•• Chapter Two: Um Estranho Convite 🌸

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oioi!

💫 boa leitura 💫
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No mês seguinte, meu cartão de crédito cobrava três cafés na Starbucks, um óculos de sol Jimmy Choo e um perfume tão importado que não consegui reconhecer a marca. Acabei pagando por tudo. O rapaz ao menos teve o senso de dividir o óculos e o perfume em prestações. Infinitas prestações. Mais tarde, ele confessou ter feito aquilo por saber exatamente como é pagar por coisas muito caras.


                 ⚜⚜⚜

Como era um sábado de folga, eu estava em casa fazendo tudo o que mais amava: nada. A cena se resumia a um cara deitado tortamente no sofá, com a TV ligada em um canal ruim de música. Nada impressionante ou louvável.

A tarde estava quente, e meu ventilador quebrado. A garrafa de água na geladeira estava vazia e no pote de sorvete havia apenas feijão.

Eu teria que ir até alguma loja para me refrescar, e, coincidentemente, a mais perto era uma Starbucks, na esquina de minha casa. Fui até o café e pedi um frapuccino, o de sempre.

Como o local estava relativamente vazio, aproveitei para conversar com o atendente, um conhecido.

Peguei minha bebida e sentei em uma mesa qualquer, com preguiça demais para caminhar de volta para minha casa.

Mal tinha começado a beber por meu canudinho quando ouvi a porta se abrir e por ela entrar ninguém menos que Louis, meu ladrão particular. Sim, eu já havia apelidado o rapaz.

Não me mexi ou o chamei, apenas fiquei observando enquanto ele pedia sua bebida, um frapuccino de morango. Louis pagou sua bebida -perguntei a mim mesmo se com seu próprio dinheiro - e dirigiu-se para saída. Não sem antes, por algum motivo sobrenatural, desviar seu olhar que repousou em mim. Vi sua boca abrir-se em um sorriso debochado.

Naquele momento, notei que preferia seu outro sorriso. Ele comecou a caminhar em minha direção. Perfeito.

- Será que posso sentar? - Perguntou-me, apontando para o lugar vago logo a minha frente.

- Desde que não roube nada, claro. - Lhe respondi da maneira mais sarcástica que minha estranha voz permitiu.

- Poupe-me, Harry. - Ele sentou-se, colocando sua mochila em cima da mesa e o frapuccino de morango logo ao lado. - Não roubei nada de ninguém, apenas encontrei uma carteira na rua.

- E gastou o dinheiro.

- Há diferença. Aprenda. - ele me olhou de maneira fria, enquanto pelo canudo puxava um grande gole de sua bebida. - Quais seus planos para hoje à noite? - Engasguei e comecei a tossir desesperadamente.

Louis me encarava indiferente, como se eu não estive praticamente morrendo à sua frente. Anotei mentalmente para nunca confiar nele se um dia precisasse de uma ida rápida até um hospital.

- Algo entre... Dormir... Assistir... televisão e jogar... Vídeo games. - Finalmente consegui falar, apesar de preencher cada reticência com uma tosse. - Por quê?

- Bom, arrume-se. De preferência, um jeans escuro com uma camisa polo. - Ele dizia enquanto pegava sua mochila e se levantava. - Nada muito formal, nem casual demais. Passo na sua casa às 21h.

- O que? - eu praticamente gritei, atraindo a atenção das outras duas pessoas presentes no local, sendo uma delas o atendente. -Como você sabe aonde eu moro?

Ele apenas sorriu e virou de costas, andando em direcão a saída e acenando levemente. Ele saiu do café, e, pouco antes da porta bater, pude ouvir sua voz gritar "nove horas!".

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AAAAA, nove horas

Harry é um tanto tolo, não acham?

até o próximo.

treat people with kindness.

Diga Que Não Quer (larry stylinson version) ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora