Introdução.

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A adolescência é objeto de inveja, admiração, felicidade, sonhos de liberdade e, ao mesmo tempo, objeto de medo, desconfiança, insegurança, e desordem. Os jovens almejam realização pessoal, amorosa e vocacional. Estão no auge da vida, dirigem sua energia psíquica para a construção do seu lugar no mundo e a consolidação da sua identidade. A adolescência pode ser vista como a morte da infância, ou seja, um período de mutações e abandono de identificações infantis, quando ainda não existe uma maturidade para enfrentar a vida adulta. Assim, ocorre a perda de algo já conhecido e a angústia frente ao novo, podendo despertar medo, solidão e tristeza, sendo necessário um tempo de elaboração. A crise da adolescência é um efeito da sociedade. A rapidez das mudanças na modernidade torna problemática a transmissão de tradições de pais para seus filhos adolescentes. Estes podem ter que se inventar e se constituir sem referências estáveis. A vivência do adolescer vem se agravando, pois os jovens encontram dificuldades na busca de uma base segura, na qual possam estabelecer seus ideais como ser único e singular. Deixando a infância, o adolescente sai de um lugar seguro e protegido e entra num mundo no qual a vida não é mais tão perfeita e, dificilmente, mostra-se próxima do que idealizou. O jovem percebe o quanto é penoso crescer. Mas poder reconhecer estas mudanças faz parte da vivência de um ser responsável e livre para fazer escolhas. Esta liberdade pode ser vista como o maior ganho quando se deixa de ser criança e este poder de decisão pode ser um aspecto central na busca de comportamentos que conduzam à vida ou à morte.

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