SEGUINTE, vou começar aqui porque sei que muitos não lêem no final, então...
Sei que devo muitas explicações a vocês quanto aos atrasos dos capítulos e o meu sumiço. Mas quero deixar algo bem claro: EU NÃO VOU DESISTIR DA HISTÓRIA. Vou até o fim com ela. Atrasei praticamente um mês mas nesse mês eu estava escrevendo o capítulo aos poucos, mas nunca conseguia terminar, então finalmente consegui.
Me desculpem pelo super e incansável atraso.
Espero que gostem do capítulo! ;)
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MIA
- Você não precisa ir, se não quiser.
Minha mãe falou do batente da porta, me olhando por longos minutos desde que decidi levantar.
-Eu quero ir. Vai me fazer bem. -resmunguei, dobrando meu pijama.
Talvez me fizesse bem. Eu não sabia. Estava tomada pelo impulso, quase como se eu estivesse em modo automático, sem conseguir controlar as minhas ações.
Acho que a exata definição de vegetar era o que eu estava fazendo. Por fora, eu era aparentemente normal, como se nada tivesse acontecido. Mas por dentro, eu estava completamente morta.
Sentia cada membro meu morrer aos poucos, e eu sabia que se não fizesse algo, entraria em uma intensa e profunda depressão.
-Vou preparar nosso café então. -minha mãe disse baixo, quase inaudível.
Não que a minha dor fosse maior que a dela. Não havia comparações. Nós duas estávamos sofrendo, mas nem por esse motivo eu deixaria de acreditar que a dor dela era pior e mais forte.
Afinal, perder o marido e o filho no mesmo dia não é como ter estrutura para colocar um sorriso no rosto duas semanas depois.
Não é como se você perdesse o ônibus e suspirasse frustrada depois. Não é como se você perdesse seu brinco preferido.
Não.
Essas coisas eram recuperáveis. A minha família, não.
Eu estava me perdendo e sabia que minha mãe também estava. Eu não suportaria. Por Deus, eu não suportaria perde-la. E acredito que ela também não suportaria perder mais um filho. Entretanto, eu sabia que ela estava travando uma batalha consigo mesma sobre me deixar começar na nova faculdade hoje. Já havia faltado a semana passada inteira, e mesmo que a diretora tenha me dado carta branca para começar quando quisesse, eu preferia dar início logo.
Minha mãe me queria por perto. Ainda estava muito assustada com tudo o que aconteceu. Eu a compreendia como ninguém, e seria a última pessoa no mundo a contraria-lá. Mas, eu queria pelo menos tentar. Queria, pelo menos, me resgatar do buraco fundo e escuro em que eu estava caindo. E eu a resgataria também. Era só uma questão de tempo.
Suspirei olhando para minha penteadeira, buscando algo dentro de mim que me fizesse ao menos usar um batom no meu primeiro dia. Eu mal percebi, mas já estava perdida em pensamentos novamente, relembrando cada detalhe, cada sentimento.
Me forcei a andar em direção ao banheiro. Imaginei que deveria ter pelo menos o bom senso de escovar os dentes e pentear os cabelos já que decidi ir de cara limpa.
Fiz minha higiene e voltei para o meu quarto. A casa simples me poupava de ter que subir escadas para ir em direção a algum cômodo. Não era um sobrado como a minha antiga casa. E por motivos financeiros, nos mudamos há exatamente três semanas.
O cheiro de café me chamou atenção, e não demorou até que eu estivesse sentada à mesa com a minha mãe.
Era sempre bom quando tomávamos café juntas. Ao menos dessa forma eu acreditava fielmente que as coisas melhorassem um pouco. Afinal, me manter afastada da minha mãe- ou vice versa - não nos ajudaria em nada.
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Impulsivo
RomanceTRILOGIA -Dominadores Tatuados {Livro 3} Ethan é um garoto sem freios. Aos vinte e três anos de idade, curte a vida como se não houvesse amanhã. Com o gênio forte e imponente do pai, Ethan arranca suspiros por onde passa. A popularidade e o jeito sa...