Angeline
Estávamos pra sair de casa, Helen com seu sobretudo de sempre azulado, porém agora o tal sobretudo era de frio, pois estávamos no inverno, sua marcara. Eu estava com uma marcara igual, mas visivelmente mais nova, minhas roupas eram um bota cano curto e um moletom preto, junto a luvas pretas.
Agora prontos, saímos de casa no meio de uma nevasca, não muito forte, mas não seria bom se pegássemos um excesso de vento, assim sendo nos apressamos a chegar a casa da vitima a qual tinha sido previamente, a muito tempo por Helen, sua execução devia ter ocorrida a algum tempo, pois estava previsto por Helen que seria dois, três dias após a ultima caçada, mas ele saiu ferido e... Acabou por não faze-lo.
Mas essa noite a completaríamos, já faziam pelo menos meia hora, quando chegamos a casa. Ele passou a fazer cada vez menos som até ficar na mesma auditividade que na noite que nos "conhecemos". O vi, com maestria invejável, abrir a porta com um pequeno arame e pedaço de papel.
Ele a abriu e antes de por sua mão na pequena e esculpida em aparente ferro maçaneta, virou-se a mim.
-Eles são em quatro, na casa nessa época, vou ao quarto da direita e você vai ao da esquerda.- disse sussurrando.
-Certo.
Não sabia o que eu estava sentindo naquela hora, se era medo, o que era improvável, se era ansiedade, Não fazia ideia, mas eu estava... Gostando?
Subi as escadas de carpete macio e fofo, o que me ajudava a ser ainda mais silenciosa, Helen estava a dois passos a minha frente, chegamos a um corredor do mesmo carpete, com três portas a frente, a porta ao meio estava aberta, era o banheiro. Ele abriu a porta a direita lentamente e pudemos ver duas camas de solteiro e em cada uma um homem.
Ele entrou, virei-me e abri a porta a esquerda a duas camas de solteiro, mas agora uma mulher em cada, me aproximei da primeira que estava de frente a porta, senti a leve brisa que vinha da janela ao meio da camas. Vai fazer isso ou não? Vai dar mais trabalho a ele, huh? Como se fosse! Eu quero apenas marcar isso bem em minha memória.
Segurei firme a boca da primeira, para que assim não alarmasse a outra, puxei a faca que estava escondida em minha cintura e ao ver seus olhos bem abertos impossibilitada de gritar até acabar com o próprio pulmão, sorri levemente ao ver seu desespero, coloquei minha faca perto de sua jugular e a senti tentar se afastar enquanto balançava a cabeça.
Não iria adiantar não teria piedade apenas para ter mais peso sobre as costas de Helen. Juntei a faca ao seu pescoço e puxei a faca abrindo um corte fundo na jugular e o sangue despejando em suas roupas agora bem manchadas e vi o brilho de seus olhos sumindo.
Fui a segunda que permanecia adormecida, coloquei minha mão em sua boca, não tão apertado para que pudesse ainda sussurrar, a vi acordar com um baque do outro quarto, na mesma hora me preocupei e senti meu peito gelar. Helen! A vi assustar, seus olhos arregalados, ela queria chorar, novamente depositei minha faca a jugular e a ouvi chorar.
-Por favor!!! Não!!!- Gritava, ainda baixo pela preção de minha mão.
Depositei minha faca, agora coberta em sangue, minhas luvas banhadas no liquido pegajoso e vermelho da aparentemente amiga da tal, ela chorava, desisti de cortar a jugular, desci devagar raspando em seu corpo a faca até seu peito exposto pela camiseta larga, pelo que parecia era do namorado, e abri um corte ali pouco abaixo de seu pescoço, ela não gritou, ela não fez nada, apenas caiu com seus olhos agora completamente sem luz, vi sua vida esvair de seu corpo e logo sai do quarto.
Ao sair vi Helen matar sua ultima vitima, que havia corrido para a porta, fazendo o baque de antes, já que pelo barulho caiu da cama na fuga, Helen ao terminar veio ao meu encontro.
Ao vê-lo pegar algo da cabeceira que estava perto da porta e percebi o que ele queria, faltava coisas em casa e ali havia um banquete para reposição, pegamos o que desejamos e saímos.