capítulo 1

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♤♤♤♤ VALENTINA ♤♤♤♤

Mais uma noite indo pra aquele lugar, mas fazer o que se tenho contas a pagar além de ter o tratamento do meu pai que custa uma fortuna, também tenho que garantir seus remédios.
Essa noite o turno vai ser pesado lá na Night Stars a boate onde danço, infelizmente foi a única coisa que me apareceu, servir de dançarina de poli dance, eu sempre dancei, mas nunca imaginaria dança em uma boate pra um bando de velhos nojentos que ficam babando quando vê uma mulher na frente.

Chamo-me Valentina Monteiro e tenho 22 anos, moro aqui em Nava Iorque com meu pai Carlos, antes morávamos no Rio de Janeiro lá no Brasil com minha falecida mãe Cíntia, ela morreu quando eu tinha 17 anos, infelizmente ela foi vítima de um tiroteio que estava acontecendo quando voltávamos pra casa.

Faltava apenas duas semanas para minha vinda para Nova Iorque quando tudo aconteceu, eu tinha acabado de receber a notícia de que tinha sido escolhida para ganhar uma bolsa de estudos pra fora do país. Eu lembro como minha mãe estava feliz com minha conquista, mas infelizmente ela não pode estar comigo.

Mesmo tendo a tristeza abitando em mim vim pra Nova Iorque por meu pai muito insistir, logo depois ele veio pra cá também, mas depois da morte da minha mãe meu pai entrou em uma profunda depressão, inclusive tentou tirar a própria vida duas vezes.
Assim que cheguei aqui eu enfiei a cara nos estudos o que graças a Deus irei concluir daqui a três meses.

Eu recebo um financiamento por ser bolsista, mas não dá pra nada, tive que arrumar emprego, mas não me apareceu nada, o que eu achei incrível por que Nova Iorque é enorme e eu não consegui encontrar nada. Até que me apareceu essa vaga como dançarina na Night Stars, como não tinha muita escolha acabei pegando o turno da noite. Com meu pai cada vez mais doente eu tive que interna-lo em uma clínica, pois não podia correr o risco de perdê-lo também. Então essa é minha vida, pela manhã faculdade a tarde dormir e a noite dançar.

Eu dividia um apartamento com uma colega de faculdade, mas ela acabou voltando pro Texas por causa de sua mãe que estava muito doente. Então as despesas aumentaram porque nós dividimos o aluguel, e pra sair do aperto tive que pedir um adiantamento pro Victor o dono da boate onde danço. Um homem intragável que sinceramente só aturo por não ter outro jeito.

O lugar onde trabalho é um lugar onde muitas pessoas consideram um "inferninho" lá tem de tudo, garotas que aceitam programa, acompanhantes, e tem eu a única que dança, não vou mentir dizendo que nunca recebi propostas indecentes e tentadoras por causa da grana, mas prefiro morar em baixo de uma ponte do que vender meu corpo. Todos os dias eu posso á Deus pra terminar logo a faculdade de admiração pra conseguir sair logo deste lugar.

Assim que chego encontro Luigi no camarim, podemos dizer que ele é tipo um “personal” das garotas daqui. Ele que cuida dos figurinos, maquiagem, e também cuida de selecionar algumas garotas para festas privadas que às vezes acontece fora da boate.

Luigi_ Val minha estrela, eu quero conversar com você. - Pega em minha mão.

Valentina_ Ai Luigi eu preciso me trocar, daqui apouco é a minha vez de dançar...

Luigi_ Eu sei minha querida, todas as vezes que é sua noite a boate lota! - Ele sorri.

Valentina_ Para Luigi, isso não é verdade.

Luigi_ Claro que é verdade meu bem, toda a noite que você dança a casa fica cheia, por isso que o Victor tem tanto medo que você vá embora daqui.

Valentina_ Mas você sabe que eu não vou passar o resto da minha vida dançando pra esses velhos nojentos, -Faço uma careta. - Aliás, você sabe muito bem que só danço porque falta grana.

Luigi_ Eu sei disso criança, e é por isso que vim te contar que eu ouvi uma conversa muito estranha do Victor - Ele se aproxima como se fosse me contar uma segredo - Eu o ouvi dizer que vai arrumar um jeito de te prender aqui.

Valentina_ O que?! Como assim?

Luigi_ Eu não sei minha querida, mas tenha cuidado com esse homem, ele sabe ser perigoso quando quer.

Valentina_ Não se preocupe, logo terminarei a faculdade e sairei deste lugar. - Lhe abraço.

Luigi_ Vou sentir sua falta minha estrela. - Ele me diz com os olhos marejados.

Valentina_ Eu também vou sentir sua falta meu amigo.

Luigi_ Você é a única deste lugar que eu realmente me importo, você é diferente das outras garotas, tem um coração puro, uma verdadeira menina no corpo de mulher.

Valentina_ Ai Luigi você quer me fazer chorar. -Sorrio com os olhos marejados.

Luigi_ Claro que não minha criança, mas quando terminar me procure, fiquei sabendo que pediu um adiantamento pro Victor... -Fomos interrompidos por Sara uma das garotas da boate.

Sara_ Val falta dez minutos pra sua entrada. -Ela diz ao abrir a porta se encostando no batente.

Valentina_ Tá bem, obrigada Sara. -Ela sai e fecha a porta.

Luigi_ Vamos querida eu vou te ajudar. - Se levanta da cadeira e ajuda a me arrumar.

Quando termino vou correndo pro palco e faço o meu número, realmente a casa está lotada, e por incrível que pareça não tem só aqueles velhos babões que sempre vem aqui, tem um grupo de homens os quais eu nunca os vi por aqui. Ao terminar a minha dança vou para o camarim para uma pausa, me sento na cadeira em frente a um enorme espelho, e a porta se abre.
um homem entra, "inclusive que homem" ele é muito gato, ele me olha e sorri.

Valentina_ Desculpe senhor, aqui só é permitida a entrada de pessoas autorizadas. -Digo me levantando da cadeira.

???_ Oh, me perdoe. Eu só vim lhe parabenizar, você realmente é tudo o que me disseram mesmo. -Ele dá um passo e fica próximo de mim.

Valentina_ Por favor, senhor eu peço que se retire daqui. - Digo me afastando, mas ele pega em meu braço me fazendo ficar muito próximo de seu corpo, tão perto que consigo sentir o calor da sua respiração em meu rosto.

???_ Quanto quer para sair daqui comigo?

Valentina_ Senhor, por favor, saia daqui eu não faço programa! -Digo empurrando seu peito para ele se afastar, mas é em vão ele não move nenhum centímetro.

???_ Não? -Ele parece surpreso.

Valentina_ Não! Agora vá embora. -Eu me afasto e sento novamente na cadeira com os braços cruzados.

???_ Bem, é... me desculpe, eu não sabia... -Um homem que mais parece um armário abre a porta chamando nossa atenção, ele deve ser segurança.

Segurança_ Senhor, temos que ir.

???_ Mas que DROGA! Eu já estou indo. -Ele diz irritado com o homem. Logo, aquele que abriu a porta á fecha rapidamente. - Me desculpe -Ele se senta a uma cadeira próxima de mim e me olha através de espelho com os braços apoiados no encosto da cadeira. -O que uma mulher como você faz em um lugar tão sórdido como esse?

Valentina_ Isso não é da sua conta! -Ele sorri e se levanta da cadeira indo em direção à porta, quando ele abre a porta para e me olha.

???_ Espero te ver de novo, a propósito como se chama?

Eu me levanto e apoio uma mão em uma pequena mesa próxima a porta.

Valentina_ E para quê você quer saber como me chamo? Por favor, vá embora!

Ele arqueia uma sobrancelha e sorri se aproximando de mim, seus olhos estudam meu rosto e seu olhar encontra o meu, ele me olha de uma forma tão intensa que cheguei a ficar até assustada, ele parece um predador analisando sua presa.

???_ Até breve. – Dá um sorrisinho de canto de nova e cruza a porta indo embora.

Quando ele vai embora eu sinto um sentimento estranho, como se eu sentisse que aquela não seria a última vez que eu o veria, talvez eu esteja ficando louca ou talvez eu apenas esteja com uma ponta de interesse nesse desconhecido que nem seu nome eu sei.

Balanço minha cabeça para espantar esses pensamentos. E volto para o palco.

São quase três da manhã quando saio da boate, e vou pra casa exausta. Quando chego vou direto pra cama e logo pego no sono devido à exaustão do meu corpo.

Me acordo com o som estridente do despertador as seis da manhã. Como sempre me arrumo e vou pra faculdade.

***

Chega à noite novamente e já estou a caminho da boate e logo me arrumo para começar a apresentação quando o Luigi chega todo Alegre.

Valentina_ Parece que alguém viu um passarinho verde. -Digo sorrindo da sua cara de bobo.

-Eu me acertei com o Carlos. -Ele sorri.

Carlos é o namorado do Luigi, os dois vivem brigando, mas no fim sempre se acertam.

Valentina_ Então está explicada sua alegria.

Luigi_ Sim, e você? quando é que vai arrumar um homem, sei que falta de pretendentes não é. Você precisa tirar esse seu atraso. –Ele sorri.

Valentina_ Luigi!!! –Dou um tapa em seu ombro.

Luigi_ O que foi? –Ele se faz de inocente. -Mas é verdade minha querida, eu nunca te vi com homem nenhum... e você é sempre tão fechada quando o assunto é homem... espera, você é lésbica?

Eu caio na gargalhada com seu comentário.

Valentina_ Ai Luigi não, claro que não sou lésbica, acontece que eu não tenho espaço pra homem na minha vida... você sabe como é complicado.

Luigi_ Mas, você precisa se divertir. -Ele sorri.

-Não senhor, o que eu preciso mesmo é me concentra porque eu tenho que ir. -Lhe dou um beijo na bochecha e saio do camarim.

Vou em direção ao palco quando sou parada por Victor, o dono da boate. E como sempre ele está com os seus capangas do lado.

Victor_ Olha ela ai. -Sorri - Como vai a minha mais bela estrela?

Por Amor a Valentina ( Fanfiction com Daryl Ortega - Is It love? )Onde histórias criam vida. Descubra agora