Quando criança aprendi muito pouco sobre a vida. Era singela. Pelo menos na eternidade compacta entre aqueles segundos perfeitos onde nada de ruim poderia acontecer. A infância era mágica.
Era uma menininha acima do peso. Mesmo com as chacotas, ainda conseguia ser leve. Mesmo com as doenças insistentes que ficavam no vai-e-vem constante e sem piedade, ela sorria.
Parecia haver magia em tudo. Acreditava em gente que podia voar! Imaginava gente que não existia pra poder conversar. Já criava histórias desde muito pequena, e amava ouvir outras histórias da pessoa mais inteligente que conhecia, sua avó.
Talvez até hoje alguns momentos estejam guardados em memórias longínquas. Houveram cachorros que muito amei. Um irmão que não compreendi. Mudanças que aceitei. Houveram coisas que jamais esquecerei. Era uma criança poeta. Não sabia fazer versinhos, mas via beleza em todo canto.
Eram bons tempos, aqueles de criança. Mesmo que doesse muita coisa, continuei ali, esperando o próximo passo.
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Etcetera
PoetryEscrevo isso aos insones. Aqueles que alimentam as lamúrias enquanto os sãos adormecem. Os diurnos anoitecem E os bons padecem. Talvez escreva para ti, com quem minha freqüência de energia entre em perfeita sintonia e teus olhos se agradem do que l...
