Adeus poeta!

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Ah, poeta!

Hoje a saudade gritou.
Não fingi
Hoje a deixei entrar e conversamos.
Somente eu e ela.
Fria, insegura, questionadora.

Ah, poeta!
Como consegue escrever sobre a saudade?
Como fala tão bem de despedidas?
Hoje, aqui sentado, com a saudade ao lado
Me afogo neste mar e o amor sei que não posso salvá-lo.

Poeta  desgraçado!
Que fala de sentimentos
Que grita aos quatro ventos
Você não sente,
Por isso, tudo é tão facil
Escrever sobre tudo

Hoje as lembranças agiram friamente e me trouxeram lágrimas saudosas.
Por que?
Na poesia, saudade não dói,
Despedidas não ferem

Poeta
Em suas palavras acreditei
Entrei neste mar e me afoguei

Agora
Afundo lentamente
Me despeço de tudo
Culpa sua!

Adeus, poeta!
Hoje a poesia me feriu como uma pedra.

Agora, deixe-me ir...

Poesia perdida
Amores perdidos
Feridas sangrantes

Deixe que meu espirito morra
Pelo menos, por um instante!

Um minuto de silêncio
A poesia morreu

E o assassino, sou eu!

Igor Setta

O que há em mim...Onde histórias criam vida. Descubra agora