Chegamos à favela do caranguejo já é tarde da madrugada. Olho para os lados percebendo certa movimentação. Encosto minha moto perto de uma parede e vejo o Leandro estacionar ao meu lado. Nos encontramos na entrada da favela.
- Esperem aqui, vou resolver algumas coisas. – Rubia nos informa caminhando para um grupo de rapazes que parecem não estar de bom humor. Não escutamos o que ela fala, mas pela sua postura parece ser mais sério do que eu imagino. Meu coração acelera porque não quero ter que fazer nada além do necessário para salvar minha filha, porém, se esses caras não me deixarem pegar minha filha o bicho vai pegar.
- Tudo certo, mas não quiseram me dizer em qual local aquele verme está escondido. – Ela fala de braços cruzados e muito indignada.
- Não precisa Rubia já consegui entrar nos servidores de internet dessa área da cidade e remotamente joguei na rede o número de IP do celular já estou com o GPS dele ligado vamos chegar lá em minutos, fiquem preparados. – Erica fala tudo isso mexendo no tablet.
Ela vai caminhando na frente e vamos seguindo-a.
-Leandro fica na minha frente e não esqueça vamos te entregar a Laura e você vai embora, certo. – Falo pra ele que balança a cabeça concordando de olhos arregalados olhando ao redor.
Escutamos um assobio saco minha Glock e aponto pra onde vem o barulho, quando vejo um rapaz acenar com a cabeça apontando um prédio. Acho que minha filha está lá e parece que estou certa pois a Erica junto do seu tablet se dirigi para lá. Ela para de caminhar e olha pro Leandro e fala.
- programei o GPS do seu celular para te levar direto para a minha mãe, de lá ela vai pegar as crianças e vai pra um lugar seguro se você quiser pode ir junto, se não quiser ir com eles vá para sua casa quebre seu celular ponha fogo e enterre os restos para não ter nada que ligue você ao que vai acontecer hoje. Me entendeu. – E mais uma vez meu querido amigo assente e continua calado.
- Meninas chegamos. Os caras que comandam a favela não vão aparecer, não vão ajudar e nem nos prejudicar, mas o que acontecer aqui será por nossa conta. Entenderam? – Rubia fala vejo que ela também saca sua pistola assim como Erica que deixa o tablet no chão e saca sua pistola.
Entramos num prédio que parece não ter energia elétrica, tem dois pavimentos, acho que já deve ter sido algum tipo de comercio, mas está abandonado a muito tempo pelo grau de deterioração. Passamos em cada cômodo que encontramos e não escutamos nenhum barulho até que sinto alguém nas minhas costas e antes de ser atingida por um soco esquivo para o lado segurado a mão de quem tentou me acertar dando uma cotovelado na cara do rapaz que não estava esperando ele se solta do meu agarre e vem pra cima de mim dou impulso com o pé esquerdo na parede dando com a coronha da arma na lateral do seu rosto ele perde os sentidos temporariamente e nesse momento sento um chuto na boca do seu estomago e outro na cara e ele cai feito um saco de batatas. Olho para frente e vejo somente Leandro me encarado como se nunca tivesse visto nada parecido, e provavelmente não tenha visto mesmo, continuo a caminhar quando encontro as meninas abaixada verificando se estão desacordados mais dois caras, elas os puxam para o canto e assim continuamos. Meu fone solta um apito e em seguida escuto a Erica falar.
- Karla tem um som vindo da sua esquerda vai lá verificar e Leandro coloque a mão no meu ombro. – Saio da minha posição com minha arma em punho, não engatilhada, espero não ter que usá-la. Chego onde a Erica me indicou olho em todas as direções e o que eu vejo me arrepia até a alma. Uma parede cheia de fotos minhas e da minha família inclusive do Jairo ainda vivo, vou chegando mais perto da parede para ver melhor com a luz que entra pela janela e fico com mais medo ainda sinto meu rosto molhar passo a mão para constatar que são minhas lagrimas. Na parede em minha frente tem fotos do Jairo na moto e reconheço a roupa que ele esta usando foi no dia do acidente logo do lado esta outra foto riscada de vermelho um círculo cortado ao meio e essa foto me abala muito pois essa é do acidente do Jairo mas parece que foi uma foto tirada no local.
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A pura luxuria
ChickLitKarla é uma viúva cheia de tesão reprimido que tem medo de ter qualquer tipo de relação com outros homens, pois ela acredita que estaria traindo seu amor por Jairo seu falecido marido, com dois filhos e uma casa pra cuidar ela pensa que não tem te...