》》》》》》 JOHN LEVANDOVISK 《《《《《《
Saí da casa de Daryl possesso de raiva, não era justo aquele bastardo conseguir tudo e acabar desperdiçando o que lhe era dado. Meu tio preferia ele á mim, Bárbara me deixou pra ficar com ele, meus melhores amigos ele levou quando foi embora. E agora mais uma vez ele cruzou meu caminho. Valentina era a mulher que eu desejava, sei que é loucura mas desde que a vi não conseguia pensar mais em nada.
Aquela mulher parecia ter me enfeitiçado. Se Daryl não tivesse atravessado meu caminho com toda certeza deste mundo ela seria minha.
- Bastardo filho da puta! - Rosnei limpando o sangue que escorria do meu nariz. Aquele desgraçado não perde por esperar, se antes já o odiava hoje eu o detesto com todas as minhas forças.
Fiquei alguns minutos dentro do carro e ouvi uma voz que me chamou atenção.
Bárbara_ Johnnnn. - Ela praticamente cantou meu nome com uma voz melosa.
John_ Barbie, o que você tá fazendo aqui?
Ela entrou em meu carro e me encarando sorriu.
Bárbara_ Humm, vim fazer uma visitinha pro meu amor, mas parece que ele está com problemas e…
Eu comecei a rir o que fez ela olhar pra mim séria, logo depois fechou a cara.
Bárbara_ Por que você está rindo como um idiota aí?!
John_ Meu amor? ora Bárbara será que você não percebe que Daryl se cansou de você!
Bárbara_ Ele não se cansou de mim, ele só está estressado é normal, e também…
John_ Você é uma trouxa isso sim! - Lhe interrompi. - Daryl está com outra, e acredite em mim ela não é como as outras.
Me lembrei das diversas vezes que Daryl se envolvia com outras mulheres mesmo estando com Bárbara. Era sempre assim, e ela continuava com ele.
Bárbara_ Como assim ele está com outra?! Quem é essa vadia? - Perguntou furiosa.
John_ Ela não é uma cadela como você ou como as outras! - Disse e isso fez ela ficar mais vermelha de raiva.
Bárbara_ você gosta da cadela aqui que eu sei.
John_ Você já é passado pra mim!
Bárbara_ Será mesmo… - Se mexeu no banco se aproximando de mim e sussurrou. - Eu sei que você ainda gosta de mim John não negue.
Olhou pra mim com um sorriso safado que eu conhecia muito bem. Fiquei lhe encarando e ela sorriu e me beijou.
Fomos até sua casa, e estávamos nos entendendo muito bem (Se é que entendem) começamos a cheirar um bagulho que ela me deu - Sim nós estávamos usando drogas, Bárbara sempre tinha com ela. Eu estava bem me sentia leve até ela começar a falar do bastardo do Ortega.
Bárbara_ John você vai me ajudar com Daryl não vai?
John_ Você só pode estar muito doída, esse pó tá derretendo seu cérebro ou o que? - Disse já perdendo a paciência.
Bárbara_ Você vai me contar quem é essa vaca que quer tomar meu homem…
John_ Foda-se ele, será que você não entendeu que eu disse, ele está com outra mulher, esquece ele e fica comigo eu posso dar tudo o que você quiser...
Bárbara_ Você sabe muito bem que eu amo ele, sempre amei - Me interrompeu. - Eu gosto de você mas amo ele. - Me levantei do sofá colocando minhas calças.
Bárbara_ Você já vai?
John_ Vai procurar aquele idiota, você não ama ele? Então vai lá servir de puta para ele! - Disse furioso. Já estava cansado dessa situação, por mais que ele fizesse as pessoas sempre, sempre corriam atrás daquele bastardo.
Entrei em meu carro feito um louco, cheio de raiva. Quando cheguei em casa vi uma movimentação estranha, depois ouvi um tiro. Peguei minha arma que estava no porta luvas do carro e entrei, logo vi a pessoa que mais odiava, Daryl estava abraçado com Valentina. Essa imagem me fez ver tudo vermelho, sem ninguém perceber minha entrada apontei a arma em sua cabeça. Ele se virou e me encarou.
John_ Chegou sua hora bastardo. - Falei com a arma em sua testa.
Daryl_ Você tem certeza disso John?
Valentina_ Não John p-por favor… não… não faz isso - Valentina veio para meu lado tentando chamar minha atenção. - Me escuta… por favor olha pra mim! - Olhei em seus olhos. - Aqui aponta pra mim. - Ela guiou minha mão fazendo apontar para ela.
John_ Não Valentina, eu gosto de você eu não posso… - Disse meio trêmulo e nervoso.
Evandro_ ATIRA LOGO MOLEQUE! – Gritou meu tio.
Olhei para ele e depois para ela, eu não podia fazer o que ele me pedia, não podia machucá-la, estava nervoso e sem saber o que fazer.
》》》》》》 DARYL 《《《《《《
Valentina_ Vai ficar tudo bem… John vai ficar tudo bem. - Ela disse entre lágrimas fechando os olhos já esperando o pior. Até que dois tiros foram dados.
Enquanto John estava distraído com Valentina eu consegui pegar minha arma e lhe acertei na perna, o problema é que com o impacto que ele sentiu acabou disparando contra Valentina.
Ela cambaleou dando alguns passos para trás e eu lhe segurei em meus braços e ficamos os dois no chão. Desespero tomou conta de mim quando eu vi o tanto de sangue que ela estava perdendo, ela estava desacordada o que piorava ainda mais meu desespero.
John ficou deitado no chão agarrado a sua perna ferida gemendo de dor, mas eu sabia que não tinha sido nada demais, afinal de contas ele se mantinha consciente. Evandro ao ver a desgraça que se aconteceu começou gargalhar alto, o que fez sentir raiva e nojo ainda mais desse bastardo. Meu amigo parece que sentiu o mesmo que eu em relação ao velho e lhe deu uma coronhada, o que fez o maldito apagar.
Daryl_ SCOTT!!! - Gritei com Valentina em meus braços toda ensanguentada.
Scott se apressou vindo em nossa direção e rasgou a blusa dela. Eu arranquei minha camisa e pus no sangramento para estancar. O tiro pegou á baixo de seu ombro próximo ao peito direito. E o que mais me preocupava era a quantidade de sangue que saia.
Daryl_ Vão buscar meu carro. AGORA! – Falei desesperado e alguns homens saíram da casa.
Scott_ Fica calmo irmão.
Daryl_ Ela tá perdendo muito sangue Scott. - Pressionei ainda mais o tecido contra a ferida.
Scott_ Ela vai ficar bem, agora tenta se manter calmo.
Ouvi o roncado do meu carro e corri com ela em meus braços para dentro. Fiquei no banco traseiro enquanto meu amigo dirigia.
Scott_ Vamos levar ela pra sua casa e aí…
Daryl_ Não! Toca pro hospital, esse monte de sangue vai fazer falta.
Scott_ Mas Daryl no hospital a polícia vai…
Daryl_ Que se foda a polícia! Vai logo Scott eu estou mandando ir pra porra do hospital.
Quando chegamos no hospital Valentina foi levada em uma maca por diversas pessoas.
Enfermeira_ Sr. aguarde na sala de espera, você não poderá vir com ela.
Daryl_ Como é que é?! Minha senhora você não está entendendo eu vou entrar com ela sim!
Médica_ Se o Sr. insistir vou ter que chamar a segurança.
Olhei pra mulher possesso de fúria, como era possível ela ameaçar chamar os seguranças só por eu querer entrar junto com ela.
Scott_ Não é preciso chamar a segurança.
Fiquei andando de um lado para o outro no corredor frio daquele lugar, estava preocupado e ao mesmo tempo me sentindo culpado pelo que aconteceu, se eu tivesse feito as coisas diferentes talvez não estivéssemos aqui agora. Me sentei no chão com os joelhos dobrados em meu peito e fiquei olhando para o nada. Medo era o que sentia. Isso era novo pra mim, nunca senti isso por ninguém, o medo que sinto só de imaginar ficar sem a minha gatinha é tão grande que chego sentir um gelo na espinha. Fiquei muito tempo calado apenas olhando para aquelas portas azuis que Valentina havia sido levada. Nem as luzes fortes daquele corredor eram capazes que iluminar a escuridão que estava sentindo dentro de mim, o vazio e o frio que sentia era insuportável.
Scott_ Cara toma isso. - Scott chamou minha atenção jogando uma camisa pra mim. - Aproveita e vai no banheiro e se limpa, você tá todo sujo de sangue.
Fui ao banheiro e me limpei, enquanto fazia isso pensava em como vou me vingar daqueles desgraçados, isso não vai ficar barato, se for preciso posso até matar não me importo mais com nada além de Valentina é claro. Eles vão me pagar por cada gota de sangue que foi derramada hoje.
Voltei para onde Scott estava e ele me encarava de uma forma estranha, depois de muito me observar ele se manifestou.
Scott_ Acho melhor você se acalmar, olha essa sua cara de maníaco suicida!
Daryl_ Você ainda não me viu em modo maníaco suicida, mas estou muito próximo disso.
Ficamos mais uma eternidade aguardando quando a mesma mulher que levou Valentina saia pelo corredor, ela veio em nossa direção e sua cara não era nada boa.
Médica_ Eu preciso saber exatamente o que aconteceu, a paciente deu entrada com uma perfuração de arma de fogo sendo assim temos que fornecer um relatório para a polícia como ocorrência.
Daryl_ É… sim claro, nós falaremos tudo. Mas antes me diga como ela está?
Médica_ Você por acaso é da família?
Daryl_ Sou o namorado.
Médica_ Certo! À princípio achamos que a perfuração teria sido superficial. - Deu uma pausa e continuou. - Mas, infelizmente vimos que o projétil da bala ainda estava instalado. - Ela agora parecia preocupada.
Daryl_ Mas e então? - Perguntei afobado.
Médica_ Ela perdeu muito sangue e irá precisar de uma transfusão o mais rápido possível.
Passei a mãos pelos cabelos nervoso, eu sabia que não era normal tanto sangue daquele jeito.
Médica_ O sangue da paciente é difícil de encontrar, nós não temos o tipo sanguíneo dela disponível aqui no hospital.
Scott_ Que tipo sanguíneo ela é? – Perguntou.
Médica_ Ela é O -, sendo assim ela só pode receber do mesmo tipo sanguíneo que o dela. - Pausou e depois continuou.- Tem algum parente que possa ajudar?
Scott_ Não...
Daryl_ Espera, existe sim! Eu já volto. - Sai correndo do hospital, ao entrar no carro dei partida cantando os pneus.
Corri feito um louco para a clínica onde o pai da minha gatinha estava.
Recepcionista_ Você não pode entrar sem autorização…
Daryl_ Que se foda essa autorização! - Disse irritado. A mulher que estava na recepção não queria me deixar falar com ele.
Recepcionista_ Eu vou ter que chamar a segurança! -Ameaçou.
Lhe olhei com olhos cerrados, ela piscou algumas vezes parecia nervosa.
Daryl_ Escuta, a minha mulher pode morrer porque precisa da droga de uma transfusão de sangue e esse homem que está internado aqui pode ser a única salvação dela, você pode chamar quem quiser até o papa em pessoa mas você não vai me impedir de entrar e falar com ele. estamos entendidos?
A mulher parecia ter perdido a língua, pois ela se mantinha calada com os olhos arregalados me olhando, depois respirou fundo e falou.
Recepcionista_ Quarto 16 depois do corredor à esquerda, mas se alguém perguntar você não me viu, entendeu?
Assenti e corri pelo lugar que parecia um labirinto com corredores para todos os lados. Chegando frente ao quarto bati feito um louco na porta.
???_ Sim? - Um homem alto moreno com cabelos grisalhos e olhos negros abriu a porta.
Daryl_ Carlos?
Carlos_ Sim, e você quem é rapaz?
Daryl_ Prazer Daryl.
》》》》》》 VALENTINA 《《《《《《
É incrível como a vida é uma algo tão frágil, em um momento você está bem sorrindo feliz e de repente como um sopro que você dá sobre a chama de uma vela tudo se apaga e seus sentidos ficam vagos, seus pensamentos viajam para longe e tudo que resta é dor e sofrimento.
Tentei abri lentamente meus olhos mas luz forte me fez fechá-los novamente. Minha boca estava com um gosto horrível e minha garganta estava seca, tentei mais uma vez abrir meus olhos e então enxerguei um pouco embaçado. Apertei os olhos tentando focar minha visão, consegui ver meu pai sentado em uma cadeira com os cotovelos apoiados nas pernas e suas mãos segurando o rosto.
Valentina_ Pai… - Murmurei.
Ele levantou rápido a cabeça e quando olhou pra mim correu até a beira da cama.
Carlos_ Valentina minha filha. - Falou como se estivesse aliviado por estar falando comigo.
Valentina_ Onde estou?
Carlos_ Você está em um hospital minha filha. - Pegou minha mão.
Fiquei quieta tentando lembrar o que aconteceu, pois não me lembrava absolutamente nada, as únicas coisas que realmente me lembro estava na casa de Evandro e é que depois Daryl chegou.
Valentina_ Daryl… pai onde está Daryl?
Carlos_ Ele está lá fora conversando com um policial, minha filha que ideia é essa de ser assaltada e reagir Valentina? Você poderia ter morrido!
Fiquei quieta sem saber o que responder, mas logo entendi o que se passava, com certeza Daryl inventou essa historia pra despachar a polícia e não revelar a verdade dos fatos para meu pai.
Valentina_ Pai, eu quero ver ele!
Meu pai ficou alguns instantes me olhando como se estivesse pronto pra começar a me dar bronca, mas depois ele bufou como se tivesse desistido da ideia.
Carlos_ Depois teremos uma conversa muito séria mocinha. - Assenti e ele beijou o topo de minha cabeça e logo saiu do quarto.
》》》》》》 DARYL 《《《《《《
Acho que o pai da minha gatinha não foi muito com a minha cara. Logo que contei o que havia acontecido ele ficou paralisado como se estivesse tomado um choque com a notícia que lhe dei.
Carlos_ Mas como isso aconteceu? - Perguntou exasperado.
Daryl_ Carlos não temos tempo! Me diz que você tem o mesmo tipo de sangue que ela e vamos logo pro hospital.
Ele se apressou e correu para o banheiro, ao sair tinha trocado as roupas. Me olhando sério falou.
Carlos_ Você disse que era o que mesmo da minha filha?!
Daryl_ Eu sou o namorado.
Carlos_ Namorado é… sei! - Me olhou com cara de poucos amigos, depois saímos os dois em direção ao hospital.
Depois de todo o procedimento da transfusão Carlos não saiu do lado da filha, o que era totalmente compreensível, ele amava Valentina, isso era nítido pra todos pela forma como ele olhava e conversava com ela mesmo ela não estando consciente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por Amor a Valentina ( Fanfiction com Daryl Ortega - Is It love? )
FanfictionSinopse. Valentina Monteiro é uma jovem Brasileira que conseguiu ganhar uma bolsa de estudos fora do país aos 17 anos de idade, logo após a morte de sua mãe ela parte para Nova Iorque junto com seu pai. Ela só não sabia que sua vida iria mudar compl...