Aurora

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Em torno de meia hora se passa e Bárbara acorda, ela demora um pouco para recobrar a memória mas logo se lembra de quando estava na praça.
Bárbara: Enfermeira! *ela a chama e a moça se aproxima* -- Há quanto tempo estou aqui?
XX: Há quase duas horas senhora.
Bárbara: Como vim parar aqui? *ela faz cara de dor, devido ao mau jeito em que dormiu na praça*
XX: Uma moça te trouxe, se identificou como Aurora.
Bárbara: Que? Minha filha? *Ela se lembra das cólicas que havia sentido e se preocupa* -- e o meu bebê? Ele tá bem não está?
XX: Isso eu já não sei senhora, mas logo o doutor vem te examinar de novo. Eu preciso ir, quer mais alguma coisa?
Bárbara: Sim, chama a minha filha para mim por favor.
Ela faz que sim e se retira.
Aurora poucos minutos depois entra, Bárbara olhava para o outro lado do quarto que tinha uma parede e não a vê entrar.
Aurora: Mã...Barbara? *ela se vira* -- Pediu para me chamar?
Bárbara: Sim, eu queria te agradecer por ter me ajudado, mesmo sabendo que você me odeia. Eu só queria um dia poder ter a chance de me explicar para você. *aurora respira fundo *
Aurora: Eu fui atrás de você na pensão, mas você não estava lá. O que aconteceu?
Bárbara: Eu...*suspira* eu tive que sair de lá, não tenho mais economias pra alugar um quarto lá. Agora já não tenho mais pra onde ir, estou na rua.
Aurora: Eu fui disposta a te ouvir, Santiago tinha razão eu precisava deixar você se explicar.
Bárbara sorri de canto: Mas do que adianta agora? Estou sozinha, na rua, sem nada e nem ninguém.
Aurora pega na sua mão: Não diga isso, eu estou aqui com você.
Bárbara alisa o rosto de aurora: Ah, minha filha...eu queria tanto ter criado você, seríamos tão felizes. Eu seria uma pessoa tão melhor.
Aurora: E por que não o fez?
Bárbara: A verdade é que quando você nasceu, eu perdi a consciência e quando despertei, o seu pai, o homem que me fez tanto mal...me disse que estava morta, mas nem se quer me deixou ver o corpinho do bebê. Porque era mentira! Olha só, você está aqui.
Aurora chorava: Me perdoa por ter te rejeitado! Eu me senti tão mal quando te vi tremendo e chorando baixinho naquele banco.
Bárbara estava emocionada, sorri com os olhos marejados.

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