Prólogo

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Eu sempre fui uma fã de carteirinha das comédias românticas clichês e apreciadora nata de poesias e canções de amor. Quando criança, sonhava com castelos e príncipes em cavalos brancos - apesar de nunca ter fantasiado um indivíduo de rosto angelical e olhos claros como era o padrão das histórias da Disney - e com o tão esperado beijo de amor verdadeiro que me traria de volta a vida. Mas, no auge dos meus 16 anos, vi que a vida não estava nem perto de ser esse conto de fadas, uma vez imaginado por aquela garota. Assim que entrei no ensino médio, descobri que, na verdade, o "príncipe encantado" tinha no mínimo cem espinhas na cara, tratava as mulheres como objeto e usava um uniforme de quarterback. Por isso, acho que parte da minha retração no ensino médio pode ter sido pela frustação de um conto de fadas que foi simplesmente arrancado da minha imaginação e me mostrara uma realidade que nada condizia com os meus planos. Agora, no auge dos meus trinta anos, com um copo de Chardonnay e um porta retrato antigo nas mãos, essas lembranças ficam cada vez mais e mais distantes na minha cabeça: só me resta a saudade daquela "dura realidade" que hoje me parece mais um conto de fadas não aproveitado.


Mr. Stupid JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora