The Protected - Scalia 2

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- O que é isso? - Scott, indignado, se aproximando do irmão que acabará de pular do volante de um ridículo veículo.

- Um jipe, Scott. - Stiles que agora se apoiará na porta capenga como quem exibisse uma ferrari, ergueu o nariz com orgulho. - Um belo jipe.

- Sempre achei que mereciamos um pouco de classe, estava errado.

O dia já não se mostrava um ensolarado tão bonito quanto os primeiros indícios da manhã, algumas nuvens cobriam o céu e tornavam tudo um pouco mais cinzento, se não fosse pelas árvores de folhas alaranjadas da floresta aos fundos, onde estavam estacionados.

- Não sei o que levar para uma viagem a um vilarejo assombrado. - Cora, com seu andar ameaçador, marchou entre as folhas secas até os irmãos.

- Mas eu sei. - A voz da ruiva ecoou distante.

Ela surgia acompanhada de Malia, carregava uma mala bem maior do que aquele jipe podia transportar, o que fez com que um trio de olhares desapontados emergissem sobre ela, enquanto Tate nem ao menos se importava, sua mente estava longe.

- O que é isso? - Stiles indagou.

- Roupas.

A ruiva simplesmente jogou bruscamente a mala para dentro do veículo, e logo, encarou o vampiro de forma desafiadora.

- Não é uma colônia de férias. - Ele disse.

- Não sabe quantos dias ficaremos lá.

- Passar dias em quase a porra de um pântano que nem os animais habitam?! - Retrucou.

Scott por sua vez, estranhou o fato de Lydia não soltar nenhum comentário sobre o veículo escolhido, talvez em outras situações fosse a primeira a recusar se sentar sobre tal banco de couro rasgado, mas aquela cidade mexia com as pessoas, e não sabia o porque ainda insistia em estar ali.

Era como se a tormenta fosse tudo que tivesse, e o que estava conformado a ter.

- Só quero minha filha. - Malia simplesmente entrou no jipe, sentando no pequeno espaço do banco traseiro onde ainda teria de caber Cora e Lydia, junto a enorme mala.

- Eu também. - Scott caminhou até a porta contrária do volante, sentando-se sobre o banco do passageiro, sabia que aquela altura seu irmão fazia questão de ser o motorista.

Malia encarou o híbrido através do retrovisor, apesar de qualquer remorso que poderia guardar ou dor ao relembrar de todas aquelas terríveis palavras, pensava sobre como Mccall se sentia agora, aflito, vulnerável, e se fosse exatamente como ela se sentia, sabia que ele mal podia pensar, mal conseguia manter sua respiração uniforme, e que existia até mesmo uma literal dor física em seu coração.

Ele, por um momento, também observou Malia pelo pequeno espelho enquanto Lydia e Cora tentavam se acomodar, seus olhares foram fixos, o primeiro de meses, Tate nunca olhará em seu rosto por mais de 3 segundos e agora estava concentrada em seus olhos, como quem em um momento de redenção, implorasse por algum conforto de Scott, algo que dissesse que tudo ficaria bem.

Mas, ela não recebeu.

- Como faremos isso sem poderes? - Cora deu três batidas na porta capenga, até que ela finalmente fechasse, e pudessem seguir.

- Não sei. - Stiles respondeu cabisbaixo.

Lutou para que aquele jipe finalmente funcionasse, mas por sorte não fora tão difícil como todos imaginavam que seriam, em pouco tempo já estavam cambaleando entre a pequena floresta até que alcançassem a estrada vazia.

- Como nos comunicaremos com Barry e Chalortte? - Lydia, que estava sentada exatamente no meio das duas com os pés sobre a mala, inclinou o corpo para frente, o que fez com que os dois irmãos imediatamente encarassem o rosto curioso da ruiva ali, entre eles.

- Não poderemos se comunicar, é o que eles disseram. - Stiles apertou o volante com força, suspirando. - Vão ficar e tentar atrasar o trabalho das bruxas, o que não deve ser tão difícil, afinal capturar Kaloe provavelmente é complicado.

- Mas Charlotte é o nosso banco de informações sobre Kaloe, seria útil para aprendermos a lidar com ele.

- Bem, tarde demais. - A encarou decepcionado pelo espelho. - Kaloe sem dúvidas nunca nos deixaria se comunicar com eles.

Scott puxou suas mangas, encarando os próprios pulsos onde ainda existiam as cabulosas veias ali, mas agora elas doíam, não insuportavelmente, mas um leve incômodo ao abrir e fechar as mãos.

- O que sabem sobre Aya Mikaelson? - Se virou de repente, recebendo a atenção de todos.