😈Pretty Woman – Byun Baekhyun😈
Devo confessar que sempre que estou com Baekhyun me sinto como em "Uma linda mulher"... Tirando a parte da prostituição.
Era estranho ser uma auxiliar de dentista e se sentir atraida por num homem que passa a maior parte do dia colocando aparelhos em adolescentes e fazendo cirurgias de ponte de canal.
–Poderia remarcar todas as minhas consultas dessa tarde para a próxima semana?– O homem incrivelmente sexy de jaleco branco e óculos sentado a minha frente suspira encarando uma tela de computador e uma pasta dentaria de algum paciente que parecia ter a boca de um cão com cáries.
–Tudo bem Dr.Byun, precisa de mais alguma coisa?– pergunto olhando já inquieta para o relógio dentro do pequeno escritório.
–Acho que não... Bem, você parece louca pra ir embora, esta dispensada por hoje.– ele diz e todas as papilas gustativas da minha boca se confundem quando o homem a minha frente tira o seus oculos redondos e bagunça seu cabelo negro, fazendo partes de mim que nem sabia que existiam se arrepiarem.
–Ok, Tenha uma boa noite Dr., ate segunda!– digo saindo o mais rápido possível de dentro daquela minúscula sala.
Entro no elevador do prédio e aperto no ultimo andar, esperando sair na portaria e encontrar Geon, que era quem dividia não so a casa mas a comida, roupas e ate um pobre carrinho comigo.
Chegando na portaria e não encontrando ninguém, me sento no sofá do hall de entrada.
Já haviam se passado no minimo umas duas horas e nada de Geon chegar, eu não podia ir embora porque a lindíssima da minha colega de casa estava com meu carro, e como se não fosse o suficiente, caia um toro do lado de fora, oque me restava e continuar ligando para ela feito uma maluca.
Gostaria de poder dizer o contrario, mas acabei pegando no sono e sendo acordada minutos depois por Baekhyun, que vestia uma blusa social azul, com alguns botões abertos oque revelava uma pequena parte de seu peitoral de pele brilhante.
Parecia um sonho, ate o momento em que me dou conta que peguei no sono no sofá do hall de entrada do prédio.–Oque você ainda faz aqui?– ele perguntava e como meu raciocínio ainda estava um pouco lento, me levantei como uma lesma ate poder responder.
–Minha colega que esta com o meu carro simplesmente esqueceu de mim.– meus olhos estavam pesados demais para ficarem completamente abertos e minha cabeça estava tomando um peso exorbitante, quase me levando pro chão.
–Eu posso te dar uma carona, não vai ser problema.– uma das leves conhecidencias da vida e que eu e meu querido e muito amado chefe, moramos no mesmo prédio, apesar de não ser nada nem um pouco próximo de mim e de Geon em questões financeiras, ele simplesmente optou por morar em um prédio relativamente comum, em um bairro tranquilo ao lado de uma escola infantil.
–Eu diria não em quaisquer outras circunstâncias porem não estou em posição de negar essa ajuda.– eu sabia em meu sub consciente de estava balbuciando bobagens mas o sono me embreagava de forma que eu parecia um boneco de posto.
Então assim, segui Byun ate a porta de saída do prédio, a chuva estava forte e o carro do mesmo estava estacionado do lado de fora, eu sabia que ele não tinha uma sombrinha consigo, já que nunca as carregava, e eu só tinha comigo minha bolsa com um celular e as chaves de casa.
Saímos correndo da chuva ate o carro relativamente luxuoso dele.
Ele entra no carro e logo em seguida eu entro, porem tanto ele quanto eu estavamos molhados, parecendo cachorros que acabaram de sair do banho, totalmente acabados.Ao me sentar no banco de couro, senti uma lufada reconfortante de ar quente.
–Voce se molhou muito?– inesperado... Era a situação que eu me encontrava, eu sabia que se tratava de um ato de educação porem meu coração tolo e fragilmente imbecil criava situações onde aquilo era romântico.
–Sim, mas nada que não seque.– tentando desviar da situação, liguei o ar condicionado e comecei a esfregar os cabelos entre as mãos na tentativa tola de secalos.
No exato momento que meu coração falha, escuto o barulho de plastico sendo aberto, me viro curiosamente e vejo uma sacola de toalhas novas na mão do mais velho, nos bancos de trás algumas outras toalhas e cobertores.
Acabo deixando um arfar de espanto escapar.
–Oque?– Byun questiona e percebo que meu espanto foi perceptível o suficiente.
–Nada e que... Estão novas e nem foram abertas, mas estão no carro.– digo e então sou pega de surpresa por Byun, que segura meu queixo e vira meu rosto para olhalo, oque me deixa em panico.
O mesmo coloca uma das toalhas brancas e novinhas sobre a minha cabeça e começa a secar meu cabelo.Era uma situação extremamente confusa e eu não sabia o que fazer alem de olhar naqueles lindos e doces olhos escuros. E em um fração de segundos sinto nossos rostos tão próximos que sua respiração colidia com minha pele fazendo com que me sentisse arrepiada por inteiro.
Logo nossos labios se colaram em selinhos delicados e gentins, ate o momento em que sua boca cola a minha e sua lingua pede passagem, logo me fazendo seder por inteiro.
Aos poucos, sentia que minha alma saia de meu corpo e me tornava ainda mais entregue, ate o momento em que um trovão estrondoso nos atrapalha, eu não podia ficar mais envergonhada, e Byun parecia não encontrar palavras para se expressar.–Me desculpe, eu devo estar com febre e perdi a noção das coisas.– digo, direcionando meu olhar para a chuva escorrendo pela janela.
–Não é culpa sua... Eu só... Vou te deixar em casa.– ele disse dando partida no carro, dirigindo calma e silenciosamente pelas ruas desertas.Durante o trajeto, Baekhyun liga o aquecedor do carro, e inesperadamente tira uma de suas mãos do volante, pegando na minha e a colocando sobre o ar morno e reconfortante.
Meu coração parecia não caber no corpo e eu queria abraça-lo naquele instante, mas a sensação de suas mãos geladas sobre as minhas agora aquecidas faziam com que meu interior enlouquecesse.
Siguimos o resto do percurso naquela posição, de forma em que por alguns minutos eu pudesse fingir que eramos namorados, e que aquilo era só mais uma noite chuvosa e comum.O carro diminui ate chegarmos a porta da garagem, onde Baekhyun procurava sua vaga, na qual o vizinho sempre ocupava, então ele decide estacionar na unica vaga desocupada.
–Bom... Obrigado pela carona.– eu disse, tirando, de forma dolorosa, minha mão de junto a dele, saindo o mais rápido possível do carro, porem sou impedida de sequer me afastar do carro quando Baek rapidamente sai e então me prensa contra o alto móvel.–Eu não sei oque esta acontecendo comigo, mas eu preciso fazer isso.– e foi tudo oque ele disse antes de me roubar um beijo demorado e realmente apaixonante.
E enquanto eu beijava o dentista pelo qual eu sempre fui apaixonada, na garagem do meu prédio em um dia chuvoso, eu só conseguia pensar... Oque seria de mim depois disso?!