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P.V.O John Carter

Minha cabeça está explodindo, a discussão piora a cada segundo eu já não sabia mais o que fazer.  Havíamos voltado ao hotel que caia aos pedaços, estava eu Felipe e o cara que me salvou.  Descobri que seu nome era Victor, estávamos discutindo sobre Megan e onde ela se encontrava.

- Ele  vai encontrá-la – Victor dizia. Ele andava de um lado para o outro, seu nervosismo era notável.

- Essa garota já virou pó – eu e Victor o olhamos seriamente e quando percebe nossos olhares ele levanta as mãos em sinal de rendição.

- Será mais útil se você calar a boca – o garoto fala e olha diretamente para ele.

- Falou a criança de quinze anos – minha paciência se esgotou e eu gritei.

- CALEM A BOCA! –  fechei os olhos rapidamente e pronunciei mais calmo, para não atirar nos dois.

- Vamos esperar mais alguns minutos. Mas me diga quem está com ela?

-  Meu irmão mais velho, antes do tiroteio ele me mandou uma mensagem dizendo que havia a  encontrado. O tiroteio foi proposital, nossa equipe precisa dela quando ele chegar vamos  explicar –  O silêncio tomou conta do local até que....

- Se um já é babaca imagine mais velho – E lá vamos nós....

- Qual o seu problema ? – os dois começaram a discutir novamente, cansado sento na beirada da cama que estava no canto da parede - foda-se os dois, que saiam rolando no soco -.

Até que bateram na porta e  finalmente eles calaram a boca. Victor andou até a porta, olhou pelo olho mágico e destrancou a porta e disse.

- Eles chegaram se virou e foi para o lugar que estava antes, a porta demorou um pouco para ser aberta eu não sabia o que esperar. Minhas mãos suavam a ansiedade me consumia a cada segundo. Até que ela apareceu...nossos olhares se cruzaram, percebi que seu corpo se congelou. Ela não sabia o que fazer, muito menos eu.

- Pai ?

Quando as palavras saíram de sua boca foi um alívio para o meu peito. Levantei rapidamente indo em sua direção e a abracei com toda minha força.

- Me perdoe, me perdoe por tudo o que fiz é tudo culpa minha – ela demorou para retribuir o abraço e processar tudo o que estava acontecendo, mas quando retribuiu, foi com a mesma intensidade.
Senti a minha camiseta molhar, os soluços dela dava para serem ouvidos e suas lágrimas caíam sem parar continuei a abraça-la, ela precisava disso.

- Me perdoe, me perdoe – essas palavras saiam da minha boca incansavelmente. Depois de uns bons e longos minutos ela foi se soltando delicadamente e secando as lágrimas com as mãos, eu não havia percebido, mas todos saíram do quarto quando ela entrou. Acho que era para nos dar alguma privacidade e agradeci mentalmente por isso.

-  Como me encontrou ? – ela me olha ainda com lágrimas nos olhos e eu as seco calmamente passando os dedos por seu rosto levemente inchado.

-  Eu posso ser um miserável de merda, mas nunca te deixaria ir, sou um monstro Megan... um monstro que você nunca deveria conhecer, tudo isso é culpa minha, os erros do meu passado refletiram no meu futuro e agora vou ter que pagar o preço. Agora chega de mentiras chega de discussões eu vou lhe contar tudo desde o começo você precisa saber – fui até cama calmamente me sentando e ela me seguiu quieta atenta a tudo o que eu iria falar, óbvio que eu iria omitir algumas partes mas não iria deixar de ser uma verdade. Logo em seguida respirei fundo e comecei.

-  Bom... minha família e eu nunca tivemos boas condições, então desde criança sempre trabalhei para ajudar com as despesas da casa. Eu morava com seus avós que trabalhavam duro para me sustentar, mas derrepente, meu pai ficou muito doente e não tinha como trabalhar e eu, como todo filho faria, arrumei um emprego, tomando o lugar de meu pai.

Sweet RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora