Primeiro Assassinato de uma Inocente

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Gritei ao perceber que outra faca iria ser lançada em minha direção só que por pouco não me atingiu, subi de volta as escadas na intenção de me esconder em um dos quartos.

- Pra onde vai cordeirinha? A brincadeira só está começando - A voz psicopata feminina ecoou por aquela grande casa.

Vi a faca que ela tinha jogado antes, ela estava cravada na parede, com toda minha força tento puxar som sorte consigo tirá-la da parede com sucesso e levo comigo, antes de começar a correr para me trancar em algum quarto observo a mulher desconhecida subindo com uma faca na mão e outras duas no que parecia ser um cinto.

Ela jogou a faca que estava na mão que por milésimos não acertou em mim, inspiro o mais forte possível e corro o mais rápido na direção do quarto, entro no quarto de Meliodas e quando eu iria fechar porta ela colocou o pé para me impedir.

- Vai a MERDA! - Grito abrindo levemente e fechando com força, no mínimo quebrar o pé daquela mulher eu iria, eu queria fazer isso, a porta se fecha fazendo um grande barulho logo tranco. Procuro algo para fazer como uma barreira mas não encontro nada.
- Acha mesmo que uma porta trancada vai me impedir? - O barulho de uma arma sendo sacada invadiu os meus ouvidos, vários disparos foram feitos contra a porta. Com a penas um empurrão, o que era para ser uma fechadura não existia mais, dei alguns passos para trás enquanto ela entrava no quarto.

- Adeus , Princesa! - Seu tom maléfico era perceptível, apontando a arma em minha direção, no desespero peguei o primeiro objeto que sentir na minha mão, era um lindo vaso de vidro que estava sobre o criado-mudo ao lado cama, joguei contra ela fazendo o lindo vaso se estilhaçar no rosto mascarado daquela mulher que logo ficou desorientada, que foi tempo suficiente para consegui sair do quarto.

Desci as escadas em um piscar de olhos entrei na cozinha e percebi que ainda estava segurando aquela faca da parece esse tempo todo, um silêncio se reinou sobre a mansão deixando um leve clima de suspense, escuto os passos lentos descendo os degraus da escada, com a mão no aquela mulher não parava de sangrar, seu rosto nitidamente estava todo ensanguentado, senti sua presença vindo em minha direção, em uma tentativa falha de me esconder, ela dispara contra a cozinha, me fazendo gritar assustada.

-SUA PUTINHA, OLHA O QUE VOCE FEZ - Gritou raivosamente, ela parecia totalmente desorientada, mais disparos foram feitos contra o local de onde eu estava. - EU VOU ESTRAÇALHAR ESSE SEU ROSTINHO!!!!

Ela estava chegando cada vez mais perto da cozinha, o terro já estava me consumindo por inteira, minha respiração já estava começando a falha, quando a sola do seu pé apareceu, em milésimos de segundos, ela puxou o seu gatilho contra mim, o chão claro da cozinha logo ficou manchando com o vermelho vivo.

Levei alguns segundos pra conseguir manter a minha consciência acordada, sinto algo quente escorrer sobre mim aquele cheiro de sangue começou a subir muito sangue mesmo.

Era daquela mulher, ela estava em cima de mim, eu me encontrava em um momento de terror e sobrevivendo por puro instinto lembro que a esfaqueei e ela caiu em minha direção, sua arma já não continha mais balas, mas ela continuava a apertar o gatilho, tinha certeza que ela iria morrer, logo tirei ela de cima de mim .

- Você vai morrer! - Falei assustada e ela apenas sorriu e se levantou sem nenhuma dificuldade.
- Sim.. eu vou, mas você vai junto! - Ela se senta com um pouco de dificuldade, joga a arma para o lado ao vê que não tinha mais nada e tira a faca do seu peito segurando com as duas mãos em seguida apontando para mim - Morra, Elizabeth Liones! - Coloquei minha mão sobre meu rosto como uma tentativa para me proteger, já não tinha mais forças para lutar apenas pedia para que fosse rápido, mentalmente.

A porta da frente se abriu com muita força e um barulho imenso foi escutado.

* Tiro *

* Tiro *

As duas balas pegou no ombro da mulher e com poucos segundos ela cai sobre mim de novo, consigo sair de baixo dela fazendo ela cai de costas no chão frio e começar a tossir sangue, inundando o chão com o resto.

- Como você conseguiu me descobrir? - *tosse* - não era para ninguém perceber estava aqui... - *tosse* - Eu vi você saindo não tinha como...
- Você tem muito que aprender garota! - Indagou a voz conhecida de Meliodas - Minha máfia é mais protegida que uma prisão de segurança máxima e você acha mesmo que na minha própria casa não teria segurança?? - termina de falar colocando a sua arma em seu paletó.
- Que... erro.. - * Tosse* - Irei morrer por causa de uma filhinha do papai.. que droga! - Seus olhos começaram a ficar marejados e sua voz casa vez mais fala. - Nunca devia ter aceitado o dinheiro daquele velho. - Respirava com dificuldade.
- Alias , Quem é você? - Perguntou Meliodas se abaixando para ver a mulher.
- Eu sou Deldri do império Plaiades do céu Azul, eu só mato por dinheiro.
- A temporada sem lei começa só daqui a meses, fala foi quem te contratou!? - Ele ordenoi) se abaixando olhando para para o corpo quase desfalecido daquela mulher.
E nos seus últimos suspiros Deldri fala suas últimas palavras.

- Li... o.. nes.

Como forma de respeito Meliodas suspirou fundo e fechou os olhos da mulher Deldri que acabará de morrer.

Eu estava no canto da cozinha encostada no armário, ouvido a breve conversa dos dois, meu rosto começou a arder não consegui mais segurar o choro, ainda estava processando tudo o que tinha acontecido.

- Elizabeth, você esta bem?- Perguntou preocupado - Se machucou?
- Não! - falei chorosa
- Você está cheia de sangue, tem certeza de que está bem? - Não respondo.
- Ela morreu?
- Sim, falta de sangue - Ele caminha até a pia, abrindo um armário e tirando um kit de primeiros socorros, pegando um pano e molhando com alguma coisa. - Mas já acabou.
- O que você disse para ela? O que é a temporada sem lei? - Perguntei começando a me desesperar.
- Não vai querer saber . - Falou seco.
- shhh - Gemi de dor ao sentir Meliodas colocar o pano no meu braço.
- Amanhã, Guila irá tirar o corpo daqui - Ele comenta - E a temporada sem lei é quando vários ricos mesquinho se reúnem e contratam assassinos, sequestradores, compram mulheres e outras coisas no mercado negro - Continua - você não seria morta! Seria vendida para algum deles se estivesse na época - Respondeu - está muito tarde é melhor você ir tomar um banho para dormir, aconteceu muita coisa hoje. - Ele tenta me levantar mas eu o agarro pela camisa.
- PARA ONDE VOCÊ FOII?! EU FIQUEI MORRENDO DE MEDO AQUI!! - Gritei enquanto as lágrimas escorriam - VOCE DISSE... QUE EU ERA IMPORTANTE... E QUE EU... IA ESTAR SEGURA - Entre soluços de choro eu falava, o loiro apenas me abraçou como uma forma de consolo.

(...)

A água quente do chuveiro elétrico me limpava do sangue grudento da assassina, minha mente estava turva, adoraria se fosse um sonho, ou melhor um pesadelo, queria voltar para minha casa, ficar com as minhas irmãs ...

Meliodas separou um blusão dele junto com um short folgado para ser o meu "pijama", eu estava realmente muito cansada, saio do banheiro do quarto dele, vestida com suas roupas, enquanto ele desabotoava sua camisa social, os músculos da suas costas eram bastante marcadas, parecia que ele treinava a anos, reparo em uma tatuagem de dragão no seu braço, fico deslumbrada com a beleza de curva daquele homem.

Sem perceber que estava a tempo demais admirando ele, Meliodas se vira sorrindo, vestido apenas com uma calça.

- Gosta de me ver assim? - Comenta - Se quiser eu tiro o resto - Meu rosto começou a esquentar, não por choro, por vergonha.
- Apenas queria dormir, não pensei que você fosse também...
- O quarto é meu e você está me perguntando se eu vou dormir nele? - Sorriu se jogando na cama - Venha se deite, eu não vou te machucar, apenas se você não se comportar - Se referiu ao momento mais cedo que tivemos.

Me deitei ao seu lado, o colchão fofo da cama me engoliu, soltei um suspiro relaxada.

- Meliodas, para onde você foi? - Perguntei quebrando o silêncio do quarto.
- Não te interessa!
- Você estava todo arrumado pense... - Fui interrompida.
- Sabe Elizabeth, quando eu digo que não te interessa para onde eu vou, ou quando eu vou, Não É da sua Conta !! - Respondeu seco - Não se intrometa nos meus negócios! - Falou ríspido se virando para o outro lado da cama.
"O que eu fiz?, não quero mais ficar aqui nesse lugar" pensei me virando, as lembranças da minha família começaram a invadir a minha mente, fecho os olhos para visualizar melhor aqueles momentos e sem perceber acabo adormecendo.

Nas Garras De Um Demônio || Os Sete Pecados Capitais Onde histórias criam vida. Descubra agora