Aquele quarto era branco. Exageradamente branco. Qualquer um que ficasse ali por muito tempo, com certeza iria perder a sanidade.
Naquele quarto angustiante, só havia uma cama, próxima à uma janela com grades.
Na cama, um garoto, sentado, com o olhar fixo à uma parede à sua frente, sem mexer um músculo. Seus cabelos canelados estavam bagunçados, sobre seus olhos. Estava com as mãos e os tornozelos presos por algemas. Sua respiração era o único som, compassado com os batimentos cardíacos de Subaru.
"Y-Yunno-nii?" Yuma diz com lágrimas nos olhos. Parecia que a garota já o conhecia. "S-sou eu... Yuma..."
"Você o conhece, Onee-chan?" Subaru pergunta, sendo ignorado com sucesso.
O indivíduo dos cabelos canelados vira seu rosto lentamente. Havia ferimentos e escoriações desde abaixo dos seus olhos ao seu maxilar. Olhos mortos, parados, tendo apenas um brecha por seus cabelos para serem vistos.
"Yunno-nii!" Yuma corre para o garoto, ajoelha-se ao lado da cama, ficando na altura de seus olhos. Lágrimas estavam escorrendo de seus olhos negros. "O-o que foi que E-Ele fez com você, Yunno-kun?"
Subaru nada compreendia.
"Ele matou minha sanidade, Nee-sama." O rapaz sobre a cama respondeu, olhando de forma gélida Subaru, que recua mais dois passos, ficando próximo a porta. "Quem é ele, Nee-sama?" Aponta para Subaru, que engole em seco.
"A próxima vítima, se você não nos ajudar."
[...]
Sete dias atrás...
"Nee-sama..." A chama, meio desconcertado.
"Oi, Yunno-nii." Yuma responde, temendo o que ele dissesse.
"F-faz t-tempo que eu tenho... A-algo pra t-t-ti diz-zer."
Yuma suspira, balançando seus pés para frente e para trás. Estavam sentados na borda de uma ponte, olhando para o rio abaixo deles.
"Pare de gaguejar, por favor."
Yunno respira fundo.
"Nee-samaeuteamo!" Disse tudo tão rápido que Yuma acabou se engasgando.
"É o quê? Fale direito, homem!"
"Nee-sama... Eu te amo..."
Yuma se engasga mais uma vez.
"D-desculpe, Yunno Mazuki... Mas... Eu só gosto de você..."
"Como amigo?" Seus olhos já estavam marejados.
Yuma se levanta.
"Desculpe..." A garota sai do local, deixando um Yunno quebrado.
[...]
Já se faziam seis dias desde a última vez que se falaram.
Yuma sabia do gênio do amigo. Depressivo, suicida.
Embora a garota gostasse dele o suficiente para contar o que acontecera com seu irmão, revelar o seu nome e estar sempre com o rapaz, não o amava. Não do jeito que Yunno a amava.
"E se aquele idiota tentar algo?..." Pensando nisso, resolvera ir na casa de Yunno.
Quando chegara lá, a porta estava trancada. Parecia não haver ninguém.
Mas Yuma sabia que tinha.
Deu-lhe um golpe na fechadura, a quebrando.
Quando entrou, deparou-se com um corpo de uma mulher. Era a mãe de Yunno.
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Games And Demons - Livro 1
Random"Agora eu realmente sei o significado do ditado 'Quem avisa, amigo é!'... Já te avisaram que não é legal... Jogar com um Demônio?"