◇Capítulo 2◇

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Olá, pessoal! 

Algumas pessoas me informaram que não sabiam que o epílogo de "Antes que você se case" já havia sido publicado. Acho que as notificações do Wattpad falharam... Então, para quem acompanhava, a fic está lá concluída pra vocês!  Espero que gostem!

Ao capítulo! 

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Depois de dois livros publicados terem se tornado best-sellers, e ainda um terceiro em vias de ser lançado, estou num momento de bloqueio criativo. E minha dificuldade tem nome e sobrenome. Marvel Quaid.

Nós nos conhecemos na faculdade. Ele estava um ano à minha frente e ia bem em todas as matérias, exceto em Escrita de Ficção, ministrada pela Professora Paylor.

Ele passou raspando na disciplina e se prontificou a me ajudar nas minhas aulas no semestre seguinte, quando ele começou a estudar Escrita de Ficção Avançada.

Passávamos os momentos livres escrevendo juntos, dividindo o mesmo notebook e compartilhando senhas. E, depois, dividindo o mesmo alojamento e compartilhando lençóis.

Eu ia muito bem nas aulas de Escrita de Ficção. A professora Paylor me fascinava, como me fascina até hoje.

Ela é uma escritora maravilhosa e eu havia lido todos os livros dela muito antes de me matricular em sua matéria. Desde o primeiro trabalho que apresentei – um projeto ao qual eu me dedicava desde a adolescência, quando escrevia fanfics –, ela se prontificou a me ajudar a publicá-lo.

Já Marvel não ia tão bem na disciplina da turma mais adiantada.

Ele tinha um péssimo vício, que eu costumava chamar de "maldição do conhecimento", a qual quer dizer que, quando conhecia determinado assunto, era muito difícil para Marvel imaginar o que seria para outra pessoa não saber a mesma coisa. Não ocorria a ele que os leitores não conheciam seu jargão, não podiam visualizar a cena que ele tinha em mente ou ligar todos os pontos sem que fossem dados os passos intermediários, que eram sonegados, porque ele supunha que eram óbvios demais. Por causa dessa "maldição", ele não se dava ao trabalho de expor a lógica do seu raciocínio ou fornecer os detalhes concretos para a compreensão do que ele queria transmitir. A leitura ficava maçante, vazia. O leitor não se conectava.

Não nego que ele se esforçava, mas, por outro lado, não ouvia meus conselhos. Eu frisava que eram conselhos de leitora, não de escritora, pois eu era tão ou mais amadora que ele, porém Marvel era orgulhoso demais. Talvez seja ainda.

Eu o via se empenhando dia e noite para terminar seu projeto final para a classe avançada, porém, nas raras vezes em que me deixou espiar, percebi que não evoluía muito. Tanto é que ele só conseguiu terminar o texto no último dia do prazo e, por isso, não pude ajudar na revisão. Bom, isso foi o que ele me disse.

Nesse meio tempo, meus originais agradaram tanto a professora Paylor que, antes do fim do semestre, ela já havia me apresentado aos meus atuais editores.

Quando eu estava a ponto de publicar meu primeiro livro, Marvel se ofereceu para me agenciar.

Sem desconfiar das reais intenções dele, Paylor me incentivou a aceitar sua oferta, dizendo que ele podia não ser muito talentoso como escritor, mas se sairia bem como agente, por ter muitos conhecidos no meio.

Acreditando nos conselhos dele, não segui adiante com a editora indicada pela professora, mas com a editora comandada por Coriolanus Snow, opção de Marvel.

Vestida para MatarOnde histórias criam vida. Descubra agora