Lados Opostos - Cap. 9 ULTIMO CAP.

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- Olá Sr Hernandez, sou a enfermeira Marisa. Sua voz é suave.

- Quanto tempo terei que ficar aqui? - Pergunto

- Acredito que você terá alta amanhã. Sorriu. - Não foi tão grave. A bala não se aprofundou por conta dessa corrente. - Ela pegou a corrente que Angel me deu em nosso aniversário de namoro e colocou em minhas mãos.

O pingente era uma face de Jesus Cristo. Digo era, porque quase não se restou nada após o tiro. Angel é católica e me presenteou com essa corrente para que me protegesse.

- Tem uma moça que foi embora há pouco tempo. Disse que se você acordasse era para avisá-la.

- Por favor, não diga nada. Peço. - Quero lhe fazer uma surpresa.

A enfermeira assentiu e se retirou do quarto.

Fiquei no quarto esperando logo o dia de amanhã, eu estava bastante ancioso para reencontrar o grande amor da minha vida.

- Olá Isabel. Cumprimentei-a - Você viu a Angel?

- Está na sala dela. Disse gentilmente. 

Caminhei até a sua sala, mas antes que eu pudesse entrar, ouvi algumas vozes. A porta estava entre aberta e pude observar Angel e Spencer se beijando.

Eu deveria ter morrido, pensei. Uma morte dolorosa seria melhor que ver a mulher que eu amo beijando outro que não seja eu.

- O que houve? Isabel perguntou após me ver andar apressadamente. Porém, não lhe respondi.

ANGEL: - Não, Spencer ! O empurro. - Não irá ter nada entre nós, alem da amizade. Concluiu

- Me dê uma chance! Implora

- Eu amo o John. Suspirei. - Você é incrível, Spencer. É o tipo de homem que toda a mulher procura, irá achar alguém que te mereça.

- Você sempre diz isso, mas pelo visto eu não sou bom o suficiente para você.

- Licença! Isabel diz após bater na porta. - Aconteceu alguma coisa? Ela ergue a sobrancelha ligeiramente, percebendo um clima estranho entre eu e Spencer. - O John veio lhe ver, mas logo o vi saindo rapidamente da agencia.

- Oh, não! Digo.

Antes que eu pudesse cruzar a porta, Spencer segura em meu braço.

- Angel, por favor... Solto meu braço de suas mãos e corro até a saída da agencia, mas foi em vão, John já havia desaparecido.

Fiquei sem ter para onde ir, afinal estaria perdendo o amor da minha vida. Logo fui no estacionamento pegar meu carro e ir no apartamento de John. Estou dirigindo a cima de 100 km/h numa estrada que permitia abaixo de 80 km/h . Concerteza perdi vários pontos na minha carteira e pagarei uma multa, mas isso para mim não era nada, tudo que eu queria nesse momento era encontrar John. Depois de alguns minutos, cheguei no apartamento, estou tão desesperada que sai do carro correndo deixando o mesmo aberto e com a chave dentro do mesmo, pronto para ser roubado. Quando passo pela porta automática, não sabia o que fazer dei várias voltas no apartamento e nada de John, até que ... Quando eu estou saindo do apartamento escuto alguém falar comigo.

- Senhorita Sanchez. A recepcionista chama minha atenção. - Há algumas correspondências para você.

- Obrigada. Sorri gentilmente. - Você viu a que horas o John saiu? Perguntei. - Toquei várias vezes à campainha e ninguém atendeu. 

- O Sr Hernandez saiu hoje cedo com algumas malas, mas não disse para onde iria. Agradeço a informação e vou até á agencia.

- Bom dia, Angel. Isabel colocou em cima da minha mesa um cappuccino.

- Isabel, investigue aonde John possa ter ido desde ontem, se passou o cartão de crédito em algum lugar, enfim... O que souber dele, me avise.

- Pode deixar. Sorriu

Após algumas horas, Isabel adentra a minha sala com as informações.

- O Sr Hernandez viajou para o Texas, às cinco horas da manhã. Me entregou algumas anotações. - Aqui está o endereço onde pode encontrá-lo.

- Providencie uma passagem para mim ainda hoje.

- Já fiz isso. Sorriu e me entregou a passagem. - Seu vôo sai em três horas. Concluiu ! Estou terminando um relatório que meu chefe mandou fazer, até que meu celular começa a tocar. Nada menos que Spencer ! Pego o celular e fico olhando o mesmo a tocar várias vezes até cair na caixa postal e como eu já sabia Spencer iria deixou uma mensagem de voz. na mesma dizia " Angel eu não sou de correr atrás de mulheres, mais você é diferente de todas as outras. Você é especial, tem um jeito único e se nada da certo com o tal John eu estarei de esperando. " Eu não sabia se isso era bom ou ruim, pois essa mensagem para mim teve dois sentidos. 1ª Que Spencer é romantico demais. 2ª Que Spencer é meio psicopata ! Fiquei confusa na hora, mesmo sabendo que o amor da minha vida é John, mais tenho o receio que ele pode voltar a mentir para mim.

Cheguei ao meu destino, Texas ! Ja era em torno das 22 horas, fui para o hotel que Isabel reservou para mim e tomei um banho para tirar o cansaço da viajem. Irei procurar John quando o dia clarear, me deitei na cama e pensei em vários momentos que passei com John e também pensei em vários planos para o nosso futuro. Acabei dormindo ...

Acordo com a luz do sol em meu rosto, me arrumo apressadamente e por sorte havia um taxi parado em frente ao o hotel. Mandei o motorista seguir em frente, pois eu não tinha destino, não fazia ideia aonde eu encontraria John, quando eu avisto o mesmo.

- Pare! Digo para o taxista após ver John se aproximando a uma cafeteria. - Obrigada. Agradeço e dou-lhe o dinheiro.

Caminho em sua direção, mas paro assim que o vejo abraçar uma mulher. Nesse exato momento os meus planos tinha ido por água abaixo.

- Angel? diz John após eu me virar para ir embora.

- Oi ! Sorri de lado. - Estou vendo que já me substituiu.

- Olá. A mulher que John acabou de abraçar se aproxima.

- Essa é a Angel.  A cumprimento com um aperto de mão. - Angel, essa é a Alexia, minha irmã.

- Finalmente nos conhecemos. Sorriu - John já me falou muito de você.

Ok, agora estou me sentindo novamente uma idiota.

- Espero vocês na cafeteria. Diz Alexia. Assenti com a cabeça e ela se afastou.

- E então... O que está fazendo aqui? Perguntou. - Veio me prender? Seus lábios se abriram em um largo sorriso.

Aproximo-me de John e fico nas pontas dos pés para que eu possa alcançar sua boca.

- Sim ! Confirmo. - Vou prendê-lo junto a mim e nunca mais te deixar partir. - Coloco a mão em sua nuca e selamos nossos lábios com um beijo.

Em algum momento da vida, temos que escolher entre o amor e a razão; dois sentimentos inimigos. Eu escolhi o amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que irei encarar. Eu decidi ser feliz, talvez porque o caminho da felicidade seja mais fácil e menos doloroso. No entanto, descobri que eu só posso me sentir assim ao lado da pessoa que me faz feliz.


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