Convencendo meu pai

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Eu fui ate o quarto dos meus pais e peguei uma gaita que meu pai vivia tocando, ele me ensinou a tocar e com isso a gente aproximou muito durante a minha adolescência. Tinha vezes que eu ia com ele nas pescarias e a gente ficava tocando, era uma paz, ele me ensinava muitas coisas.
Eu peguei a gaita, fui me sentar la na área com ele e comecei a tocar, ele ficou quieto, imóvel, passou 1 minuto mais ou menos e eu olhei pra ele, tinha uma lagrima escorrendo no rosto dele, mas ele continuava imóvel, olhando para as nuvens, por mais que eu estivesse magoada, ver aquela lágrima partiu meu coração, eu só queria ir abraçar ele e ficar no colo dele como eu fazia quando estava triste.
Quando terminei uma das músicas ele disse:

Pai - Eu sinto tanta falta de quando você era minha garotinha.

Eu - Sinto falta de momentos assim com o senhor.

Pai - Você cresceu muito rápido

Eu - É... cresci, e seria muito importante se o senhor aceitasse que eu cresci e devo seguir minha vida com minhas próprias escolhas.

Pai - Eu sabia que você chegaria nesse assunto...

Eu - Pai, por favor! Nao quero discutir com o senhor, mas quero que me entenda e me respeite.

Pai - Calma minha filha, não vou discutir nem brigar. Quero te pedir desculpas pela forma que agi com você. Isso que aconteceu com o Gabriel fez eu abrir os olhos e pensar em algumas coisas que eu não pensava antes.

Eu - Pai... nem sei o que dizer. Isso é tão importante pra mim.

Pai - Não vou dizer que aceito ou que agora esta tudo bem. Mas eu respeito sua escolha e quero confiar na criação que eu te dei, e se for julgar por ela, o homem para conquistar você deve ser um cara incrível.

Eu - E ele é pai!

Pai - Mas me responde uma coisa. Qual o futuro que você vê ao lado desse rapaz?

Eu - Ele me faz feliz, ele é um cara batalhador. O senhor precisa conhecer ele para entender, ele é encantador.

Pai - Um dia quem sabe.

Eu - Logo logo o senhor vai conhecê-lo, ele vai vir pra cá.

Pai - Não Ana! Esse não é o momento e não estamos de férias. Pode tirar isso da sua cabeça.

Eu - Mas pai, não é agora. É daqui 2 semanas. O Gabriel provavelmente ja vai estar em casa.


A dona Márcia saiu da casa, ja havia tomado banho e meu pai teve que ir com ela.


Pai - A gente conversa sobre isso outra hora, pode ser?

Eu - Pode sim!

Pai - Eu te amo minha menina, vou sempre querer te proteger.

Eu - Também te amo pai!

Eles se foram e eu fiquei la na área pensando no que tinha acabado de acontecer, eu fiquei feliz pela conversa com meu pai ter sido tranquila, eu não esperava que aquilo daria certo tão fácil. Meu pai acabou sendo o pai incrível que sempre foi, parece que o truque da gaita funcionou pra amolecer o coração dele rsrs.

Moças, desculpem a demora pra postar hoje, mas tive um problema aqui em casa, invadiram aqui e acabei atrasando o capítulo de hoje porque tive que ir atrás das coisas, Vou postar o que escrevi até ontem e durante a semana posto a continuação, prometo!!

Uma Cadeira De Rodas, Mil E Um Desejos.Onde histórias criam vida. Descubra agora