Lisa é uma cantora amadora e para toda a sua família canta em um barzinho à uma hora de sua casa... mas na verdade ela trabalha como cantora sim mas em um puteiro, e esse nem é o nosso grande problema... ela não gosta de espalhar mas até hoje Lisa é...
Me levantei da cadeira mantendo as costas o mais ereta possível, estiquei os ombros e tentei parecer mais alta, esqueci o quanto sou miúda perto de Mark
-Oi Mark-disse seca- não vai me apresentar o seu amigo?
-esse aqui é o Michel... Mas pode chamar só Mic...
-oi Mic! -tento ser simpática mas não consigo muito, dou um aperto de mão nele... E meu Deus ele é muito maior e mais forte que Mark!!
-olá Lisa? É assim que você se chama?- Mic diz isso com uma doçura impressionante até para mim... Ele parece ser simpático, mas sendo amigo de quem é...ele tinha um sotaque mexicano que era uma delícia de ouvir...
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-sim é sim... Bom Mic senta lá com a Anna e com o Bem que eu vou ficar aqui falando com ele... - digo apontando a mesa
- tudo bem - diz ele me lançando um último olhar e um sorriso genuíno, se virando e indo se sentar
ele foi na direção de Anna que me olhava como se dissesse "que caras gatos!!!", Dei um sorriso torto para ela e me virei para Mark, assim que coloquei meus olhos nele toda a sombra de divertimento em meu rosto sumiu e eu o encarei seria
- vamos sentar. - falei autoritária
Ele veio na minha direção como se fosse puxar a cadeira como um perfeito cavalheiro, mas fiz um gesto de dispensa com as mãos e me sentei sozinha, ele me lançou um olhar de desapontado e se sentou ao outro lado da mesa
- acho que ainda está de mal comigo... Estão vou perguntar o que está acontecendo aqui?
- estou em uma cafeteria chamada "sunshine" com um cara que tentou me estrupar e pretendo pedir um café forte com um sanduíche fitness... - disse tudo isso com uma calma letal, e ele me encarava de olhos arregalados
Chamei a atendente e fiz o meu pedido estava mais era mandando o Mark ir a merda, até parece que iria ser legal com ele...
-bom... Acho que eu realmente me enganei sobre você! Já que não vai me falar nada eu digo - ele se apoiou nervosamente na mesa e eu reencostei na cadeira do modo mais folgado e despreocupado que pude - depois que a Melody me acertou eu apaguei... Quando recobrei a consciência estava sentado em um sofá e...
- tá cala a boca que eu não quero saber da sua vida... Não vim aqui para você ficar dando uma de macho alfa, vim para te explicar o que acontece para eu ir trabalhar lá e só isso...
A atendente chegou com o meu pedido e com o de Mark, que por incrível que pareça chegaram juntos...
- uau que boca suja!
-você vai ver boca suja quando meu salto for parar no meio da sua garganta- disse ainda no meu estado de calma gélida
Ele engoliu em seco e continuou
- eu só queria entender o que ouve naquele dia... Como tudo aquilo aconteceu?
-bem simples... Tu é um babaca completo que não sabe se controlar e esse seu amigo pequenino não sabe ficar no lugar... Então só por ser homen achou que pudesse se aproveitar de mim... Pena que você é um asno que não sabe manter a merda dessa sua cabeça de vento no lugar e discernir o certo do errado- disse apontando furiosamente para ele- mas agora se quer saber como começei a trabalhar lá foi assim...
Contei toda a história para ele que cada vez se encolhia mais na cadeira e perdia a cor, eu estava me deliciando com o sofrimento dele, cada vez mais elevava o meu corpo para mostrar superioridade em relação aquele bobalhão. Assim que acabei tudo já estava de saco cheio e antes que ele abrisse a boca para se desculpar já logo disse:
- eu já me enchi de você, não sei porque ainda me importo com pessoas de mentalidade e raça inferior a minha, e sinto lhe disser que se eu te ver novamente não serei tão simpática como estou sendo hoje...
Chamei a garçonete que trouxe a conta
- deixa que eu pago- falou Mark mexendo na carteira
- não preciso nem de você e nem do seu dinheiro- logo disparei ríspida
Tirei duas notas de 100 reis impecáveis, sem nenhum vinco e coloquei dentro da conta. Me levantei, com Mark assombrosamente assustado, olhei na direção de Anna que já vinha ao meu encontro, dei dois passos e parei, me virei e falei sobre o ombro para Mark:
- e quer saber de só mais uma coisa... Eu sinto pena de você!
Mark desabou, ele parecia arrasado, os olhos dele encheram de lágrimas e se eu falasse mais alguma coisa sem sombra de dúvidas ele iria apelar, então simplesm me virei e fui embora o deixando para trás e esquecendo de sua existência insignificante...
