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- Malia?!

A voz de Scott ecoou, mas ele não estava lá, Tate se encontrava sozinha em um lugar do qual não conhecia, um corredor largo, de teto baixo e muitas portas, era quase como um hospital, porém escuro, em um tom azul que ela não entendia de onde vinha.

- Estou aqui. - Ela murmurou.

- Malia, olhe para mim! - A voz do híbrido era distante, mas podia entende-lo com clareza.

- Eu não consigo ver você. - A voz de Tate estava trêmula, era frio, silêncioso demais, estava com medo porque não sabia o que aquilo significava, nem o porque estava ali. - Eu não sei onde estou.

- O que está dizendo?

- É como um hospital.

Scott ainda tinha a estranha Malia abraçada a si, ela estava consciente mas tinha um olhar vago, não se movia e ainda sim o respondia, aquilo o assustava.

- O que está acontecendo com ela? - Mccall olhou para Aya.

- Só a acompanhe. - Mikaelson se aproximou um tanto assustada. - Pergunte sobre o que ela está vendo.

Scott assentiu.

- Tudo bem, eu estou aqui. Apenas me diga o que está vendo. - Ele disse.

- Você.

A figura de Scott havia deixado uma das salas, e não havia percebido a presença de Malia, o híbrido caminhou para longe de forma cabisbaixa e arrastada.

- Você parece triste. - Malia passou a segui-lo.

- Triste?

- Sim.

Tate não queria chamar atenção do moreno a sua frente, apenas caminhava de forma lenta e cuidadosa, o seguindo quando ele virou para a direita, e passou a descer uma pequena escada.

Os degraus lhe levavam imediatamente ao exterior do local, como uma escadaria de emergência, não demorou para se deparar com um pequeno jardim, rodeado por arbustos, haviam até mesmo caminhos de pedras que formavam um espiral.

Seria bonito se não fosse pela vista tão cinza, parecia um fim de tarde nublado, fora do limite do jardim era tomado por uma floresta obscura de árvores quase secas, as folhas eram um verde sem vida, e além de tudo, pôde ver Lydia, seus olhos estavam mortos, inchados como se houvessem enfrentado horas de choro, e a ruiva procurava algo entre os arbustos mas, cada vez que os tocava, as plantam simplesmente morriam.

Por sinal, grande parte da vegetação se encontrava morta, provavelmente pelas mãos de Lydia.

- Lydia, pare com isso. - Scott disse.

- Precisamos achar. - A baanshe se virou. - Malia, nos ajude a achar.

Tate se assustou quando, de repente, os dois notaram sua presença.

- Achar o que?

- O que está acontecendo? - Scott indagou.

- Estamos procurando algo. - Ela o respondeu.

Retomou sua atenção para a ruiva, Scott a olhava com tristeza e desapreço, queria que vampira parasse o que estava fazendo, mas Martin era teimosa demais.

- O que estamos procurando? - Malia indagou mais uma vez.

Mas Lydia apenas balançou a cabeça negativamente, passando a vasculhar em outro local, quando disse:

- É importante.

Malia abraçou a si mesmo sentindo um vento frio lhe arrepiar, o local foi tomado pelo som das folhas mortas se quebrando e deixando seus galhos, arrastadas pela pequena ventania, era assustador.

- O que há de importante neste lugar?

Scott, que até então se encontrava de costas para a morena, se virou para ela, e disse:

- O que sobrou.

Malia retornou em um pulo, seus olhos foram machucados pela claridade da sala, mas logo se sentiu acolhida por Mccall.

- Ei! Você está bem?

Tate o encarou, aliviada por finalmente vê-lo e deixar aquele lugar horrendo, estar naquele prédio com Lydia e Stiles desacordados em macas pareceu até mesmo confortante.

- Acho que sim. - Ela disse ofegante.

- O que aconteceu? O que você estava vendo? - Scott retirou alguns fios castanhos que cobriam o rosto da morena.

- Lydia estava procurando por algo...você parecia achar inútil... - A coiote pensou por alguns segundos. - E você disse, que aquilo era o que havia sobrado.

- Aquilo o que? - O híbrido semicerrou os olhos.

- O jardim escuro.

Scott se perguntou o porque ela havia visto aquilo, o que diabos havia acontecido ou o que significava, e também se tinha a ver com Kaloe, mas não imaginava que Tate tivesse uma resposta.

Porém o olhar da morena mostrou que sim, Malia tinha uma reposta, e parecia estar entendendo o que havia acabado de acontecer.

- O que? - Ele perguntou ansioso.

- É outra profecia de Celeste.

The Protected - Scalia 2Onde histórias criam vida. Descubra agora