Capítulo 007

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Aquele quarto era branco. Exageradamente branco. Qualquer um que ficasse ali por muito tempo, com certeza iria perder a sanidade.

Naquele quarto angustiante, só havia uma cama, próxima à uma janela com grades.

Na cama, um garoto, sentado, com o olhar fixo à uma parede à sua frente, sem mexer um músculo. Seus cabelos canelados estavam bagunçados, sobre seus olhos. Estava com as mãos e os tornozelos presos por algemas. Sua respiração era o único som, compassado com os batimentos cardíacos de Subaru.

"Y-Yunno-nii?" Yuma diz com lágrimas nos olhos. Parecia que a garota já o conhecia. "S-sou eu... Yuma..."

"Você o conhece, Onee-chan?" Subaru pergunta, sendo ignorado com sucesso.

O indivíduo dos cabelos canelados vira seu rosto lentamente. Havia ferimentos e escoriações desde abaixo dos seus olhos ao seu maxilar. Olhos mortos, parados, tendo apenas um brecha por seus cabelos para serem vistos.

"Yunno-nii!" Yuma corre para o garoto, ajoelha-se ao lado da cama, ficando na altura de seus olhos. Lágrimas estavam escorrendo de seus olhos negros. "O-o que foi que E-Ele fez com você, Yunno-kun?"

Subaru nada compreendia.

"Ele matou minha sanidade, Nee-sama." O rapaz sobre a cama respondeu, olhando de forma gélida Subaru, que recua mais dois passos, ficando próximo a porta. "Quem é ele, Nee-sama?" Aponta para Subaru, que engole em seco.

"A próxima vítima, se você não nos ajudar."

[...]

Sete dias atrás...

"Nee-sama..." A chama, meio desconcertado.

"Oi, Yunno-nii." Yuma responde, temendo o que ele dissesse.

"F-faz t-tempo que eu tenho... A-algo pra t-t-ti diz-zer."

Yuma suspira, balançando seus pés para frente e para trás. Estavam sentados na borda de uma ponte, olhando para o rio abaixo deles.

"Pare de gaguejar, por favor."

Yunno respira fundo.

"Nee-samaeuteamo!" Disse tudo tão rápido que Yuma acabou se engasgando.

"É o quê? Fale direito, homem!"

"Nee-sama... Eu te amo..."

Yuma se engasga mais uma vez.

"D-desculpe, Yunno Mazuki... Mas... Eu só gosto de você..."

"Como amigo?" Seus olhos já estavam marejados.

Yuma se levanta.

"Desculpe..." A garota sai do local, deixando um Yunno quebrado.

[...]

Já se faziam seis dias desde a última vez que se falaram.

Yuma sabia do gênio do amigo. Depressivo, suicida.

Embora a garota gostasse dele o suficiente para contar o que acontecera com seu irmão, revelar o seu nome e estar sempre com o rapaz, não o amava. Não do jeito que Yunno a amava.

"E se aquele idiota tentar algo?..." Pensando nisso, resolvera ir na casa de Yunno.

Quando chegara lá, a porta estava trancada. Parecia não haver ninguém.

Mas Yuma sabia que tinha.

Deu-lhe um golpe na fechadura, a quebrando.

Quando entrou, deparou-se com um corpo de uma mulher. Era a mãe de Yunno.

Games And Demons - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora