Capítulo 26

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MIA

Meus olhos se abrem e minha cabeça roda infinitas vezes. Me sinto como se tivesse sido atropelada por um caminhão. Se coma alcoólico fosse a sensação que eu estava sentindo, então era exatamente assim que eu estava.

Minha boca extremamente seca me impedia de falar, de engolir até mesmo a própria saliva.

Mas que droga aconteceu?

- Bom dia, dorminhoca.

Viro o rosto de imediato para encontrar o da minha mãe. Está com os olhos castanhos me olhando fixo.

- Oi, mãe. - me espreguiço, esfregando lá olhos. - que horas são?

- Ainda é cedo. Então, a festa ontem à noite foi boa, não é?

Sento na cama e prendo o cabelo, arrumando de qualquer jeito. Não quero demonstrar o quanto estou de ressaca, mas sei que minha mãe claramente já percebeu isso.

- É, foi bem divertida.

- Estou vendo que sim. - me olha com desdém e eu já não faço mais questão de esconder. - Hum, Mia, queria conversar com você.

Ela parece hesitante, mas espero ela se sentar em minha cama e respirar fundo antes de falar.

- Aconteceu alguma coisa? - pergunto.

- Esse seu... namoro com o filho de Charlotte, Ethan, em que pé está? Digo, é algo oficial?

Penso um pouco sobre aquilo.

Ethan e eu não éramos um casal definitivo, já que ambos não possuímos rótulos. Ele me apresentava como sua namorada, mas eu não fazia a mesma coisa. Talvez não tivesse a mesma consideração, mesmo estando apaixonada por ele.

- É complicado. - respondo.

Minha mãe me observa por um longo tempo, me estudando. Sei que está se perguntando se perdi a virgindade com ele. Não sei como, mas o instinto de mãe dela não falhava.

- Está bem, desça para o café. - sorri e beija meu rosto.

- Estou indo...

- Ah, já ia me esquecendo. - quando para no batente da porta, ela volta. Abre a mão e me estende um grampo. - e da próxima vez que seu namorado te trazer carregada para casa me avise antes, assim ele não vai precisar arrombar a nossa porta. - pisca e me da um sorriso, saindo do meu quarto em seguida.

Arrombar?

Voltar carregada?

O que?

Observo o grampo em minha mão e me esforço para lembrar de tudo o que ela me disse, mas eu falho miseravelmente.

Meu celular toca em algum lugar. Está embaixo da cama, talvez. Coloco minha cabeça para baixo e vejo ele ali. Pego e observo mais uma mensagem de Ethan chegar:

"Bom dia, paixão.

Espero que já esteja acordada."

Ainda atordoada, eu respondo:

"Minha mãe me entregou um grampo agora a pouco. Você arrombou a porta da minha casa ontem à noite?"

Em questão de segundos, ele responde:


" Foi um deslize, me desculpe."

Sério?!

Respondo:

"Você é inacreditável!"

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