Um escritório foi improvisado junto ao Cartório de Terras, onde James e seus homens montaram sua base. James não saia da janela, olhando a todo momento a rua. Parecia nervoso.
— O que o preocupa, James? — indagou Scotty, levando-lhe uma caneca de café.
James foi se sentar atrás da escrivaninha.
— Todo aquele ouro lá no banco, à espera de ser roubado e não teremos como evitar isso, se começarem a aparecer quadrilhas de fora. Até agora temos lidado com os homens de Feargus, mas acho que eles são nada comparados com os desesperados que podem começar a chegar aqui a qualquer momento. Se uma dessas quadrilhas de loucos tiver a idéia de roubar o banco, o que poderemos fazer para impedir?
— Podemos deixar que eles roubem o banco, mas não o ouro — disse Arrows.
— Como assim? — indagou-lhe James, curioso.
— Basta trocar aqueles sacos de ouro por sacos de areia e pedras sem valor e não precisaremos mais vigiar o ouro.
— Ei, esta é uma boa idéia! — exclamou Mac Malcon. — Esse índio não é nada burro.
— E como fazer isso sem que Foubert alerte Feargus imediatamente? — indagou James.
— Acho que há um jeito. Se falarmos com o contador do banco, acho que isso poderá ser arranjado. Eu o conheço bem, é um homem honesto e não concordará com o que Foubert anda fazendo. Ele tem a chave do cofre e do banco. Com a ajuda dele, nem Foubert nem Feargus ficarão sabendo de alguma coisa. O que me diz? — indagou Scotty.
— Acho que vale a pena tentar. Vamos esperar o banco fechar e Foubert ir embora para fazer isso — decidiu James. — Fale com o contador, Scotty, e convença-o a colaborar.
Scotty conseguiu o que pretendia. Após substituírem os sacos de ouro e minério por outros contendo areia e pedras, os quatro homens voltaram para o escritório. A noite se aproximava rapidamente.
Um homem foi ao encontro de James.
— Xerife, tenho um recado para você.
— Para mim? O que é?
— Wyatt quer falar com você. A mãe dele me pediu para procurá-lo e dizer-lhe isso.
— Eliza?
— Sim, isso mesmo. Estão lá na casa, esperando por você.
James agradeceu e dispensou o homem que trouxera o recado.
— Você vai até lá? — indagou Scotty.
— Sim, eu vou e prefiro ir sozinho. Se Eliza me mandou chamar, o assunto é mesmo muito pessoal. Ela deve ter contado alguma coisa ao rapaz. Vocês voltem para o escritório e fiquem de olhos abertos.
— Está bem — concordaram seus auxiliares, enquanto James ia para a casa de Eliza.
Hesitou um pouco, antes de bater na porta.
— Entre! — ordenou Wyatt lá dentro.
O xerife entrou e enfrentou o olhar cheio de ódio e rancor do rapaz.
— Sua mãe queria falar comigo?
— Não, xerife. Eu queria falar com você. Temos uma dívida a ser saldada...
— Esqueça aquilo, filho...
— Não me chame de filho! — respondeu o rapaz, rudemente. — Tenho uma ferida aqui na perna e devo-a a você.
— Teria preferido que eu o matasse?
— Você se meteu num assunto que não era seu...
— O rapaz está com a razão, xerife — disse Feargus, apontando uma arma para James.
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A LEI DO GATILHO
ActionJames John olhou de soslaio para o jogador à esquerda, no momento em que este distribuía as cartas. Pôde perceber claramente quando ele retirou cartas de baixo para passar ao outro jogador a sua frente. Examinou o ambiente. Jogava contra outros três...