pedido de casamento? Pergunto

- Talvez... Sorrio

Nos hospedamos em uma pensão, há 1.200 km de nossa cidade. 

A pensão é simples, mas aconchegante. As paredes tem um fundo azul claro, todo florido. O vento entra pelas janelas abertas, fazendo esvoaçar as cortinas, também azuis, combinando com as paredes. O quarto e o banheiro eram pequenos, mas eu e John não precisaríamos de muito já que ficaríamos por pouco tempo.

- Você acha que estaremos a salvos? Pergunto aflita.

- Não sei...

- Estou com medo... Nunca tive alguém me perseguindo, eu quem persigo as pessoas... Digo. - Estou acostumada a terem medo de mim e não ao contrário.

- Não se preocupe Angel. Não importa o que aconteça, vou te proteger com todas as minhas forças. Abraço John como se eu quisesse que aquele momento durasse para sempre.

- Levanta! Mãos na cabeça! Vários homens começaram a gritar.

Eu e John nos levantamos rápidos e fizemos o que nos pediram, ou melhor, mandaram. 

- Hum... Você é bem gostosa! Disse um deles passando a mão em minha cintura e olhando para a minha bunda.

- Tira a mão da minha mulher, desgraçado! John deu um soco no rosto do homem que passou a mão em mim. Eu sabia que essa atitude nos prejudicaria.

- Cale a boca! Outro homem deu uma coronhada de pistola na cabeça de John, que caiu no chão, inconsciente. Revirei os olhos; adormeceu a única pessoa que poderia me ajudar a sair dessa situação.

Esse capitulo foi curto, porque eu andei um pouco ocupado mas o próximo capítulo terá um flashback de como John e Angel se conheceram. Obrigado a todos que estão acompanhando essa história.



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