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O jeep estacionou bruscamente assim que avistou o carro parado na estrada, de onde saiu Barry, Charlotte e Celeste.

Todos deixaram o veículo rapidamente, Stiles carregava Aya nos braços, aflito, enquanto Malia corria desesperadamente até sua filha.

- Como a acharam? - Cora indagou.

- Charlotte. - Barry suspirou ao entregá-la para Tate.

- Longa história. - A bruxa balançou a cabeça.

Malia segurou Celeste nos braços, sentindo a pele tão macia e suave da pequena contra seu rosto, nunca havia sentido tanto alívio em sua vida.

Scott se aproximou, e inevitavelmente Celeste pediu por ele, fazendo com que Tate, mesmo que quisesse mais tempo com a filha, a entregasse para o pai.

- O que está acontecendo com ela?! - Stiles chamou atenção de todos para Aya, que ardia em febre, em uma agonia terrível a quem visse.

- Eu não sei. - Os bruxos se assustaram.

- Tem algo a ver com a linhagem dela? - Lydia indagou.

- Talvez, mas ela não deveria estar assim.

Charlotte se aproximou da menina, passando a mão por seus cachos negros, e carga de energia que sofreu não lhe deixou dúvidas.

- Trevas.

- O que significa? - Stiles disse.

- Tem algum feitiço pra isso, não tem? - A bruxa se voltou para Barry.

- Eu acho que tem feitiço pra tudo.

- Eu sou capaz de fazer?

- É uma bruxa destinada aos ancestrais...

- Então faça. - Aya disse entre grunidos, deixando todos ainda mais agoniados.

- Trazer a linhagem dela de volta, talvez expulsasse a escuridão. - Barry disse.

- Então vamos tentar.

Charlotte retirou o cordão do qual sempre carregava consigo, uma pedra afiada, reluzente e roxa, e então, caminhou até Celeste.

- Preciso de um pouco de sangue dela, uma gota.

Scott e Malia se tornaram receosos, mas ao encarar Mikaelson nos braços de Stiles, eles deveriam aceitar.

- Faça. - Malia assentiu.

A bruxa, com delicadeza, perfurou superficialmente a ponta do dedo indicador de Celeste, que nem mesmo resmungou com o ferimento.

- Coloque ela no chão.

O vampiro obedeceu.

O sangue de Aya parecia nunca parar de bombear, para que ela continuasse a expeli-lo pela boca quase ao ponto de asfixia-la.

Cora tinha um olhar assustado, e percebeu que todos sentiam a mesma coisa.

Em palavras indecifráveis, Charlotte cravou a pedra no coração de Mikaelson, fazendo a menina suspirar em susto e dor, estranhamente, um vento frio balançou as folhas de cada árvore ao redor, e o sopro da brisa parecia até mesmo querer dizer algo.

Scott sentiu algo, entregou Celeste a Malia e levou a mão ao peito, ele mal conseguia respirar.

- Scott? - Lydia se assustou.

O híbrido caiu de joelhos, seu pulmão doía, como se pegasse fogo.

- Charlotte? - Cora disse aflita.

- Está dando certo. - A bruxa disse.

- Tem certeza disso? - Malia indagou.

- Só esperem. - Barry tentou acalma-los.

De repente Aya arrancou o objeto de seu peito, se levantando subitamente, em puro desespero.

- Funcionou! - Charlotte disse empolgada.

Mikaelson sentiu o ar puro entrar em seus pulmões, notando que de fato havia funcionado.

Scott retornou a respirar, e relaxou em alívio.

Os dois se encararam, Mikaelson e Mccall, e naquele momento, o híbrido soube que de certa forma, ele pertencia a Aya, devia seu poder a ela, Mikaelson era sua ancestral a sua frente, uma original.

E ele não sabia como era se sentir inferior a alguém, até aquele momento.

- Seus poderes voltaram. - Charlotte disse.

- Então... é melhor irmos para casa. - Lydia olhou para Celeste.

Todos concordaram, Celeste precisava da família, de descanso, assim como todos ali.

- Conseguiu o que precisava, o que vai fazer agora? - Cora indagou a Aya.

- Voltar, eu vou voltar. - Mikaelson se levantou sem muita dificuldade. - Foi bom conhecer vocês, apesar das circunstâncias. - A garota coçou a cabeça, parecia meio confusa, ainda ofegante.

Stiles assentiu com a cabeça, todos estavam meio apreensivos, não sabiam para onde a garota iria voltar, na verdade, Aya os deixavam confusos e nem sabiam o porque.

O vampiro decidiu firmemente que não deixaria o jeep, então todos tiveram de reentrar no veículo, e antes de retomarem estrada, Lydia encarou Mikaelson pela janela.

- Não quer algumas roupas limpas? A gente pode conseguir pra você. - A ruiva quase gritou.

- Eu posso me virar. - A menina sorriu, e acenou com as mãos de forma tímida.

Era óbvio que podia, mas para Lydia, deixa-lá ainda não parecia uma boa ideia, e quem sabe fosse seu espírito materno falando alto demais.

The Protected - Scalia 2Onde histórias criam vida. Descubra agora