🌻Doh Kyungsoo- Don't say anything🌻A dois meses eu conheci uma garota no fliperama de um shopping em Osaka, olhos escuros como um grão de café, seus cabelos cacheados e negros me lembravam as noites de outono em que eu passeava com meus pais quando criança.
Sua pele é uma mistura entre cores, é tão suave quanto um veludo, ela tem um sorriso tão branco que parece refletir o sol, seus traços são delicados e uma pétala de flor poderia facilmente se perder em suas curvas perfeitas.
Ela não é uma garota de palavras, seus olhares, seus sorrisos e suas atitudes já dizem por sí só.
Eu sabia que tinha que tela pra mim, talvez, em toda minha vida, eu não tivesse outra oportunidade como esta, de estar com alguem que a cada segundo desperta o ser alvoroçado que existe em mim, a ambiguidade em seu olhar diz sim e não ao mesmo tempo, me trazendo curiosidade.Explicado assim, fiz a questão de chama-la pra um chá da tarde, no momento da proposta ela simples sorriu, abrindo um mundo de beleza eminente em nas curvas de seu sorriso, me trazendo ondas de alegria.
Pra mim aquilo era um sim, e a cada hora que se passava eu ficava ainda mais angustiado em estar longe dos olhos dela, eu me forçava a pensar "Se acalme, faltam dois dias apenas", mas meu coração gritava incansavelmente que não, eu não poderia esperar tanto para tela.
Foi ai que chegara o aguardado dia, eu queria estar mais do que bem apresentado, queria que ela tivesse toda sua atenção em mim, e apenas em mim.
De início pensei em algo mais formal, mas talvez ela achasse um pouco demais, então pensei no local do encontro, se assim posso dizer.Uma pequena mesa redonda, com cadeiras brancas, na sacada de uma confeitaria de segundo andar, abaixo de uma arvore de Ipê, que costuma estar florida essa época do ano, em tons tão sólidos de amarelo que enfeitam o chão de madeira da confeitaria e que seriam a moldura perfeita para o sorriso dela, eu quero parecer tão acolhedor quanto aquele lugar, quero que os olhos dela brilhem tanto quanto os meus brilham assim que a vejo.
Vestido em minhas mais confortáveis roupas, saio de casa rumo a confeitaria, porem meus pensamentos só estão concentrados em como quero encontra-la.
A alguns sentimetros da confeitaria, vejo na sacada, cabelos tão escuros e esvoaçantes que parecem uma bela pintura tento como fundo flores amarelas, um sorriso enorme estampa meu rosto e meus passos antes calmos, se aceleram conforme as batidas do meu coração, entro na loja, parando no momento que vejo uma jovem garota prestes a sair dali, ela tinha lindos cachecóis de varias cores, um cachecol amarelo, com cor de mel me remeteu não so as flores como também a minha amada, não pensei muito e logo parei a garota, pedindo o lindo cachecol e pagando, voltando ao meu trajeto, porem, enquanto subia os degraus da escada, meu coração se pergunta oque fazer, se ela vai gostar do presente, se devo sorrir ou ficar sério, se devo ser direto ou andar calmamente.
Abro a porta assim que me dou no fim da escada, na sacada, as outras mesas ocupadas por pessoas concentradas demais em trabalho e estudo, não podiam sequer ofuscar toda luz que vinha da garota a mesa do canto, desenhando círculos na mesa com a ponta dos dedos, com algumas flores amarelas que caiam por ali perto da mesa, a fazendo parecer mais com uma pintura de Portinari do que com a garota que eu tanto desejo.
Me sento a sua frente e lhe estendo o cachecol, seus olhos se levantam e encontram os meus, e um sorriso ilumina seu rosto, fazendo borbulhas de inquietação dentro de mim.
Nossa forma de conversar era diferente das outras pessoas.
–Eu estou bem? Você gostou da minha roupa?– ela me olhava profundamente e balançava levemnte a cabeça em sinal de confirmação, sorrindo delicadamente e tomando um gole de seu chá.–Posso ver como fica em você?– foi oque eu consegui dizer antes de irmos embora, ela sorriu e então coloquei o cachecol em seu pescoço, sentindo em meus dedos a textura suave e macia de seus cabelos, eu sabia que não trocariamos muitas palavras, e me dei a liberdade de deixar um suave e delicado beijo em seus labios, eu pensei que ela se irritaria, mas no fim, eu fui o único a ficar sem palavras.