IV

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                                                                                      Angeline


   Cupcakes! Ele estava tentando ser legal! Não que ele já tivesse feito algo errado ou me machucado, na verdade ele nunca fez nada ruim para mim, só não era muito cordial, ele era apenas muito fechado pensando bem. Mas o que eu estava pensando? Como eu podia estar me afeiçoando pelo meu raptor?! Mas ele não é ruim e ainda é muito bonito.

  Ele se sentou a mesa e apontou a cadeira para que eu me sentasse também, tirou uma garrafa de sua de laranja que juro não ter visto antes, provavelmente estava ocupada com a sacola antes misteriosa.

  Pela primeira vez comemos os dois juntos na mesa, Não conversamos muito, eu falava mais, porém ele não parecia incomodado em ouvir, eu comecei a nossa conversa com como havia sido o dia, mas ele preferiu que eu falasse do meu passado e quando eu tentava mudar de assunto ele fazia perguntas sobre.

  Nessas horas eu até me esquecia que eramos vitima e raptor, eu quase que ficava feliz por poder falar com ele, mesmo que de vez em quando eu tinha baques de realidade e me controlava um pouco. Mas ele respondeu algumas perguntas, assim como quando ele nasceu, 01/10/1997, ou seu nome completo, Helen Otis. No geral ele é muito legal.

  Depois disso fui dormir e novamente os sonhos com a Jenny me assombraram, mas a culpa diminuía com o tempo e com isso os sonhos ficavam menos ruins.

  Acordei cedo para terminar os afazeres, pois eu não havia deixado de ser prisioneira apenas porque ele estava sendo bonzinho comigo, terminei tudo cedo preparei o almoço, mas ele não apareceu, não me preocupei não era estranho, então coloquei a comida na geladeira e logo fui terminar tudo na casa, terminei ainda as três da tarde e ele não estava ali me sentei no Puff e assisti algo de televisão.

  Estranhei quando ele ainda não havia chegado as sete da noite e passei a me preocupar. Mas por que eu me preocupava pelo meu raptor?! Me convenci de que era apenas porque se ele não aparece ninguém mais iria, a policia não estava me procurando e ninguém sentiu ou sentiria minha falta, eu estava fadada a morrer ali sem ninguém se importar.

  Mas der repente ouvi alguém na porta aquele som já a  muito conhecido era ele! Ele entrou as pressas fechou a porta e sem dizer nada sentou no sofá e simplesmente desmaiou! Assim que o vi daquele jeito, vi em sua roupa uma manha de sangue e um corte no sobretudo costumeiro.

  Me levantei as pressas e peguei um pano para estancar o sangramento, apertei com o pano a ferida e fui buscar faixas e remédios, quando voltei ele estava acordado, mas parecia completamente sem força. 

-Por favor acorde e fique acordado, e se não for incomodo tire o sobretudo e a camisa! 

-E se você tentar me matar?! Acha que vou apenas confiar em você?!

-Eu não tenho porquê fazer isso! Se você morrer eu posso até fugir, mas para onde!? Não tem ninguém esperando por mim! se lembra!?

  Gemeu de dor de novo e percebendo que não havia outra opção fez o que eu havia pedido. Logo ao retirar todo aquele peso em roupas, o ajudei a deitar-se na cama dele. Já deitado comecei a estancar a ferida e limpar o sangue, enfaixei-o bem e preparei os remédios necessários, ele os tomou e acabou por dormir.

  Cansada pelo estresse, pela preocupação e pela correria para o ajudar, me sentei no chão e encostei a cabeça na cama, ali mesmo. E no intuito de descansar um pouco acabei por dormir.



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