Sweet Revenge

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4 anos depois...

P.V.O Megan Carter

A bala estava cravada na minha cintura, a ferida se abria conforme eu corria, a arma em minha mão estava destravada e eu a segurava com firmeza. Corri mais alguns metros pela floresta, os galhos arranhavam a minha pele por todo o meu corpo. Parei atrás de um grande tronco de árvore cheio de raízes grossas, me agachei sentindo o local atingido arder.

Os passos pela floresta se tornaram audíveis, fui abaixando até me sentar completamente no chão de terra úmida, a dor passou a ser insuportável, o tempo estava se esgotando, meu corpo suava a minha temperatura aumentava conforme os passos se aproximavam.

Fiz um último esforço me levantando com dificuldade me apoiando na árvore para me levantar, soltei um gemido de dor segurando o ferimento, tudo estava em silêncio soltei um pequeno suspiro. Quando me virei para atacar senti um braço passando pelo meu pescoço me enforcando com mata - leão, ele me mobilizou tirando a arma da minha mão, me debati furiosamente sentindo o ar faltar em meus pulmões.

Depois de alguns minutos naquela batalha perdida, em sinal de desistência bati levemente em seu músculo para me soltar e em seguida cai a joelhada, ao chão.

Depois de alguns segundos senti a raiva invadir o meu corpo e me fazendo esquecer da dor, levantei meio aturdida. Logo sentindo os mesmos braços que enforcaram a segundos atrás, me segurando para me manter em pé. Puxei meu braço brutalmente me soltando de seu aperto e em passos largos sai da floresta entrando no carro e indo para casa o deixando para trás.

O curativo em minha cintura já não estava mais ardendo, depois que apliquei uma pequena quantia de sedativo local, o machucado iria melhorar rapidamente.

Fiquei horas ouvindo Lorenzo gritar no meu ouvido dizendo quanto sou incompetente pela minha resistência ter caído tanto.  Mas eu tinha uma razão pela qual minha resistência ter caído tanto.

Victor.

Aquele maldito filho da puta que só atrapalha minha vida, tenho  vontade é de passar por cima de sua cabeça com caminhão.- que ódio - termino de enfaixar um corte que tinha em meu braço, como estava sozinha, eu usava uma lingerie branca.

Saiu do banheiro com a intenção de ir para minha cama e tirar uma bela noite de sono, mas percebo a existência de um ser sentado sobre ela interrompendo meus planos. - eu ainda mato esse filho do diabo - me encostei na parede ao lado da porta do banheiro cruzando meus braços.
Escondendo a raiva que me consumia no peito eu o encaro já que o mesmo me comia com os olhos, mas eu não me importava. Ele já havia me visto com bem menos roupas. E eu tenho mais raiva ainda pelo filho da puta ser atraente do caralho.... me atrapalhando com meus pensamentos ele fala :

- O que o Lorenzo disse para você ? – ele perguntou relutante.

- A mesma merda de sempre – as palavras aquele velho me abalaram muito ele é a única pessoa que me sobrou depois que meu pai sumiu, me deixando uma carta patética dizendo que não poderia ficar ao meu lado Resumindo se ele pudesse me devolver ia para adoção. - pelo menos sobrou Victor que tem me apoiado em todos os momentos da minha vida.... mesmo sendo um cuzão -.

- Ele não tem razão, sabe disso... não sabe ? –  me surpreendi com essas palavras mesmo nós sendo próximos, ainda me surpreendia com algumas demonstrações de afeto.

- eu não ouviria isso se uma certa pessoa não me atrapalhasse – a expressão dele se tornou dura.

-  você está sendo infantil – Ele não disse isso.

- eu sendo infantil? Qual é a porra do seu problema? Você se acha o dono do mundo, que a translação da terra gira em torno da sua desprezível pessoa!! você não manda em mim, não é meu dono, eu só ouvi aquelas merdas por sua causa, porque você não consegue manter esse seu pau dentro da calça e fica me culpando pelas suas atitudes e me rondando como um cachorro faz com seu osso – eu já estava gritando com o dedo na cara dele.