Capítulo 13: Organização.

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 As mãos mantinham-se firmes na varanda do apartamento, e os pensamentos sorrateiros a respeito de tudo que levou Pedro ali corriam no cérebro de Vinícius em uma velocidade surpreendente, ao ponto de imaginar a queda de seu adversário dali mesmo, ...

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 As mãos mantinham-se firmes na varanda do apartamento, e os pensamentos sorrateiros a respeito de tudo que levou Pedro ali corriam no cérebro de Vinícius em uma velocidade surpreendente, ao ponto de imaginar a queda de seu adversário dali mesmo, da varanda.

— Não... Morrer, não... Ele precisa me ver crescer! — murmurou sozinho.

Morte... Isso nunca havia passado antes pelos pensamentos de Vinícius. Deveria se assustar ou aceitar tais pensamentos, dadas as circunstâncias atuais? Precisava pensar. Deixaria o agir para os dias seguintes!

— Falando sozinho? — perguntou Gustavo com uma expressão diferente.

— Ainda surpreso com tudo! — continuava eufórico. Precisava controlar as emoções.

O amigo entregou um copo de vodca e contemplaram a paisagem urbana.

— Somos novos e vocês já têm um apartamento!

— É o nosso QG. — riu, olhando em torno. Os cigarros de maconha já faziam efeito. — Agora cê também faz parte disso, mano! E ninguém sabe. — reiterou.

— Sei ser discreto, não se preocupe!

Os dois brindaram.

— É como uma facção. — entornou a bebida com um só gole.

— Preferimos chamar de Clã. — corrigiu Gustavo.

Os dois riram.

— Melhor. São quantos alunos que protegemos?

— Um pouco mais da metade!

— E todos pagam certinho por semana, não é?!

— Sim, você não pagava?

— Claro. — respondeu depressa.

— Como você faz parte da cúpula agora, tá isento. — informou sorrindo.

Vinícius riu mais ainda.

— Que bom! Mano... É surreal! Difícil de acreditar mesmo!

— É. Também fiquei assustado no início, depois a gente se acostuma. Também, quem não se acostumaria com isso? — falava deslumbrado.

Vinícius armazenava todas as informações.

— Controlamos mais da metade do Colégio. — analisava com os olhos esbugalhados.

— Tem lados positivos e negativos. — continuou Gustavo, alertando-o.

— Negativos?

— Todo negócio tem um lado negativo. Não demora cê percebe. Vamos dar uma moral pra Lory na cozinha.

— Claro!

Vinícius observava os móveis e imaginava a quantidade de dinheiro que entrou ali nos últimos meses. Os olhos estreitos pela cobiça cresciam vertiginosamente. Sabia que havia muita coisa a ser explorada dentro daquele mundo em que estava ingressando. Pedro controlava tudo. Isso o conectava mais ainda. Precisava provar que era de total confiança e assim o faria.

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