Teve que doer

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Teve que doer
Pensei não conseguir suportar
Em alguns momentos perdi o ar
Era sempre quando via o punhal entrar
Depois que sangrava
A lágrima cessava
Eu olhava a ferida aberta
Já que eu não estava morta... Sorria!
Mas doía.
As vezes, cansada
Podia desistir
Mas eu resistia
Me levantava e seguia
Morria um pouco todos os dias
E toda ferida, na manhã seguinte, floria.
Sangrava, latejava
Algumas, por dias me incomodava
Eu seguia,
Sorria, enquanto aguentava.
Teve vezes que o choro brotou
Mas não mudou quem eu sou
O pranto, se tornou rio
E este rio, minha alma lavou!
Enquanto todos queriam que eu desistisse
Eu sorria e seguia!

- Igor Setta -

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