Patrão

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- Pesadelo ? O famoso Pesadelo ! - Falou meu pai com Desdém no outro lado da linha.

- Nem sei se sou essas paradas aí não Tio, mas quero saber qual o proceder dessa conversa ! - Falou todo marrudo e eu sorri por um minuto, enquanto colocava a ligação no viva voz- Tu não tem moral aqui não certo, não foi nem salvar a mina do maluco lá sumiu por todos esses anos e não sabe nem oque ela passou sozinha aqui, agora que ela tá a pampa aqui tem a família fechamento dela vocês querem aparecer e fazer de conta que nada aconteceu... - Eu segurei o braço dele e ele se soltou dando um passo para trás - Que porra de pai é esse ! O poder fala mais alto é meu chegado ? Perdeu a chance de ver essa mina firmeza e Zika que ela se tornou a mina fecha direitinho com a gente e não vem cantar aqui não por que esse quintal já tem galo suave - Falou e desligou. - Véio chato da porra.

- Acho que obrigada - Falei e o abracei. - Pode me abraçar eu não mordo.

- Não sou muito fã de abraço Nenêm - Falou e eu sorri.

- Tá gato hein - Falei olhando ele dos pés à cabeça e vendo ele com uma bermuda tactel sem camisa e um chinelo.

- Sou gato Nenêm - Falou e se jogou no sofá me puxando e fazendo eu sentar no colo dele.

- Vai me chamar assim agora ? - Falei e ele concordou com a cabeça - Namorada é ?

- Iih não me amola não - Falou e eu ri colocando a minha cabeça no peito dele e me aconchegando ali.

- Sabe ! - Falei chamando sua atenção - Eu cansei de tentar agradar, de sempre ajudar, de me entregar demais eu só me ferrei, ninguém estendeu a mão para mim meus pais me largaram para trás me trataram como lixo, eu sai de bar em bar procurando minha ressaca mas não achei eu não consegui acha-la, eu corri mesmo cega e me perdi mais pra acabar achando minha ressaca aqui no mar - respirei e encarei ele - Nesse mar que é você e sua vida, seus amigos - Sorri.

- Que ideia é essa de mar? - Perguntou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

- Você é como o mar, convidativo e traiçoeiro, calmo mas quando tem seus momentos de fúria ninguém pode acalma-lo, mas mesmo em seus piores momentos você, seu cheiro e seu jeito me trazem paz - Vi ele esboçar um sorriso quase  imperceptível - Por isso André Ricardo eu não quero que você pense que nunca foi importante, pois você foi e é importante quero que por favor quando pensar em desistir ou quando se sentir fraco lembre-se que eu sou muito mas muito egoísta para te perder também e que sua mãe e todos ao seu redor como PD, seus padrinhos e até mesmo 88 precisam de você, assim como eu ok! Eu sei como é ruim se sentir sozinho e muita das vezes incapacitado e sei que você é másculo demais para admitir sentir tal sentimento, mas sei que o André Ricardo é mais humano que o Pesadelo e que ele precisa ouvir as vezes a palavra certa e eu estou aqui para falar, todas e quantas vezes precisar tudo oque precisa ouvir - Falei e coloquei uma mão de cada lado do seu rosto e selando nossos lábios sem mais nem menos e assim que ele percebeu oque queria ele aprofundou o beijo, com urgência e rapidez fazendo o ar faltar em nossos pulmões rapidamente.

- Não tem noção como eu queria isso - Falei e ele sorriu me puxando outra vez.

  Um beijo calmo dessa vez, mordi os lábios dele e sorri fazendo ele aprofundar mais esse beijo e termina-lo com selinhos.

- Você vai me matar mina - Falou e eu sorri pois amava o jeito malandro dele de falar