Olho no relógio e já estou quase atrasada para encontrar as meninas. Estou usando um vestido branco, curto meio rodado com as costas nuas, um scapin vermelho verniz, lindo, com uma clutch também vermelha. Me admiro no espelho e fico satisfeita com o que vejo, minha maquiagem é leve exceto pelo batom vermelho. Me sinto poderosa.
Escuto a campainha tocar e desço porque acho que meu UBER já chegou, no entanto quando abro aporta me deparo com minhas amigas na minha porta com um balde de sorvete e umas sacolas.
- O que vocês estão fazendo aqui?
- Ué viemos para cá. Por que é melhor para ti. – Me responde uma rúbia com o sorriso mais largo do mundo, já eu não posso dizer o mesmo da minha cara.
- Olha preta eu sei que você gostaria de sair, mas sua recuperação não está completa. Eu particularmente acho imprudente da sua parte querer sair pra gandaiar.
- A pela misericórdia. – Falo jogando os braços para cima diante do comentário da Érica.
- Mas olha pra mim eu to tão gata hoje, eu queria tanto da uns bordejos. – Falo fazendo bico. Sei que não vai adiantar nada porque se elas estão aqui quer dizer que não tem ninguém em bar nenhum me esperando agora só me resta cancelar o UBER e ser feliz com sorvete.
- E aí! vamos tomar sorvete aqui fora ou você vai nos deixar entrar. – Dou um passo para o lado e deixo elas entrar. Quando vou fechar a porta passa um gol branco bem devagar na frente da minha casa e que deus me ajude porque tenho certeza que tem alguém me olhando lá de dentro. Fecho a porta o mais rápido que posso. Não querendo dar asas para minha imaginação sofrida das ultimas duas semanas.
- Então bonitas, quer dizer que vocês deixaram eu imaginar que íamos sair. – Falo cruzando os braços. – Pra depois aparecer aqui com essas caras de pombas lesas, é isso?
- Veja bem. Você ainda está se recuperando. seu corpo não está cem porcento. – Rúbia me aponta o obvio que fiz questão de ignorar o dia todo.
- Sossega essa perereca, guria. Põe um filme no Netflix e vamos relaxar. – E pronto com esse comentário da Érica estou conectando a tv e a rúbia já foi para cozinha organizar as colheres de sorvete para gente.
Meu telefone toca, olho para ele meio ressabiada porque na tela aparece o nome do Pedro.
-Alo.
- Karla to aqui na frente da tua casa. Abre a porta pra mim. – Tiro o telefone da orelha e olho desconfiada pra ele. – porque você está na frente da minha porta? – pergunto e acho que sei a resposta, tenho medo de ouvir.
- Abre a porta. – Ele manda e sinceramente tenho vontade de deixá-lo na rua quem ele pensa que é para mandar em mim. Vou para porta abrir e já está e subindo um sangue nos olhos.
- Só para deixar claro a casa é minha. – Falo cruzando os braços. – Você não pode ficar mandando em mim, se eu quiser tu não entras e te deixo na rua. – Olho para ele e vejo aquele sorriso invertido a cara do Darth Vader.
- Você não pode estar falando sério! Você nem sabe por que eu estou aqui. – Ele fala também cruzando os braços e, minha nossa senhora, das viúvas cheias de tesão, aqueles braços me deixam cheia de ideias chego até a esquecer o porquê estava tão indignada.
- Beleza. Então porque você está aqui na minha porta me dando ordens?
- Eu não estou te dando ordens. – Ele se defende então eu levanto uma sobrancelha dizendo "tem certeza". Desfaço minha cara amarrada porque não quero dar munição para vizinho enxerido e dou um passo para o lado permitindo a entrada dele na minha casa sem precisar falar nada. Ele da um passo para dentro e me olha de cima a baixo.
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A pura luxuria
ChickLitKarla é uma viúva cheia de tesão reprimido que tem medo de ter qualquer tipo de relação com outros homens, pois ela acredita que estaria traindo seu amor por Jairo seu falecido marido, com dois filhos e uma casa pra cuidar ela pensa que não tem te...