❝ No, I don't believe youWhen you say you don't need me anymore
I won't remind you
You said we wouldn't be apart. ❞❝ [...]
How are you guys planning on beating that?Together.
We'll lose.
Then we'll do that together too. ❞•
Tony não se importa, ele não se importa mesmo. As brigas já viraram uma parte de sua relação; é como se Steve fosse o balanço e Tony, a criança que cai do mesmo. Quando os dois explodem de raiva, gritando, jogando o peso do mundo nas costas um do outro, já é normal. E Tony não se importa.É como se o jeito com que discutem e as vezes que Tony chora, os ataques que trocam entre si, os levassem para mais perto do fim. Nas noites que Steve diz que a pior coisa que lhe acontecera fora apaixonar-se pelo gênio insensível, pelo gênio frio, pelo gênio calculista. Nas noites que Tony berra que sentimentalismo nunca levaria o mundo a lugar algum e que a forma de justiça do Capitão está ultrapassada, se é que algum dia ela funcionou. Mas todas as noites, a paixão está lá. Então isso tem que ser o certo.
Certo?
Tony não se importa, ele ainda não se importa mesmo. A dificuldade que os dois têm em se comunicar quando estão em casa, mas o quão fácil é receber ordens do Capitão vestindo sua armadura; segurança, ele pensa. Ela o torna menos receoso.
Entretanto, quando Tony se depara com sua equipe morta diante dos seus olhos, naves alienígenas serpenteando o espaço estrelado atrás dos corpos sem vida, é como se fosse um daqueles sonhos ruins dos quais não se consegue acordar.
Ele tenta fazer de tudo para que aquilo não se torne verdade. Ele pede a ajuda de Banner e esconde a visão que teve de todos, pois sequer pode proferir o que vira em sua mente. As palavras de Steve permeiam seus pensamentos a cada segundo, os olhos do soldado perdendo seu azul vívido e dando lugar a uma imensidão vazia, escura, mórbida:
Você poderia ter nos salvado.
Por que não fez mais?
•
Tony lê nos olhos de Steve as palavras “chega, eu não aguento mais” quando ele parte o tronco de uma árvore com apenas as próprias mãos, lançando-o um olhar duro e reprovador.“Toda vez que alguém tenta ganhar uma guerra antes que ela comece, pessoas inocentes morrem. Toda vez”, o soldado afirma, seu tom sério demais para que Tony responda com ironia ou uma piada sem graça, tentando fazer escárnio da situação para seu próprio bem. Tony baixa o olhar e agradece mentalmente quando senhora Barton os interrompe, indo em direção ao celeiro.
Depois da conversa com Fury, ele volta para a casa de Clint e afirma não estar com fome, subindo as escadas para o quarto de hóspedes que dividiria com Steve sem dizer mais nada. Uma vez deitado sobre a cama, ele suspira e tenta afastar as palavras do ex-diretor da sua cabeça.
“Você pensa que essa é a pior parte, não é?”, Tony questiona e sorri sem humor, fitando suas mãos enquanto as limpa da graxa do trator. “Não é”, ele respira, desviando o olhar novamente.
“A pior parte é que você não morreu”, Fury diz, fazendo Tony olhá-lo imediatamente. Há surpresa e confusão em suas feições, mas não exatamente pelo que Fury havia dito. E, sim, como ele mesmo não havia percebido antes?