Capítulo 10 - Lucas

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Começo a abrir os olhos, desconheço onde estou. Mas apenas por uns segundos, porque de imediato, vem-me á memória, os acontecimento desta manha, e logo entendo que estou no Hospital. Olho para todos os lados, em busca da Malia, só preciso de saber onde é que ela está, se está bem, para ficar descansado.

-Está á procura da sua namorada?- pergunta-me uma enfermeira, que estava a verificar as máquinas.

-Sim, ele já esteve aqui?

-Esteve sim, mas como estava a dormir, disse-lhe que voltasse mais tarde. Há de estar a aparecer.- responde-me sorrindo.

Fico significativamente mais descansado. Quero voltar a fechar os olhos para dormir mais um pouco, mas o medo de que ela voltasse sem eu estar acorado. Fico então deitado na cama de hospital a olhar o teto esperando que ela chegasse. A espera cansa e deixa as pessoas ansiosas, mas no meu caso não. Eu sei que ela vem, eu sei que ela me ama e nunca me deixaria sozinho.

-olá amor.- diz-me me uma voz baixinha ao ouvido.

Olho para ela e sorriso. - Olá.- respondo inclinando a cabeça para lhe dar um beijo.

-Sentes-te bem?

-Sim. Agora que estás aqui.

Agarro-lhe gentilmente o pescoço para a beijar. Ela inclina-se e responde ao beijo. Só consigo pensar em que ainda bem que estou vivo e que posso estar com ela. A Malia é tudo Lara mim e sequer pensar na hipótese de a perder, mata-me por dentro. Contínuo a beija-la, como se fosse a primeira vez.

-Ei, vai com calma, estamos no hospital.

-Sim mãezinha.

- Não me chames mãe, pq se não o que eu vou fazer a seguir vai ser muito constrangedor.

Ela ajuda-me a sentar na cama e de seguida coloca-se de joelhos a minha frente. - Amor, pensei que tinhas dito que estávamos no hospital. -digo num tom de gozo.

-Não sejas idiota. E fica caladinho antes que perca a coragem. -diz num tom mandão

Faço como ela me pede, fico ali, sentado e calado à espera de perceber o que ela vai fazer. Para minha supresa vejo-a a tirar uma pequena caixa do bolso. Não pode...

-Eu sei que é costume ser o homem a fazer isto. Mas tu também sabes que eu jogo pelo arrojado. -solto uma pequena gargalhada. -Eu amo-te, e sei que me amas... Não vou fazer a pergunta porque é muito clichê, mas vou perguntar algo um pouco diferente. Queres passar o resto da tua vida comigo?

Sim, claro que sim. A resposta era óbvia, nas por alguma razão, as palavras não me saiam. Neste momento a enfermeira entra para informar que ia ter alta.
Ela levanta-se e pega na minha roupa para me ajudar a vestir. Dava para perceber pela cara dela que estava feliz por eu sair do hospital, mas ao mesmo tempo triste por não lhe ter dado uma resposta. Mas não bo ia fazer com uma médica a nossa frente.

-Já me ajudas-te a tirar a roupa muitas vez, mas a vestir é a primeira vez.- digo tentado acabar com aquele clima pesado. A Malia ri juntamente com a médica.

-Não quero ser má. Mas esta primeira semana em casa não vai poder haver sexo para ninguém.- diz a médica. - O senhor tem de repousar. Qualquer esforço pode lhe abrir a ferida e depois é muito pior para cozer novamente.

-Está a brincar certo? -pergunto com ar preocupado.

-Não, diz-me ela muito séria. Estou a falar muito a sério.

Olho para a Malia e ela dá uma pequena gargalhada. O caminho até casa foi calmo e talvez um pouco constrangedor. Parecia que eramos dois estranhos. Nem quando tivemos sexo pela primeira vez foi tão constrangedor a seguir. Chegamos a casa e ela pousa o saco no chão e vai em direção ao quarto.

-Malia?

-Diz.- vira-se para trás

-O que é que se passa?

-Tu ainda perguntas? Eu declarei-mee pedi-te em casamento e tu ficas a olhar para mim feito idiota sem me dar uma resposta. Se não queres estar comigo podes ir embora.

Agarro-lhe o braço antes que ela me podesse fugir e puxo-a até ficarmos quase colados.

-Eu não vou a lado nenhum, nunca. Tens toda a razão, fui um idiota, mas só porque estava nervoso. A minha resposta é obvia, claro que é sim. Amo-te mais do que tudo neste mundo e só quero estar contigo.

Uma lagrima escorre-lhe pela cara abaixo. Ela agarra-me o pescoço e puxa-me para si, depois beija-me. Os seus lábios tocavam nos meus de uma forma tão intensa e apaixonada. Enquanto eu lhe agarrava a cintura e fazia a minha mão escorregar até o sei rabo, ela desapertava-me botão a botão da camisa. O meu coração batia a mil, tal como o dela. De todas as vezes que havíamos estado juntos, nunca me tinha sentido tão nervoso. De repente ela para e afasta-se.

-Uma semana...- diz tentando recuperar o fôlego.

-Uma semana o quê?

-Não podemos durante uma semana, ordens da médica.

Neste momento o entusiasmo desaparece. Tento dizer á Malia de que estou bem, mas ela é difícil de convencer. Apesar do meu esforço, ela diz que não podemos.

Uma semana depois

Chego a casa depois do trabalho. Abro a porta e acendo a luz, no chão estava um bilhete "Segue as velhas, e apaga-as à medida que passas por elas. Bjs, Malia."
Pouso o casaco e sigo as velas, tal como ela me disse. Vou apagando uma a uma ate chegar até ao quarto onde ela se encontrava. Estava sentada na cama com uma langeri sexy.

-Finalmente podemos celebarar o nosso noivado...-diz levantando-se na minha direção.

Agarro-lhe a cintura e beijo-lhe o pescoço muito suavemente. Ela coloca as suas mãos na minha cara e vira-a para me beijar. A cada beijo ela desbota um botão da minha camisa. Enquanto isso, as minhas mãos iam percorrendo o seu corpo segundo as sua curvas. Pego nela, um pouco a cima das coxas e levo-a até a cama, enquanto ela me despertava o cinto.
O seu toque sempre me deixou nervoso, quer fosse a primeira vez, ou quando já estávamos juntos. Mas hoje, pela primeira vez não me sentia nervoso. Simplesmente percebi que me posso entregar completamente a ela...

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