》》》》》》 DARYL 《《《《《《
Quando você ama alguém seus únicos instintos e vontades são os de querer proteger e estar sempre perto. Tudo o que eu queria era que esse pesadelo acabasse de uma vez e eu pudesse levar a minha gatinha pra casa.
Policial_ Tenho que pegar o depoimento da vítima. - Ele dispersou meus pensamentos.
Daryl_ Eu já disse o que aconteceu, foi um assalto!
Policial_ Bem, vamos esperar ela acordar.
Fiquei mais alguns instantes conversando com Scott no corredor, até que Carlos saiu do quarto.
Carlos_ Ela quer te ver.
Assenti e entrei ansioso pela porta, finalmente minha angústia teria fim, só de ter o sorriso dela para mim já era o suficiente para me confortar.
Ao entrar ela estava olhando para janela, ao perceber a minha presença virou o rosto, quando seus olhos cruzaram os meus ela me sorriu. Tão linda, e de certa forma frágil. Fiquei alguns segundos olhando para ela ainda perto da porta.
Valentina_ Oii. - Sussurrou em um fio de voz.
Daryl_ Gatinha... - Corri até a beira da cama e me incline abraçando sua cintura. Ela abraçou minha cabeça, e seus dedos invadiram meus cabelos.
Valentina_ Me desculpa. - Disse com a voz meio embargada.
Olhei em seu rosto e ela estava com os olhos marejados. Sentei-me à beira da cama e peguei seu rosto entre minhas mãos.
Daryl_ A culpa não é sua.
Valentina_ É sim eu sei disso! Se eu não fosse tão cabeça dura e não tivesse ido aquela casa…
Daryl_ Valentina me escuta. - Lhe interrompi. - O que aconteceu não foi culpa sua. - Ela abaixou a cabeça, ainda com minhas mãos segurando seu rosto levantei-o fazendo ela olhar novamente para mim, uma lágrima escorreu em seu rosto.
Valentina_ Quando estava presa naquele quarto tive medo de nunca mais te ver. - Sua voz saiu meio falha, e logo depois mais lágrimas saíram dos seus olhos.
Daryl_ E eu tive medo de te perder minha gatinha, nunca mais faça isso comigo. - Enxuguei as lágrimas que saiam de seus olhos.
Valentina_ Eu amo você. - Falou inclinando a cabeça sobre minha mão.
Daryl_ Eu te amo minha gatinha. - Beijei seus lábios e lhe abracei. Ela gemeu fazendo careta.
Valentina_ Daryl tá doendo. - Afrouxei meu abraço.
Daryl_ Quer que eu chame um médico?
Valentina_ Não, quero ir pra casa, odeio hospitais! - Bufou fazendo careta. - Me faz lembrar da morte da minha mãe, e esse cheiro me dá náuseas.
Daryl_ Calma, eu vou falar com o…
Fui interrompido pelas batidas na porta, logo em seguida o policial abriu a porta e entrou no quarto.
Valentina olhou para mim com os olhos arregalados apertando minha mão.
Policial_ E então senhorita perdão ter que lhe incomodar mas é meu trabalho. Preciso que me conte exatamente o que aconteceu.
》》》》》》 VALENTINA 《《《《《《
Fiquei alguns segundos olhando para o homem fardado que entrou no quarto sem saber o que lhe responder. De certa forma estava com um pouco de receio, pois não sabia o que Daryl falou ao certo, não tivemos tempo de combinar o que deveria falar.
Valentina_ Desculpe mas não me lembro de muita coisa. - Olhei pra Daryl como se estivesse pedindo que me salvasse.
O homem continuava a me olhar com a testa franzida.
Policial_ Mas você não lembra de nada? - Se aproximou de nós.
Daryl_ Foi tudo muito rápido.
Valentina_ Isso, não me lembro de nada! - Falei olhando para o homem depois para Daryl.
Policial_ Hum… e vocês estavam juntos quando aconteceu certo?
Daryl_ Sim! – Respondeu já sem paciência.
Valentina_ Isso é mesmo necessário? Estou cansada!
O homem olhou pra mim meio desconfiado, depois de muito nos encarar saiu do quarto dizendo que voltaria outro momento.
Daryl_ Você tem que aprender a mentir melhor! - Falou arqueando uma sobrancelha.
Valentina_ Humm… - Fiz careta. - Não gosto de mentiras.
Daryl_ Eu sei. - Sorriu e me beijou, sentado à beira da cama.
Com Daryl ao meu lado sentia que tudo iria ficar bem. Porém, as imagens do que havia acontecido me vinham a todo momento em mente, e isso me fez lembrar de John. Eu não entendo porque ele teve aquela atitude, nós estávamos nos entendendo, quer dizer não éramos melhores amigos mas, eu não esperava que ele tomasse essa posição de carrasco.
Valentina_ Hey moreno sexy?! - Daryl olhou pra mim sorrindo em pé ao da janela.
Daryl_ Moreno sexy é? - Sorriu com uma sobrancelha arqueada se aproximando de mim. Assenti sorrindo, e ele puxou uma cadeira e se sentou ao lado da cama.
Valentina_ Daryl, o que aconteceu com John?
Ele ficou calado por alguns instantes e logo depois olhou em meus olhos.
Daryl_ Ele está bem. - Sorriu de um jeito esquisito, um sorriso maquiavélico. - Pelo menos por enquanto… - Não completou a frase deixando as palavras no ar.
Valentina_ Você não tá pensando em ir atrás dele, está?
Daryl_ O que aconteceu não vai ficar por isso mesmo Valentina!
Valentina_ Mas…
Daryl_ Não, minha decisão já foi tomada, e você não pode fazer nada com relação a isso. - Pausou e depois continuou. - Me escuta, isso tem que acabar, eu preciso dar um fim nessa história.
Valentina_ Daryl, você não pode fazer isso. Quer dizer você não é igual a eles… você é bom! O que você quer fazer? Matar eles, é Isso?!
Daryl_ Matar não, apenas Dar uma lição, eles nunca vão esquecer. - Seu sorriso sombrio se alargou.
Valentina_ Daryl você tá me assustando.
Daryl_ Você não tem porque sentir medo ou ficar assustada, enquanto eu estiver com você eu prometo que nada de ruim vai acontecer, enquanto aos Levandoviski fica tranquila, o que é deles está guardado.
Eu não conseguia entender o porquê de tanto ódio entre eles, caramba! Eles são adultos, será que sentar e conversar é tão difícil assim?
Resolvi não contrariar Daryl, isso seria em vão, ele já havia tomado essa decisão maluca de vingança. O que eu poderia fazer?! Além do mais, estava cansada demais pra isso.
》》》》》》 DARYL 《《《《《《
Depois que Valentina acordou ela ficou pouco tempo no ar, ela se fazia de forte dizendo que estava bem, mas eu sabia que não estava. Eu a conhecia muito bem e querendo ela ou não tinha que ficar para poder se recuperar.
Depois de algumas queixas de dores o médico lhe deu alguma coisa que deixou ela meio grogue, ficamos sozinhos e ela sorriu pra mim.
Valentina_ Vem deitar aqui comigo. - Falou com a voz meio embolada.
Sorrindo me aproximei da cama enquanto ela me dava espaço para me juntar a ela.
Me deitei e ela logo veio deitar sua cabeça sobre meu peito.
Valentina_ Eu adoro isso. - Disse com os olhos fechados.
Daryl_ O que? Me fazer de travesseiro?
Valentina_ Também! - Sorriu. - Mas adoro mais ainda dormir ouvindo seu coração bater.
Daryl_ Aproveita que é só pra você. - Falei todo convencido e nós dois começamos a sorrir, ela se aconchegou ainda mais em mim enquanto minhas mãos passeavam por seus cabelos e assim ficamos até ela adormecer.
Depois de algum alguns minutos que Valentina havia pegado no sono, saí da cama com cuidado para não acordá-la, ao sair encontrei com Scott em uma espécie de lanchonete que ficava ali mesmo dentro do hospital, ele estava flertando com uma enfermeira gata, o sem vergonha cara de pau estava a todo sorrisos com as enfermeiras e algumas médicas do lugar.
Scott_ Qual é, você não pode pelo menos mudar essa sua cara, o pior já passou, a sua garota vai ficar bem! - Ele sorria feito um idiota por ter conseguido o número da tal mulher.
Daryl_ Vai se ferrar Scott. - Ele sorriu ainda mais. - Nem em um hospital você se controla cara! Só falta você me dizer que também já pegou as médicas e que vocês...
Olhei pra ele e o safado sorria como se estivesse relembrando alguma coisa.
Daryl_ Espera você não… - Ele afirmou com um sorriso vanglorioso nos lábios. - Cara você é um cafajeste! - Nós dois começamos a sorrir sentados à mesa.
Scott_ Aprendi com o melhor, você meu amigo foi meu professor em matéria de cafajestagem. - Disse ele.
Daryl_ Mas essa fase já passou, eu amo aquela mulher Scott, Valentina conseguiu a proeza que nenhuma outra conseguiu, ela foi a única que…
Scott_ Conseguiu te laçar? - Me interrompeu. - Pois é meu amigo você está ferrado na mão daquela garota. - Começou a sorrir debochando de mim.
Daryl_ Pelo menos olha o lado bom, o que sentimos um pelo outro é recíproco e… - Olhei pra ele e ele me olhava como se estivesse vendo um alienígena na sua frente.
Scott_ Que isso Daryl? Tá começando a falar boiolices agora?!
Daryl_ Isso não é boiolice, isso se chama amar!
Scott_ O nome disso é viadagem isso sim! - Agora ele começou a gargalhar.
Daryl_ Então se cuide meu amigo porque essa viadagem ainda vai te pegar e te deixar no chão, e eu vou estar lá rindo da sua cara quando isso acontecer, já consigo até ver você recitando poemas ou fazendo uma serenata em baixo de uma varanda... - Agora era minha vez de debochar da sua cara. - E sabe também o que mais eu imagino? Imagino ela jogando um balde de água gelada na sua cabeça por estar perturbando a ordem. - Começamos a rir e isso chamou a atenção dos outros que ali estavam para nós, começamos a olhar ao redor e vi Carlos se aproximar de nós.
Scott_ Acho que o coroa alí não foi com sua cara.
Daryl_ Se eu fosse pai dela também não iria com a minha cara. - Nós dois rimos e então Carlos chegou até a mesa.
Carlos_ Eu queria conversar com você rapaz.
Daryl_ Sim, eu também quero falar com você. - Respondi.
Scott_ Bom vou deixar vocês conversarem e vou ver se encontro minha emfermeirinha. - Scott falou se levantando da mesa deixando nós dois a sós.
Carlos_ Bem, primeiro queria te agradecer por ter ido atrás de mim para salvar minha menina, se não fosse por você eu sem sei o que podia ter acontecido.
Daryl_ Carlos, eu amo sua filha, e acredite em mim, o que aconteceu com ela não vai ficar barato.
Carlos_ Mas então não foi um assalto?!
Daryl_ O tiro que acertou sua filha era pra ser em mim!
Ele arregalou os olhos e se encostou na cadeira calado sem deixar transparecer nenhuma emoção. Depois de um tempo apenas me encarando ele falou.
Carlos_ O que você fez pra esses caras quererem atirar em você?
Daryl_ Muitas coisa…
Carlos_ E você não pensou um segundo sequer que isso poderia ter consequências rapaz! - Seu tom de voz aumentou.
Daryl_ Não me venha com sermões, eu sei muito bem o que fiz e não preciso de ninguém para me repreender. - Falei no mesmo tom. Ficamos nos encarando fuzilando um ao outro apenas com o olhar.
Já estou vendo que nossa relação não vai se fácil, mas preciso me controlar pra não fazer besteiras, isso é fato!
Depois de respirar fundo consegui me acalmar e Carlos também, mas seus olhos deixavam transparecer seu julgamento sobre mim e isso era nítido a cada palavra que saia da sua boca. Seu pensamento sobre mim era claro, que eu sou um bandido e que tenho que deixar sua filha em paz. Pobre homem, mal sabe ele que isso vai ficar apenas em seus pensamentos, pois eu não vou me afastar de Valentina só porque ele quer, não mesmo!
Daryl_ Olha eu não gosto de você e sei que você não gosta de mim, vamos tentar manter as aparência pela Valentina Ok? - Lhe propus.
Ele me olhava cerrando os olhos de braços cruzados enquanto estava encostado na cadeira.
Carlos_ Tudo bem, eu faço o que for preciso, mas que fique bem claro que é por ela!
Daryl_ Ótimo, cuide dela enquanto estiver fora.
Carlos_ Você vai embora?
Daryl_ Preciso acertar as contas com alguns vermes, e quando terminar vou voltar pra minha gatinha. - Sorri e ele bufou - Não se preocupe Carlos… eu voltarei, vocês não vai se livrar de mim tão fácil assim.
Levantei-me e fui ao quarto em que Valentina estava. Entrei e ela ainda dormia, me aproximei e tirei uma mecha de cabelo do seu rosto.
Daryl_ Eles vão pagar amor… não se preocupe, eu prometo que eles vão se arrepender de ter tocado em você. - Beijei seu rosto e fiquei mais alguns minutos apenas lhe acariciando enquanto dormia, depois sai em silêncio.
Daryl_ Vamos embora Scott.
Scott_ Pra onde a gente vai? - Perguntou ele me acompanhando pelo corredor.
Daryl_ Vamos trabalhar, temos muito o que fazer… contas para serem cobradas. - Sorri só de imaginar o que iria acontecer. - Vamos acabar com aqueles filhos da puta dos Levandoviski.
Scott_ Não precisa nem pedir duas vezes. - Ele também sorriu, e nós saímos do hospital.
》》》》》》 VALENTINA 《《《《《《
*** Três dias depois.
Valentina_ Já chega, Não quero mais isso! - Falei irritada.
Carlos_ Como que você não quer?
Pois é, meu pai resolveu ser minha babá. Oh Deus! Isso estava me matando. Não pense que sou ingrata por ele está cuidando de mim, não é isso. Acontece que quando meu pai toma uma decisão ele é daquele tipo de pessoa que ninguém consegue tirá-la da sua cabeça, e ele estava determinado a me fazer comer essa sopa de gosto horroroso.
Valentina_ Pai, eu não vou mais comer isso, já chega! Isso tem um gosto horrível.
Carlos_ Valentina Monteiro de Castro!
Agora ferrou, meu pai é um poço de paz e tranquilidade, mas quando ele se irrita e começa a chamar meu nome completo sai de perto. Só segura na mão de Deus e vai.
Valentina_ Pai por favor, isso já tá passando dos limites, eu estou bem só quero sair daqui. Enquanto a essa sopa pode esquecer, não vou mais colocar uma colher na boca.
Carlos_ Você só vai sair daqui quando o médico disser que você está bem!
Valentina_ Pai eu já estou ótima!
Carlos_ Por enquanto você vai ficar aí quietinha mocinha, e quando tiver alta vamos pro seu apartamento e eu vou cuidar de você.
Valentina_ Espera. - Olhei pra ele ainda tentando entender o que ele havia falado. - Como assim o senhor vai cuidar de mim? Que história é essa sr. Carlos? O senhor não pode abandonar seu tratamento assim.
Carlos_ Filha eu não vou mais voltar pra clínica, eu já estou bem.
Valentina_ Pai, da última vez que o senhor me disse isso eu acreditei e quase te perdi…
Carlos_ Minha filha. - Me interrompeu. - Eu já estou bem, quer dizer, vou continuar com os medicamentos. Mas, não vou mais aceitar ser trancado em uma clínica.
Valentina_ O senhor sabe que fiz isso pro seu bem.
Carlos_ Eu sei minha querida e te agradeço por isso. Mas já chegou a hora de voltar a tomar minha vida de volta.
Valentina_ Pai…
Carlos_ Acredita em mim filha, eu estou bem.
Meio apreensiva concordei com sua decisão. O que eu podia fazer por ele eu já tinha feito, agora é orar e pedir a Deus que dessa vez ele realmente esteja recuperado dessa maldita depressão.
Eu estava cada vez mais inquieta naquela cama, eu sempre dizia que estava bem e ninguém acreditava, era como se eu falasse com as paredes. O médico sempre vinha com aquela conversa de que eu tinha que esperar o fechamento da ferida para poder ir embora. Mas eu estava bem, claro que às vezes doía e incomodava, mas já estava ótima.
Sem falar que estava perdendo as últimas aulas da faculdade, minha formatura seria semana que vem, e eu tinha que estar lá. Fui escolhida oradora da turma e então ainda tinha milhares de coisas em minha cabeça para planejar, Tomás um amigo tem sido um amor vindo me visitar e contando o que estava acontecendo por lá.
Daryl esses dias só tenho falado por telefone, percebi que ele e meu pai não se dão muito bem. Ele me disse que seria bem cuidada enquanto meu pai estivesse comigo, e que viria me buscar quando já estivesse pronta pra ir embora, o problema é que ainda não conversamos sobre voltar a morar no meu apê junto com meu pai, então já pensou na confusão que ia dar?
Me dava até uma agonia por estar tanto tempo longe do meu gatinho, Scott vinha sempre ver como eu estava, ele era ótimo me fazia rir contando algumas das suas aventuras com Daryl, ele sempre me trazia notícias dele também. Mas quando lhe questionava sobre os Levandovisk ele se fechava e apenas me dizia que Daryl estava cuidando deles, o que me deixava cada vez mais preocupada, tenho um medo muito grande do que pode acontecer com ele se for pego por Evandro.
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Por Amor a Valentina ( Fanfiction com Daryl Ortega - Is It love? )
FanfictionSinopse. Valentina Monteiro é uma jovem Brasileira que conseguiu ganhar uma bolsa de estudos fora do país aos 17 anos de idade, logo após a morte de sua mãe ela parte para Nova Iorque junto com seu pai. Ela só não sabia que sua vida iria mudar compl...