Diga Que Não Quer (larry stylinson version) ✅

•• Chapter Fourteen - Respostas 🌸

Antes de tudo, um pequeno conselho:  Leiam o capítulo escutando Give me Love do Ed. Quem tem na playlist, eu sugiro que dêem play e coloquem no repeat. Quem não tem, basta dar play na mídia acima.

💫boa leitura💫

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Entrei sem ao menos olhar para trás. Meu coração estava acelerado, eu simplesmente não sabia o que fazer. Eu queria gritar, sim, muito. Queria berrar para aquele prédio que eu estava me sentindo totalmente péssimo, quebrado, raivoso. Eu queria poder de alguma maneira jogar em todo mundo o tamanho da minha decepção.

Porque as coisas nunca são fortes se estão apenas guardadas em você. Principalmente se você estiver desesperado. E eu estava.

- Harry... - Louis me chamou com uma voz baixa totalmente não característica.

- Não fale desse jeito.

- Eu preciso me desculpar. - Ele olhava para o chão, e não para mim, e aquilo me deixou puto.

- Em primeiro lugar, eu não quero nenhuma desculpa. Quero uma explicação. - Aproximei-me dele e segurei seu queixo, levantando seu rosto. - Em segundo lugar, olha para mim durante essa conversa. Não banque o fraco agora.

Louis apertou os olhos e respirou fundo, provavelmente tentando manter a calma. Esperei mais alguns segundos até que ele afastasse minha mão de seu rosto e se encaminhasse até o sofá, sentando-se nele.

- Ok. O que você quer saber?

Tentei meio que inutilmente, me acalmar um pouco, e sentei-me ao seu lado.

- Tudo.

- Meu nome é Louis Tomlinson, sou filho de Mark Tomlinson, dono da companhia Gran Motors. - Ele respirou fundo novamente e me encarou. - Eu... Quando eu e Lottie éramos pequenos, nosso pai queria que tomássemos conta da empresa após crescermos. Então, eu e ela nos formamos em administração. Mas Charlotte tinha planos maiores e, quando se formou, abriu um hotel em Las Vegas. Meu pai ficou possesso, pois foi tudo sem o consentimento dele. Eu era a única esperança de que Gran Motors ficasse nas mãos dos Tomlinson's.

Louis respirou fundo novamente, deitando a cabeça no sofá e encarando o teto.

- Eu não tinha nenhum problema em assumir a empresa, não mesmo. Quando era mais novo, sempre estava lá e queria ajudar meu pai em tudo. Eu gostava do lugar, do trabalho, de tudo. Mas eu tinha um sonho, e eu queria realizá-lo, e estava completamente disposto a largar tudo para ir em busca dele. Eu queria viajar pelos Estados Unidos, uma viagem de carro que pegasse todo o país.

- Eu fiz planos, muitos planos. Tracei a rota inteira, cada cidade que eu passaria, quanto tempo ficaria em cada. Em poucas, fiquei meses, em algumas, semanas, em muitas, dias e em outras, horas. Quando terminei a faculdade, há quase três anos, decidi que era o momento. Lottie, que já havia estabelecido o New York-New York em Vegas, havia me dado seu antigo carro para me ajudar com esse sonho. Ela me ajudava em tudo que eu precisava, não importava se fosse financeiro ou não.

- Quando contei pro meu pai sobre a viagem, ele quase infartou, e eu não estou usando figura de linguagem. Eu realmente pensei que estava matando meu velho. Ele teve certeza que Gran Motors não seria mais dos Tomlinson's. Foi então que eu surgi com a proposta: eu o substituiria na empresa se ele não tentasse impedir a minha viagem. Ele não amou a ideia, exatamente, mas no fim acabou aceitando. Não é como se ele tivesse muita escolha, né?

- E então. eu coloquei o pé na estrada, começando por Vegas. Comecei a viajar, conheci os lugares mais lindos e também os mais feios dos Estados Unidos. Comi incontáveis tipos de comida, fui em inúmeras baladas, conheci um milhão de pessoas, boas e ruins, brancas, negras, amarelas e vermelhas. Ouvi centenas de histórias diferentes. Presenciei atos lindos e assustadores.