● David Luiz
Tenho que ser sincero em admitir pra mim mesmo que talvez eu estava um pouco abobado com a presença da Dayanny já que estamos um pouco próximos ultimamente, mas também tenho que admitir que isso é bem errado já que sou 11 anos mais velho do que ela. Isso com certeza poderia ser pior se ela fosse de menor, coisa que ela não é, pois senão minha consciência estaria ainda mais pesada do que já está.
Durante todo o banho penso nela e em quê fazer pra dar um jeito de lidar com tudo que penso e quero sem demonsfrar. Talvez eu já tivesse começado a bisbilhotar suas redes sociais assim que descobri que ela viria pra cá, e talvez seja isso que tenha feito com que sua chegada fosse tão impactante pra mim.
Saio do banho e me visto com uma calça de moletom preta, uma camisa branca e uma blusa de frio aberta também preta. Dou uma ajeitada no cabelo para que nao fique tão bagunçado e calço meu chinelos.
Imagino que a Dayanny esteja lá embaixo já que a porta do seu quarto está aberta e a luz apagada. Passo pela sala de televisão e não a vejo. Então vou até a cozinha. A vejo na cozinha, pegando algo no armário ou pelo menos ganhando já que está um pouco além do seu alcance seja oq for que ela procura. Quando olho para seu corpo a vejo com aquele pijama curto e respiro fundo.
Misericórdia.
Seu pijamas curto de bolinha é curto, quase deixando a popa da bunda a mostra cada vez que ela se estica mais pra alcançar oque deseja. Sei que nao deveria estar pensando nisso, mas meu Deus, ela realmente se tornou uma mulher em todos os quesitos desde a última vez que nos vimos. Respiro fundo e caminho parando atrás dela e pegando um salgadinho de queijo no armário. Ela se vira e cruza os braços.
- Droga. Preciso de 20cm a mais de altura.
- Precisa de talvez 30cm a mais.
- Pode pegar a faca pra mim por favor? Eu não alcanço.
- Como fala?
- Por favor. Eu já disse.
- Não. Me diz o quanto sou lindo.
- Ah pronto. -ri.
- Sem elogio, sem faca.
- Ai, David. Tu nem é lindo.
- Ah é? -lho colocando um salgadinho na boca- Sem facas pra você, mocinha.
- Me pergunto se eu aguentaria te agredir, porque vontade eu tenho demais. -solto uma gargalhada.
- Tenta.
- Não, vou pegar a faca. -diz pegando uma cadeira e subindo na mesma.
Misericórdia de novo.
Isso só pode ser brincadeira. Será que tinha que ficar com a bunda quase no meu rosto encima da maldita cadeira? Eu não dou conta. Me afasto e viro de costas desviando o olhar do que eu gostaria muito de olhar.
- Já até desisti de comer. -diz voltando com a cadeira pro lugar- Vou comer um sanduíche natureba que é bom e sustenta.
- Não quer do salgadinho?
- Não, obrigada. Meu sanduíche com certeza é mais gostoso do isso.