Imagine

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🔇Oh Sehun🔇

Bibliotecas são lugares silenciosos, quietos, aconchegantes e quase tão quentinhos quanto minha cama, porem a velha bibliotecária era ranzinza e parecia não gostar de mim, o que sempre acabava com meus cochilos.

eu já estava de olhos abertos, no meu pequeno cantinho, esperando a velha grisalha me expulsar dali, mas minutos mais se passavam e nada dela, eu já estava impaciente então juntei minha mochila, fones de ouvido e marchei a procura do balcão da biblioteca, que era enorme como um labirinto.

Depois de rodar como um pião encontro o balcão, não perderia meu tempo procurando alguma desculpa, bati minha mão sobre a madeira que fez um estalo desagradável, como se alguém tivesse batido a cabeça com muita força no local, e pra minha surpresa não era a velha grisalha e ranzinza.

Era um cara bem alto, de cabelos pretos, com um colete xadrez de crochê extremamente ridículo, ao finalmente perceber minha presença o garoto se vira, segurando um livro, e me encarando sem nenhuma emoção ou expressão digna de interpretação.

–Onde foi aquela velha mau humorada?– digo apesar de nem me importar com isso.

–Eu sou o novo bibliotecário, a Senhora Geon acabou de pedir as contas.–. Curto, grosso e com uma cara de zangado que realmente refletia a velha bibliotecária, não é de se espantar.

–Ja passava da hora, mas podiam ter avisado antes, um desperdício de tempo.– olho torto para o maior, que se mantinha inabalável diante de mim, ele me olha de cima abaixo de trás do balcão, e dá um leve sorriso sarcástico me encarando em seguida.

–Deseja mais alguma coisa?– pergunta com um ar arrogante que me fez sentir um leve surto de ódio.

O encarei seriamente, com melhor cara de desgosto possível, e me virei, caminhando em direção a saída, porém no meio do caminho me lembro do livro em minha mão.

Dou meia volta e chego até o balcão, onde o cara de tacho continuava imóvel e ridiculamente superior.
Coloquei o livro com toda força que tinha sobre o balcão e me virei novamente, agora sim, saindo do local e indo diretamente para o meu querido dormitório.

Eu dormia a maior parte do tempo, se não estava dormindo estava lendo, se não lia comia, e se não comia desenhava, e assim seguiam meus 365 dias do anos, todos os dia em 20 anos de vida.


Hoje era dia de limpeza, retirar tudo de velho e jogar fora, pra no fim do dia, curtirmos a virada do ano, é literalmente um ritual antigo e bobo da minha faculdade.


Minha caixa de inúteis ou seja lá como chame, era grande, pesada e cheia, cheia de ótimos motivos para querer ter um recomeço.

Férias de verão
Clube de natação
Aulas de jiu-jitsu
Lee jeno
festa da Jiuyo...

Dentre outras tragédias memoráveis e plausívelmente odiaveis que vivi durante meu primeiro ano da faculdade, agora eu iria recomeçar, ou no mínimo sair com um carinha do clube que tênis que não tenha nenhum problema com ex namoradas.

Dentro de tanta amargura, sofrimento e lixo, ainda existiam algumas lembranças boas, mas que eu precisava esquecer completamente, como se nunca tivessem acontecido.

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