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                                                                                             Angeline

Eu corria tanto que o ar que saia dos meus pulmões já estava rarefeito e assim parecia que meus pulmões eram lixados por dentro. Mas naquela noite fria, onde o vento acariciava meus cabelos em meio a minha corrida me fazia arrepiar, mas não seria por isso que pararia, não os deixaria me pegarem, não, não queria aquilo!

Continuei correndo, não pararia enquanto soubesse que estavam atrás de mim, nunca os deixaria me tocar! Mas por quanto tempo mais conseguiria correr?

Quando parei de ouvi-los eu já havia adentrado a floresta muito mais de jamais havia ido, parei atrás de um tronco de uma árvore bem alta, fiz o mais mórbido silencio e tentei ouvi-los. Nada, então resolvi sair dali, devagar para não me encontrarem, dei dois passos e ouvi alguém próximo a mim, ouvia a respiração ofegante dos quatro homens que acabei por encontrar na rua na volta para casa, eles estavam visivelmente bêbados, quando os vi tentei manter uma distancia favorável e desviar deles sem ser percebida. Porém quando estava por passar um deles me viu e acaba por sorrir, um sorriso que um nunca havia visto, cheio de luxuria. Aterrorizo-me com isso começo a apreçar o passo.

-­­­Hey, garotinha, quer se divertir?

Antes que ele terminasse sua fala começo a correr, costumava praticar corrida, o suficiente para participar de uma pequena competição que teve na região, a qual ganhei, então correr não seria um problema, por um tempo, mas eles estavam bêbados até onde iriam?

Decidi que não descobriria. Então corri o máximo e mais rápido possível até ali naquela árvore.

Quando senti uma mão segurando meu rosto assim impossibilitando minha respiração até eu desmaiar. Acordei o que me pareceu umas horas depois, mas já não fazia a menor ideia de onde eu estava. Mas sabia que devia sair dali imediatamente, me levantei sem fazer barulho algum, fui até a janela e percebi que estava em um apartamento não muito "bom", ele era precário e parecia cair aos pedaços. mas estávamos no térreo abri a janela, já que a porta estava obviamente trancada, passei por ela e sai correndo, parei próxima a um beco, mas para meu azar eles á estavam me perseguindo.

Entrei em uma pequena casa, a qual estava aparentemente abandonada, me tranquei em um dos quartos que estavam com a porta aberta. Mas para minha infelicidade eles devem ter me visto entrar, já que entraram logo depois.

Um deles percebeu que eu estava naquele quartinho e tentou abri-la, logo percebeu que não conseguiria e a chutou a arrombando-a, logo segurou meu braço e o apertou com isso comecei a me debater, o que fez com que se irritasse e quando lentou as mãos,eu acabei pegando o objeto mais próximo de mim e logo percebi que era uma faca bem pequena, um canivete, e com toda a força que eu tinha finquei em seu braço.

Ele me soltou na hora e com isso os outro três vieram para cima de mim, fiz meu máximo para me proteger, mas eles eram fortes demais.

Quando já estava por desistir de lutar ouvi ao longe passos quase inalditiveis, nessa hora minha angustia aumentou ainda mais, se já não bastassem aqueles quatro horríveis homens viria mais um?

Conforme ele se aproximava mais eu conseguia vê-lo, mas agora eu só via sua silhueta, um homem alto, magro, mas aparentemente muito forte. Ele chegou na luz, assim me deixando vê-lo, ele tinha cabelos pretos e brilhantes com a luz que da lua que entrava da porta agora bem aberta, ele usava um sobretudo azul escuro com um botõn de emoji com um sorriso, sua calça era preta e ele usava uma botina preta, e com a maestria e furtividade admiráveis matou cada um deles, porém antes de matar o último ele falou uma frase que me marcou:

-Não fique animado pelo amanhã, porque o amanhã não chegará"

   Então minhas forças se esvaíram me fazendo desmaiar novamente.



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