VIII

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                                                                                           Angeline

   Ao perceber sua perturbação seguro seu rosto com calma para que não tentasse fugir de minhas mãos, e com isso o beijei ainda mais apaixonadamente e ele retribuiu.

-Mas você ainda não disse o que aconteceu.- Disse refazendo minha pergunta anterior.

-Fui a minha caça e acabei por me distrair pelo tamanho da minha presa e não percebi que ela tinha posse de uma faca, assim que ela me feriu eu a matei, mas não deixei de sair ferido.

   Ele parecia deprimido agora então terminei de trocar suas faixas, me levantei e carinhosamente passei minha mão por seus brilhantes e surpreendentemente macios cabelos. 

   No dia posterior ele já parecia melhor ainda não o deixava andar sozinho ou estar sozinho, mas eu o ajudava a ir a sala.

-Se você não sabia da minha conversa com "ele", por que me salvou?- Perguntei cheia de curiosidade.

-Você era minha presa não eles, eu te observei por muito tempo, mas você nunca estava sozinha, mas sempre estava com pessoas te machucando, na semana que eu parei de te seguir eu te encontrei por coincidência e acabei por te ver sendo seguido e te ajudei, de primeira porque você me lembrou o Tom.- Disse ele vidrado fitando o tapete.

-Tom?

-Meu único amigo que tive na escola, ele sofria bullyng e para se livrar fez com que sofresse e quando ele foi me contar estávamos no terraço da escola eu dei um empurrão nele e ele caiu, eu o segurei, mas ele se soltou e...

-Tudo bem, eu entendi.- Digo colocando sua cabeça em meu peito e a abraçando.

   Ele não quis mais falar sobre seu passado, mas eu entendo. Entende bem demais.  

   Foi a primeira vez que ele falou tanto sobre si mesmo, pode não ser algo feliz, mas eu estou feliz por ele ter se aberto para mim.

Helen

   Eu continuava confuso sobre tudo o que eu havia descoberto ainda no dia anterior, não sabia o que imaginar, então era por isso que quando sai para caçar no dia que me feri vi o slenderman pelas redondezas. O que Angeline faria se eu dissesse que me machuquei por estar preocupado com ela?

-Mas... Angeline por que "ele" te escolheu- Perguntei muito curioso, mas me preocupando pela resposta.

-Não tenho certeza, mas "ele" apareceu para mim alguns dias depois que a voz apareceu.

-Voz?...

-Sim, uma voz, ela fala dentro da minha cabeça e geralmente ela me ajuda mas, ela não anda falando muito ultimamente. 

   Paro pensativo, então é pela voz? Eu estava completamente perdido sobre aquilo, mas já não me importava desde que ela estivesse comigo e eu não tivesse que esconder mais nada dela estaria tudo perfeito.

Angeline

   Desde que falei sobre essas coisas ele esta muito pensativo, será que ele me odeia agora, mas eu apenas omiti eu não menti sobre nada. Você me escondeu dele talvez seja por isso? Mas ele só esta confuso. Eu  espero. Eu sei que é isso.

   O ajudei a voltar a cama e eu ia voltar a ver T.V, mas quando eu ia sair de perto dele sinto suas mãos em minha cintura e ele me puxa para deitar ao seu lado, assim me abraçando deitados de lado na cama, após um tempo dormimos.

Helen


   No dia seguinte acordo com Angeline entrando no quarto trazendo consigo a costumeira bandeja do café da manhã. ao coloca-la no meu colo a observo arrumar o quarto, ao me perceber a observando ela sorri com a cabeça quase acima do ombro nu.

   Logo ao ela sair me levanto com cuidado e vou andando até a porta. No exato momento que ela me vê, solta tudo o que estava fazendo e assustada vem correndo em minha direção.  

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