The Protected - Scalia 2

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- O que houve? - Malia se assustou.

- Alguma coisa está acontecendo lá fora. - Lydia arregalou os olhos, encarando algo distante.

- Lydia! - Era a voz de Stiles, algo que fez com que as duas subitamente deixassem a casa, e encarassem a floresta escura ao redor.

Não havia nada.

A não ser passos, passos sobre o deck de madeira da pequena casa, as duas se viraram imediatamente, e encontraram Scott, caminhando para fora em caretas de dor, se escorando em cada pilastra que encontrava.

- Não deixe a luz a Scott! - Martin gritou.

Havia uma única lâmpada capenga iluminando a varanda, onde Scott continuou, ele suava, parecia que iria gritar de dor, tudo que queria era sair daquela maldita luz, mas sabia que não podia.

- Não se mexa. - Disse Malia.

- É um jogo interessante, não acha? - Disse Scott em meio aos grunhidos.

E Tate logo entendeu o que ele queria dizer, Lydia também havia sumido, de uma hora para a outra.

- Scott, só fique na luz, está bem?

- Porque fez isso comigo, todo esse tempo?

- Do que você está falando? - A coiote já não podia esconder seu medo de cada brisa que soprava em seus ouvidos.

- Eu fiz tudo por você, tudo. - O híbrido apertou os olhos. - E tudo que você fez foi ser ingrata, eu salvei nossa filha.

- Scott, você está delirando, está sendo possuído...

- Como eu pude deixar você fazer isso comigo?

O coração de Malia palpitou, com os olhos cheios de lágrimas de mágoa e medo, ela disse:

- Depois daquele dia, eu não conseguia acreditar que você realmente fosse capaz de me amar, isso doía muito, muito mesmo. - A mulher se aproximou alguns passos, receosa. - E eu ainda tenho medo que isso seja uma mentira, que a minha vida seja uma mentira, que você me deixe para trás em algum momento...

- Eu amei você, Malia! - Os olhos amarelos do híbrido foram expostos, Mccall estava cada vez mais sem controle.

- Eu ainda amo você, Scott.

Algumas lágrimas rolaram pelo rosto de Tate, ela não devia, devia seguir em frente e levar uma vida segura, sem dúvidas, mas não era capaz daquilo.

- Eu te amo ainda mais que antes, e isso também dói muito.

Ela subiu alguns dos degraus, se aproximando ainda mais, parando em uma das fortes pilastras que seguravam aquele lugar.

- Por que tem tanto controle sobre mim? - Scott levou as mãos até a cabeça, caminhando de um lado para o outro. - Por que continua tendo tanto controle sobre mim?

- Está doendo muito se controlar, não está?

Ele não respondeu.

- Por que não desiste? Porque não vai para a escuridão?

Em meio a toda aquela agonia, Mccall parou por um instante, suando frio, com a respiração ofegante, ele encarou Malia por alguns segundos.

- Ainda sim, eu não quero te machucar.

Tate ficou frente a frente ao moreno, levando suas mão até o rosto do mesmo, que se acomodou em suas palmas, sentindo seu toque.

- Eu ainda quero você. - Ele murmurou.

E então Malia o beijou, delicadamente e demoradamente, podia sentir o quão quente o híbrido estava, podia sentir seus lábios depois de tanto tempo como se fosse a primeira vez, ela havia sentido tanta falta dele, tanta falta da qual ela nem mesmo sabia.

Scott a envolveu com os braços, deslizou a mão pelas costas da morena, e quando se separaram, ele já não sentia dor.

Ela sentia.

- Malia?

As veias roxas agora se alastravam por todo o corpo da coiote, ela ficou pálida de uma hora para a outra.

- Eu quero te machucar agora. - Ela sorriu, murmurando. - Não me deixe fazer isso.

- Não... - Ele percebia ela se afastar.

- Não me deixe acordar com seu coração nas minhas mãos, Scott.