Capítulo 12

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Emile corria entre as pessoas para tentar entrar no trem. Sua filha de quinze anos sempre dava trabalho para acordar cedo. A mulher só saia de casa depois de deixar a garota pronta para escola. Enquanto ela se arrumava a menina ainda dormia. Era um pouco frustrante, embora isso acontecesse todo dia, então já estava acostumada. Mas hoje ela realmente tinha demorado, ao ponto de ter se atrasado para o trabalho, estava pegando o ultimo trem daquele horário, caso não conseguisse entrar nesse teria sido pior. Seu atraso de minutos, podia virar horas, então tinha que agradecer por essa sorte. Embora ainda queria ter pego o trem anterior. Andou um pouco, tentando encontrar um lugar para sentar, o que não demorou muito. O vagão não estava lotado. Já sentada respirou fundo. Todo dia era assim, essa correria sem fim. Abriu os olhos, na sua frente em pé estava um sujeito olhando para a porta do outro vagão, o homem estava de preto, ele segurava uma mochila pelas alças. Seus olhos estavam vazios. Sem emoção, um arrepio percorreu pela espinha de Emile, o frio aviso de que algo estava errado. O homem se virou para ela. E sorriu. Um sorriso com o brilho sanguinário e louco da carnificina.

- Espera!!! - só deu tempo dela gritar isso.

Institivamente sabia que algo de ruim estava para ocorrer. Foi como se pressentisse o caos que estava prestes a se formar. Mas sem saber exatamente o que ia acontecer. O homem soltou a mochila no chão. Tudo se iluminou. O barulho quase ensurdecedor preencheu seus ouvidos, a dor a atingiu como brasas de fora para dentro, era como um frio de queimar a alma. Depois ficou apenas a dormência, era como esta anestesiada. Foi tudo em questão de segundos. A explosão engoliu os vagões quase em uma reação em cadeia. O fogo devorando o trem, em uma fome desenfreada.

>>><<<

A cada minuto o DOE tremia. Mapas da cidade com rodas de rodovias e férreas, tuneis dos trens, topográficos, com todas as informações da cidade, sobre as rotas do gás ou esgoto. Tudo em telas do DOE sendo cruzadas em tempo real pelo Brainiac. A cada tremor um local no mapa principal da cidade se tornava vermelho. Cinco tremores ao todo. Bombas era o mais provável. Mas quem e o que as estavam causando era um mistério, e como para-los também. É claro que tinham um suspeito de quem estava por trás, mas a certeza ainda não estava em suas mãos. O que lhes impedia de se mover no momento.

- O que está havendo Brainiac?! - Alex o indagou com uma linha de tensão se formando em sua testa, se aproximou dos computadores atrás de respostas.

- Qual você quer primeiro, a boa ou a má noticia? - falou sem tirar o olhar da tela, enquanto digitava no teclado. Imagens sumiam enquanto outras surgiam.

- Quero algo útil! - falou a ruiva já um pouco irritada, não saber o que estava acontecendo lhe causava esse tipo de humor. A impaciência.

- Cinco linhas de trens foram atingidas e por coincidência ou talvez de propósito o fornecimento de energia e água foram afetadas. E está havendo vazamento de gás pelos bairros dentro dessa área - ele apontou para tela. As explosões atingiram lugares chaves e ainda formava um pentágono. Suspirou cansada.

- Tão original – murmurou mais para si mesma - Ele está lá! – a ruiva afirmou apontado para a tela, então se virou para os agentes presentes. Kara também estava no local, tinha o cenho franzido e parecia cerrar os dentes. Dava para sentir a raiva ferver dentro dela. Respirou fundo.

- Ele quem? – sua pergunta foi feita em tom de acusação, falou já se aproximando da ruiva.

- Lex Luthor! – Alex falou em um folego só.

- Ele está com Lena! - A loira afirmou em uma mistura de temor e fúria. Virou o rosto como se não suportasse olhar para a tela, onde mostrava o possível cativeiro de sua amada.

Amigas - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora