Parte 15

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Eu nem conseguia me concentrar no trabalho direito. Tudo o que eu conseguia pensar era na conversa que tive com Treena na noite anterior.

Quando ela me afirmou sobre a possibilidade da criança não ser filho de Josh, eu congelei. O meu corpo ardia de raiva daquela garota, mas ao mesmo tempo, eu sentia pena do meu irmão. Pena pois Josh era um dos garotos mais apaixonados que eu conhecia: ele realmente se importava com Treena, e o que ele sentia por ela era pra valer. O carinho que ele tinha para com ela era lindo de se ver, e ele passava boa parte das horas dele fazendo de tudo para agradá-la.

"Meu ex namorado, Troy, veio me visitar numa noite e me disse que ainda me amava e que queria voltar para mim, e acabou rolando. Eu realmente me sinto muito mau, pois eu gosto mesmo de Josh. Mas Troy ainda mexe comigo, sabe? E foi mais forte do que eu"

Suas palavras não saíam da minha cabeça, e eu não sabia o que fazer. Ela me disse que faria o teste de paternidade, que só poderia ser feito a partir do início do quarto mês de gestação, e que, dependendo do resultado, ela informaria Josh. E eu disse que se ela não o fizesse, eu mesmo falaria com ele, afinal, eu não deixaria meu irmão ser enganado.

Naquele dia, Klaus e eu havíamos combinado de irmos ao cinema assistir á um filme de romance que estreara, e depois, dormiríamos na minha casa.

O cinema de lá ficava dentro do shopping, e aos finais de semana, era a principal escolher de lazer da maioria dos cidadãos de Mainytown. A sessão começou ás oito da noite, e a sala não estava tão cheia. Escolhemos as cadeiras da última fileira, e era quase impossível distinguir rostos naquela escuridão.

Já fazia uma hora que o filme estava rolando, e nós nem prestamos atenção. O clima estava esquentando, e aproveitamos o escuro para dar alguns amassos. A cada beijo, o calor esquentava mais, e quando demos conta, estávamos fazendo coisas não muito apropriadas no cinema. Nós saimos no meio da sessão, e ao chegarmos em casa, nem entramos direito, já estávamos tirando nossas roupas. Estavam todas espalhadas pela casa, mas a gente não se importava, a nossa única vontade no momento era ir para o quarto terminar o que havíamos começado.

♡♡♡

- Bom dia, princesa...
Klaus me acordou com um beijo na testa. Apesar de parecer um gesto simples, pra mim, o beijo na testa representava cuidado, zelo, carinho... e significava mais que um beijo na boca. O beijo na boca muitas vezes era algo mecânico, que não precisava ter sentimento envolvido. Mas o beijo na testa não, ele escondia muitos significados.

- Bom dia, meu príncipe. Dormiu bem?

- Claro. Depois daquela noite maravihosa... dormi perfeitamente bem.

Naquele momento, eu escutei um barulho vindo da cozinha e senti cheiro de café. Jerry estava lá. Socorro.

Eu vesti a roupa rapidamente e mandei Klaus esperar no quarto enquanto eu ia na cozinha.

- Bom dia Claire. Dormiu bem à noite? Acabei de fazer um café. Sirva-se.

- Ah, oi Jerry. É... eu... dormi sim. Dormi bem. E você?

- Eu nem preguei o olho. Muitas coisas na cabeça. Olá, Sr. Jones. - ele acenou.

Quando eu olho pra trás, Klaus estava lá, de pé atrás de mim. Eu queimava de vergonha e eu não sabia o que fazer naquele momento.

- Olá, Jerry. Podemos conversar um minutinho?

Eu estava de pé na cozinha, e sentados na mesa, Jerry e Klaus um do lado do outro.

Mr. Stupid JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora