Lados Opostos - Cap. 6

558 43 2
                                    

Estamos presos a algo parecido com uma gaiola. É bem apertado e cheira mal. Acredito que alguém deve ter falecido aqui, porque há alguns vestígios de sangue e as moscas neste momento estão fazendo a festa. 

- Hey amigo, preciso ir ao banheiro. John falava com um dos capanga. Os outros dois homens foram jantar.

- Faça suas necessidades ai mesmo.

- Sinto lhe dizer, mas quero fazer o número dois. O homem murmurou algo, com certeza um xingamento, mas concede o pedido de John.

Espero que nosso plano de nos tirar daqui dê certo. Após alguns minutos, John volta com a chave da gaiola. Andamos lentamente, pois há homens por toda parte.

- Ali estão eles. Diz um deles. Corremos ligeiramente, porém o problema estava só começando, não conhecíamos aquele lugar, não sabíamos aonde era a saída. 

Entramos em uma cozinha.

- Tem algo em mente? Perguntou-me. Encontrei uma caixa de fósforos; peguei um cano e cortei. - Você quer nos matar? Perguntou após ver o vazamento de gás.

- Vamos! O puxei até a janela.

- Parados! Alguns homens adentram a cozinha.

- Vejo vocês no inferno! Risco o fósforo, jogo no chão da cozinha e corremos o mais rápido possível.

A explosão foi grandiosa, o impacto nos fez voar e bater no chão. Há pedaços de madeiras, resto de moveis espalhados por todo lugar. Já não bastasse meu rosto estar com alguns arranhões e meu corpo com hematomas da briga que tive com John; meus joelhos e mãos estão mais machucados ainda.

- Amor?

- Hum...

- Você fica ainda mais sexy quando usa armas. Ele sorrio.

- Obrigada amor, mas não é hora de transarmos.

- Porque não? Debocha.

- Precisamos de um carro. Digo séria. 

Levantamos-nos e entramos no primeiro carro estacionado na esquina. John fez a ligação direta e eu dei a partida.

JOHN: -Temos companhia. Me refiro aos dois carros que estão nos seguindo.

- Droga! Exclamou. Isso me faz ter mais raiva de você por ter me enganado esse tempo todo.

- Mas eu te contei uma vez que sou assassino de aluguel.

- Quando? Perguntou Angel.

- Quando nos conhecemos. Respondo

- Eu estava bêbada, John. Ela revirou os olhos.

***

- Um Whisky sem gelo, por favor! Digo ao garçom. Me sento em frente a bancada.

É a primeira vez que saiu para me divertir na cidade de Nova York. Tive que ir embora de minha cidade natal, pois estavam me investigando sobre alguns assassinatos que cometi.

Avisto uma garota sozinha sentada á mesa. Ela é linda; tem cabelos pretos, levemente ondulados até abaixo dos seios, pele branca, que lembra uma neve, sua boca é carnuda e rosada.

Caminho em sua direção e digo:

- Posso me sentar? Percebo que seus olhos são azuis claros, o que a faz ficar mais bonita.

- Não! Responde friamente.

- Obrigado. Me sento

Ela respira fundo.

Lados OpostosOnde histórias criam vida. Descubra agora