Harry Styles é um dos sete herdeiros do Reino do Sul.
Louis Tomlinson é um ferreiro.
Entre desgraças e maldições, os dois vão perceber que possuem o tipo de amor que pode deixar o mundo em cinzas ou elevá-lo em glória.
[HISTÓRIA ORIGINAL || NÃO PUBL...
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Eu amo essa chuva que me dá inspiração...
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PoV. Harry
Eu estava sonhando.
E no sonho, havia um rio, que passava por baixo da ponte. Ponte essa, onde eu me encontrava.
Em pé, com as mãos apoiadas nas cordas que prendiam a ponte de madeira, olhando para cima. O céu parecia uma tela pintada de azul, sem nuvens, sem sol. Mas totalmente claro. Dos dois lados do rio e da ponte, haviam árvores, uma floresta densa e brilhante, como se milhões de pirilampos dançassem por ela.
Eu sentia que era um sonho. Parecia um sonho. Sentir o vento tocando meus cachos, meu corpo leve, o cheiro doce no ar.
Mas e se não fosse um sonho? E se eu estivesse morto?
"Você não está morto."
Girei no lugar, assustado.
A voz vinha de todas as direções. Era baixa, mas clara. Era tanto feminina, quanto masculina.
— Quem é você? - perguntei para o nada, tentando enxergar algo diferente na paisagem.
"Eu? Eu sou você. Sou seus irmãos mais velhos. Sou seus irmãos mais novos. Sou o homem que tem seu coração."
Um vento mais forte passou por mim, fazendo minha roupa voar. Seguia para o oeste e me virei para lá. Mas não havia nada.
"Sou as histórias que ainda serão escritas. E sou as histórias já completas. Sou suas decisões."
A voz chegava como um sussurro em meus ouvidos, como se alguém respirasse em meu pescoço.
Pisquei, parando de procurar por alguém no meio das árvores.
— Você é o Destino? - perguntei, baixinho.
"Sim, criança."
O vento rodopiou ao meu redor. O som das folhas das árvores e da água do rio se movimentando, se misturavam com o som da minha respiração.
— Onde você está? - perguntei, apoiando minhas costas nas cordas da ponte.
"Em lugar nenhum. Em toda parte. Me perdõe por não aparecer, mas não tenho um rosto humano."
Eu podia sentir uma presença. Sentia que era observado. Mas não via ninguém.
De repente o rio começou a se agitar, a correnteza aumentando de intensidade.
A ponte balançou e eu agarrei as cordas, mordendo o lábio inferior.
"Seu corpo não está nas melhores condições." - a voz comentou.
— Você disse que eu não estava morto. - acusei.
"E não está. Mas está machucado, disso tenha certeza."
