Capítulo 12: Preconceito.

1K 113 34
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Pedro abriu a porta do seu segundo quarto, decorado com tons escuros e com muitos quadros que variavam entre super-heróis da Marvel e da D.C. Além disso, haviam pichações feitas por ele e pôsteres de bandas como Racionais, Costa Gold, Hungria e rappers americanos.

Caminhou até o armário, estendeu o braço direito e retirou algumas peças de roupa até revelar um cofre por detrás. Digitou o código e guardou o dinheiro junto a outros montantes.

Respirou profundamente e jogou-se na cama após fechar o cofre. Reflexivo.

Um rio de lava queimava em seu corpo. Pela primeira vez encontrava-se perdido e, literalmente, ardendo no inferno que ele mesmo criou. Tinha total convicção dos seus atos falhos, jamais os revelaria ao seu pai. Ele era sua válvula de escape do mundo cinza que vivia. A risada dele o aquecia do nevoeiro frio que o rondava. Apesar de se comportarem como irmãos, era sua base, seu ícone.

Amanda era outro problema. Por que ela não respondia?

Lory bateu à porta e deitou-se ao lado dele, tocando nos cabelos.

— Seja lá o que tiver acontecendo, tô aqui, beleza?

— Firmeza total! — emitiu um sinal delicado.

Também ficou encarando o teto. Não queria incomodá-lo com o assunto da sala.

— É só uma experiência. — Pedro bufou, voltando ao assunto Vinícius.

— É... Eu sei! Espero que ele esteja à altura!

— Acho que ninguém vai tá... — Lory inclinou o pescoço, mirou em uma moldura com a foto dos quatro, tirada pouco mais de dois anos para trás. Eduardo era o do meio, branco, cabelo preto e bagunçado, de semblante feliz, seus olhos verdes vibrantes gritavam vida.

A garota ergueu-se devagar e foi até a imagem, a tocou carinhosamente.

— Nunca vou esquecer esse dia! — riu, virando-se para o amigo. — Fazia um mês que estávamos juntos!

— É... Pode crer! Vocês estavam ficando! Apoiava muito. — Pedro riu, lembrando-se das conversas.

— Sim! — ela mordeu o lábio inferior. As lembranças do único garoto que amara nesses dezoito anos, eclodiram em sua mente. Logo, seus olhos ficaram pesados e embaçados.

Jamais voltaria a amar alguém?

— Desculpa tocar no assunto... — disse Pedro.

— Não tem nada não... Como cê diz, ele tá morto! Tem que passar. — virou para o amigo e emitiu um sorriso delicado.

Pedro ficou calado e foi até a amiga, abraçando-a com um carinho pouco demonstrado no dia a dia. Ela o apertou nos ombros.

— Vai passar! Sei que vai passar! — continuou ela, pigarreando.

Vícios & CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora