depois: capítulo 12

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Doeu. Muito.

Mais que tudo, eu sentia estava me corroendo aos poucos. Sentia que estava a ter um pesadelo, que sabia que estava a tê-lo, mas, ainda sim, não tinha forças para acordar do mesmo. Sentia que devia fazer algo além de ficar sentado, esperando. Esperando que eu estivesse enganado, que os enfermeiros estivessem enganados e, principalmente, que o futuro dela estivesse errado.

Eu apenas desabei em lágrimas, e me culpava por não ter forças o suficiente para agir. Talvez se eu gritasse, eu me sentiria melhor. Talvez se eu implorasse para vê-la, eu estaria melhor. O fato é que nada faria com que eu não sentisse o vazio que estava sentindo.

E, o pior de tudo, é que eu nunca me perdoaria por não ter seguido quem eu mais amava. 

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