Por Amor a Valentina ( Fanfiction com Daryl Ortega - Is It love? )

CAPÍTULO 3

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Desde o dia em que vi Valentina naquela boate não conseguia mais tirá-la da cabeça. Eu estava comemorando com uns parceiros a Vitória de uma corrida, quando um deles falou da boate e disse: “hoje é noite da Valentina”.
A princípio não entendi nada, mas quando a vi dançando naquele palco entendi porque eles falavam tanto nela.

Ela era diferente de tudo que já tinha visto, e quando eu entrei naquele pequeno espaço da boate e á olhei nos olhos, tive a confirmação de que ela era diferente das outras. Ela não se preocupou em me agradar, foi até um pouco grossa, e posso dizer que foi por isso que fiquei tão intrigado com ela.

Nunca fui homem de correr atrás de mulher, sempre foi o contrário. Mas eu precisava falar com ela novamente. Uma festa feita por Bárbara, uma garota que tenho um rolo, foi a chance que encontrei de vê-la novamente.

Quando meus olhos bateram em Valentina na festa de minha casa, alí tive a certeza de que a teria pra mim. Ela era muito mais que um rostinho bonito, e quando nossa pele se encontraram era como se saísse faíscas de nós. Meu feeling não falhou, Valentina realmente aquilo que precisava.

Depois de discutir com Bárbara na festa ela foi embora então tive tempo de respirar um pouco, aquela mulher parecia um carrapato grudada em mim. Fiquei observando Valentina dançar, até que Gonzáles, um de meus homens me chamou e tive que sair.

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Valentina_ Me solte! -minha voz saia desesperada.

??_ Você vai comigo agora! - Ele me arrastou para longe da festa, eu tentava me soltar mas ele era muito mais alto e Largo que eu.

Valentina_ Mas quem você pensa que é?! - Comecei a bater em seu braço. - ME SOLTE!!! -gritei.

??_ Eu sou o homem que vai de dar o maior prazer da sua vida. - Ele segurou em meus dois braços o apertando com muita força, virei meu rosto, pois seu bafo era horrível. - Você não parece mais tão rebelde não é? - Um sorriso sombrio se formava em seu rosto.

Valentina_ Eu te avisei - Não sei como, mas consegui lhe dar um chute bem no meio de suas pernas.

??_ Filha da puta!!! - Ele se curvou com a dor e eu corri para fugir daquele pavoroso homem.
Corri em direção a saída da casa sem me importar com minha roupa, eu já estava perto do Jardim da casa, até que fui puxada pelo braço bruscamente.

??_ Sua vadia, agora você vai ver!

Ele estava com os olhos vermelhos de raiva. Ele bateu em meu rosto fazendo com que eu caísse com tudo no chão, um grito saiu de mim sentindo a dor de seu tapa, fiquei um pouco zonza quando caí no chão, só sentia a ardência em meu rosto junto com um gosto de sangue em minha boca. Então ele se aproximou de mim.

??_ Agora eu vou lhe mostrar o que é um homem de verda...

Daryl_ SAI DE CIMA DELA MALDITO!!! - uma voz ecoou e o homem foi puxado para longe de mim. Eu não conseguia enxergar direito, minha vista estava embaçada, mas conseguia ouvir sons de socos e gemidos de dor. Apertei meus olhos tentando buscar o foco de minha visão, mas minha cabeça começou a girar e minha visão escureceu e não conseguia mais me manter consciente.

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Quando passava pelo Jardim para voltar a festa ouvi gritos, fui em direção às vozes que eu estava escutando, e foi então que vi um idiota batendo em uma mulher, logo no início não sabia de quem se tratava, mas quando me aproximei senti meus olhos arderem de raiva, a mulher era Valentina, corri e tirei aquele filho da puta do John Levandoviski de perto dela dando-lhe socos que o fez sangrar e gemer de dor.

John era como um irmão. Mas depois de uma sabotagem ou melhor traição, nós rompemos ligações. Aliás não sabia nem que ele estava na festa, só podia ser coisa da Bárbara.

Gonzáles chegou em seguida, o mandei cuidar daquele verme que se atreveu bater em uma mulher.
Quando voltei minha atenção para ela senti um aperto em meu peito ao vê-la deitada no gramado do jardim, ela estava com o rosto vermelho, o canto de sua boca estava cortado com um pouco de sangue.

Peguei Valentina nos braços e a levei para meu quarto, o amigo dela acho que Luigi era seu nome veio em seguida atrás de mim. Preocupado queria leva-la, mas não permiti, eu tinha que ter certeza de que ela ficaria bem.

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Acordei com a claridade em meu rosto, quando abri meus olhos não reconheci o lugar onde estava. Era um quarto amplo, tinha uma porta de vidro que dava acesso a uma sacada. A cortina branca balançava com o vento, fazendo com que os raios do sol invadisse o quarto. Quando virei minha cabeça vi Daryl deitado em um pequeno sofá que tinha no quarto, me sentei na cama procurando lembrar como fui parar ali. Ao me sentar percebi que não estava mais com a roupa da festa, eu estava com uma camisa masculina branca.

Valentina_ Mas como eu vesti isso? - Disse em voz alta, então olhei em direção ao Daryl que se sentou no sofá e me encarou.

Daryl_ Fui eu quem vestiu você. - Colocou os cotovelos em suas pernas. - Como você tá se sentindo?

Valentina_ Espera, você colocou isso em mim?

Ele me deu um sorriso malicioso.

Daryl_ Sim, mas não se preocupe. Não fiz nada com você, apesar da visão ter sido maravilhosa!

Valentina_ Eu vou te matar! - joguei um travesseiro em seu rosto.

Daryl_ Estou brincando, seu amigo me ajudou.

Valentina_ Como eu vim parar aqui? - Franzi minha sobrancelha.

Ele se levantou e sedou-se à minha frente, eu estava confusa e ao mesmo tempo hipnotizada por aquele homem que vestia apenas uma calça moletom, ele estava sem camisa, deixando seu peito a amostra e com isso uma tatuagem chamava minha atenção.

Daryl_ Você não lembra o que aconteceu? - Ele passou a mão em meu rosto e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. -Você está toda machucada Olha! - Daryl pegou minha mão e me levou à frente de um espelho.

Meu rosto estava com uma cor estranha e dolorido, quando passei as mãos em meus braços senti doer, levantei a manga da camisa e vi manchas roxas. Daryl ao perceber meu desespero me abraçou forte.
Encostei meu rosto em seu peito, conseguia ouvir os batimentos de seu coração, o seu carinho me fazia bem. Ficamos abraçados sem dizer nada por alguns minutos, tempo suficiente para que eu me lembrasse de tudo o que havia acontecido.

Valentina_ Daryl… - Disse ainda abraçada a ele.

Daryl_ Hum?

Valentina_ Obrigada, se você não tivesse chegado a tempo... eu… eu não gosto nem de imaginar o que teria acontecido.

Daryl_ Não se preocupa, eu te prometo que aquele traidor nunca mais irá chegar perto de você. - Beijou o topo da minha cabeça.

Valentina_ Você o conhece?

Daryl_ Sim. Mas eu não quero falar sobre isso.

Nesse momento minha barriga fez um barulho estranho, ele me olhou e  sorriu.

- Vem, vou fazer alguma coisa pra você comer.

Saímos do quarto de mãos dadas, não sei como mais Daryl mexia comigo, mesmo não querendo admitir pra mim mesma eu gostava da sua companhia e carinho que até então não conhecia.
Fomos para a cozinha, me sentei em uma banqueta e cruzei meus braços sobre o balcão de mármore. Daryl parecia perdido tirando algumas coisas da geladeira.

Valentina_ Você sabe o que está fazendo? - Perguntei segurando riso.

Dqtyl_ Bom, não sou nenhum chefe de cozinha, mas digamos que eu sei me virar. - Disse divertido.

Valentina_ Você tem cara de quem sabe “Se virar” pegando o telefone pra pedir uma pizza.

Ele abriu um enorme sorriso e se aproximou ficando do outro lado do balcão.
Daryl_ Como pode além de linda, é inteligente também?

Senti minhas bochechas rosarem, e isso pareceu divertir Daryl, pois ele continuava me olhando com aquele sorriso que só ele sabia dar.

Valentina_ Deixa de bobagem, eu vou te ajudar se você prometer não ficar de gracinha.

Daryl_ Tudo bem, eu prometo. - Levantou a mão direita e colocou sobre o peito, me olhou sério depois sorriu.

Fui para o outro lado do balcão e peguei algumas coisas na geladeira e então olhei para Daryl, ele estava encostado no balcão batendo os dedos sobre o mármore me olhando como se fosse me atacar.

- O que foi? Não vai vir pegar não?

Ele então se aproximou lentamente, e me abraçou pela cintura, minhas costas encostaram em seu peito. E então me virei e olhei em seus olhos, ele me sorriu cinicamente.

Valentina_ Daryl eu falei de pegar as coisas pra me ajudar… e não pra me pegar! - Ele gargalhou Alto.

Daryl_ Tudo bem! Vou me comportar. - Sorriu e me ajudou com os ingredientes para as panquecas.

Conseguimos terminar de fazer as panquecas, confesso que foi um pouco difícil me concentrar, pois Daryl só me falava coisas com duplo sentido, o que nos fazia rir alto, no fim eu percebi que ele não era aquele cara arrogante que aparentava pra todos.

Daryl_ Valentina, você não é daqui é?

Valentina_ Não sou Brasileira, vim pra cá aos 17 anos, por conta de uma bolsa que consegui em uma universidade.

Daryl_ Hum, então você ainda está cursando?

Valentina_ Sim, mas falta menos de três meses para me formar.

Ele ficou em silêncio alguns segundos enquanto mastigava, e me olhou nos olhos.

Daryl_ Valentina, porque uma mulher como você está nessa vida. Digo, por que você aceita dançar naquela boate e também em festas?

Valentina_ Bom, por conta do dinheiro, Nova Iorque é uma cidade muito cara. Além de me manter, tenho que manter meu pai que está internado em uma clínica.

Eu expliquei os motivos pelos quais meu pai foi internado, contei também como era minha vida no Brasil, como conheci Luigi e entrei na boate.

Valentina_ E você Daryl? É daqui de Nova Iorque?

Daryl_ Na verdade não, vim de Porto Rico junto com meu irmão para tentarmos uma vida melhor.

Ele me falou sobre seu irmão, me disse que a relação dos dois não era muito boa. Não insisti no assunto, pois percebi que ele ficava desconfortável com minhas perguntas

Valentina_ E você trabalha em quê pra ter uma casa dessa?

Daryl_ Bom, eu fiz uns negócios que deram certo, então a consegui.

Percebi também que ele se esquivava de algumas perguntas, às vezes eu tinha a sensação de que Daryl queria esconder algo.

Quando terminamos levantei e comecei a levar os pratos para a pia, ele me acompanhou.
- Deixa isso que depois a empregada quando chegar limpa. - Pegou minha mão e me puxou, eu o abracei sentindo seu cheiro.

Valentina_ Daryl, eu tenho que ir embora, obrigada mais uma vez.

Ele levantou meu queixo fazendo com que olhasse em seus olhos. Aqueles olhos brilhantes e lindos.

Daryl_ Fica mais um pouco. - Sua voz saiu rouca.

Ele olhava fixamente em meus olhos esperando minha resposta, eu não sabia o que dizer.

Valentina_ Daryl eu… - Ele me interrompeu selando seus lábios nos meus, seu beijo feroz era extremamente envolvente. Ele apertava minha cintura contra seu corpo, minhas pernas vacilaram com o imenso desejo que aquele beijo trazia.
Ele me levantou e sentou-me sobre o balcão ficando entre minhas pernas, as quais eu fechei abraçando sua cintura, assim ele ficou preso a mim.

O beijo estava cada vez mais incontrolável, Daryl percorria suas enormes mãos por todo meu corpo. Sua boca beijava meu pescoço quando suas mãos começaram a desabotoar a camisa em que estava vestida. Passei meus dedos entre seus cabelos puxando lentamente, Daryl me olhou nos olhos e sorriu.

Daryl_ Ah você não sabe o quanto eu imaginei isso. - Disse entre nossos beijos. - Sua pele… seu cheiro.

Nossa respiração estava ofegante, e estávamos cada vez mais envolvidos, parecia que nos completávamos e eu estava pronta para me entregar. Até que ouvimos alguém chegar.

??_ Hum hum. - Limpou a garganta. - Sr. a senhorita Bárbara está no escritório esperando pelo Sr.

Daryl_ CARALHO GONZÁLES!!!- Daryl gritou com o homem, que mais parecia uma montanha, ele tinha a cabeça raspada e usava um terno escuro.

Valentina_ Daryl calma, não precisa gritar. - Disse séria.

Daryl me olhou nos olhos e depois olhou para Gonzáles.

Daryl_ Tudo bem, já estou indo Gonzáles. - o homem saiu nos deixando sozinhos. - Olha só, eu vou ver o que aquela mulher quer, mas eu não vou demorar.

Valentina- Tudo bem, mas quem é ela?

Daryl_ Ninguém importante, volto logo. - Ele saiu da cozinha.

Eu fiquei durante um tempo na cozinha, depois subi para o quarto o qual noite passado tinha deixado minhas roupas, tomei um banho rápido e me vesti. Fui em direção ao quarto principal e Daryl não estava lá. Estava descendo as escadas e escutei vozes alteradas, Daryl gritava e podia-se ouvir uma voz feminina aos soluços. Parei no meio das escadas escutando o que estava acontecendo. E por que essa mulher estava chorando?

Voz feminina_ Daryl, você me prometeu, que o casamento iria acontecer.- Ela dizia aos soluços.

Daryl_ Eu não te prometi nada, nunca te prometi que haveria casamento

Voz feminina_ Mas eu te amo.

Nesse momento as vozes pararam, mas podia escutar o choro da mulher. Eu fiquei ali parada no meio das escadas sem acreditar no que eu tinha escutado, Daryl tinha alguém e o pior é que ele iria se casar. Senti a raiva me consumir e meus olhos queimavam com as lágrimas que ameaçavam cair, voltei para o quarto e peguei minha bolsa. Desci o mais rápido que pude as escadas, sai de dentro da casa.

Eu sou uma burra, idiota, como você pode Valentina, deixar esse BABACA se aproximar de você. Ele é como todos os outros, MENTIROSO. - Eu dizia para mim mesma, enquanto atravessava o Jardim me aproximando do portão que tinha dois seguranças.

Valentina_ Abra o portão por favor. - Falei com Gonzáles.

Gonzáles_ Senhorita, O meu patrão não vai gostar se eu a deixar sair dessa forma.

Valentina_ Olha só González, me desculpe falar dessa forma com você, mas eu estou pouco me lixando com que o seu patrão vai ou não gostar.

Gonzáles_ Mas senhorita....

Valentina_ González você me faz um favor? - Ele balançou a cabeça em sinal de positivo. - Se seu patrão perguntar por mim pode dizer pra ele que eu o mandei ir pro INFERNO. - Bufei e atravessei o portão indo embora daquela casa.