O mundo continua o mesmo...mas os pequenos momentos os quais me traziam conforto se foram. Os feixes de luz que surgem ao amanhecer indicam que será provavelmente um dia ensolarado. Maravilha,mais um dia insuportável. O calor do sol suga minha energias A luminosidade irrita minha visão de tal maneira que parece que minha cabeça vai explodir. Mais um dia vivendo para trabalhar e trabalhando para viver Viver a vida medíocre,viver todos os dias as mesma coisas. Viver congelada em algo que chamo de lembrança mas aconteceu ontem,e ante ontem e semana passada e ano passado e ano retrasado e mais alguns anos aí. Anos se passaram e nada mudou. A falta de perspectiva, a falta de reflexão sobre a vida e talvez da moral. A luz da manhã só vem para avisar que se inicia novamente. A esperança partiu, e nunca mais voltou. A luz que ilumina e aquece,é indiferente quando a minha miserável existência. Todos os dias ensolarados são um choque de realidade,para me dizer que todos os dias que se vão e eu não vou . As pilhas de livros está jogada pela casa,assim como as roupas,os acessórios,sapatos,documentos e tudo mais que restou.Os livros que eu pensei que ia ler se acumula,as contas para pagar continuam chegando. as roupas que eu comprei para usar,se misturam as antigas,as sujas e as rasgadas,anos de consumo compulsivo. Os sapatos que restaram estão velhos ou em sem uso,todos se estragando com o tempo. Os acessórios que nem sei qual função tinham. A casa é só um reflexo da minha cabeça,uma completa bagunça,com coisa velha,nova,em bom estado e em péssimo estado.Caos,bagunça,desordem,falta de eficiência. Canso ao pensar no trabalho de arrumar, de tentar mudar. Já sei que vou falhar,já sei que sou a própria peça defeituosa da minha vida. A peça principal sem utilidade,sem função,sem habilidade,oca,quebrada e sucateada. E como tentar conserta uma louça antiga,um presente de família,que está destruído em milhões de pedaços. Mas ninguém liga para isto normalmente acordo tateando os cômodos da casa,o chão ,as paredes e tropeço na bagunça que as coisas se tornaram. Machucando minhas mãos e pés Até mesmo as vezes meu rosto. Eu sempre uso as roupas que estão já em pedaços para proteger minhas extremidades,eu realmente tento viver nesta loucura . Esqueço às vezes de pegar meus remédios da porta,de tomá-los todos os dias pela manhã , de sair de casa para comer,de comprar comida e de me banhar com frequência,às vezes eu só fico deitada no meio da bagunça sem vontade de me levantar e viver . E bom que o trabalho não é tão chato quanto a prazos e só eu mandar por email e fim . Mas ainda assim eu tenho q sair de casa,para pegar encomendar,para comprar as tintas e fazer meus trabalhos, algumas vezes alguém bate na porta pra pegar uma encomenda e deixa o dinheiro embaixo da porta e vai embora . E sempre a mesma coisa chata
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4/5 anos
PoetryAqui ficam textos de 2016-atualmente,alguns mais recentes sendo reescrituras de textos de 2014-2016,mas eu estou sempre tentando escrever algo novo e que tenha mais haver comigo atual,então eu mudo a pegada dos textos e a ideia dos antigos e quando...